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Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.

            Suicídio… Triste decisão essa a ser tomada. As pessoas que assim agem contra si mesmas estão indo de encontro às Leis Divinas. No momento de desespero ao extremo, não tem como usar do raciocínio, do bom-senso, da reflexão. Em muitos casos em que o suicídio parece ser a última saída na solução de problemas espirituais, está a falta de vigilância, de oração e principalmente da fé em Deus.

            Na maioria dos casos o suicídio é praticado por pessoas que não se preocupam com as circunstâncias que as levaram a escolher o pior caminho e, muito menos das consequências. Morrer e acabou tudo? Pensarão muitos. Se a morte terminasse realmente com o corpo e a alma, creio, que milhares e milhares de almas procurariam essa penosa escolha. Se soubessem o sofrimento que levam os suicidas, é preferível que venham todos os problemas do mundo do que tirar a vida e não consumi-la integralmente. Uma parte sempre sobreviverá…

            No capítulo de hoje, Dr. Inácio recebe um casal no Sanatório. Ele realmente se encontrava agitado e em estado de pânico. Natural que seja em estados psíquicos desse nível. Vejamos o que o homem relatou: “Tenho medo de tudo – do escuro, de sair de casa; medo de relâmpagos, de ruídos… Escuto barulhos imaginários… (…) Tenho a impressão de que sou seguido por uma sombra…”. Não precisa ser médium ostensivo para sentir que algo ou alguma coisa acompanha nossos passos, não é mesmo?

            Creio que as religiões em si, não estão preparadas para problemas da citação acima. É certo afirmar também que em muitas Casas Espíritas não estão à altura de fornecer um seguro consolo ao obsediado quanto ao espírito obsessor. A realidade é bastante deprimente. Na maioria dos casos a pessoa se apresenta bem de saúde orgânica, embora ela esteja sendo afetada por vibrações alucinógenas. Essa vítima que se entrega a elas facilmente, estará sendo controlada por forças invisíveis que ignora, tendo esses e outros sintomas relatados pelo senhor na citação acima.

            Em situações como essa, a vítima desses obsessores não consegue atinar do seu próprio desequilíbrio. A prece é desconhecida, a vigilância aqui está envolvida de miasmas escuros que impedem uma claridade de raciocínio acarretando mais e mais, a sua desestruturação espiritual.

            Muitos caminhos poderiam concorrer para amenizar à princípio tais embates como a prece, a assistência fraterna, pensamentos positivos, mas para esse homem do capítulo de hoje nada o demove a enxergar a realidade dos fatos. O fazendeiro queria mais era que acontecesse um milagre que acabasse de vez com aquela tortura e de também não se importar com a vida com outros olhos. E para esclarecer melhor aquela embaraçosa crise de pânico, Dr. Inácio o esclarece: “Os espíritos obsessores se prevalecem de nossas fraquezas, mormente aqueles aos quais tenhamos causado algum prejuízo…”. Muita gente não sabe, mas para que a obsessão tenha sua vitória ganha, espíritos das sombras analisam a rotina das suas vítimas para acharem as fraquezas que alimentam. Aí está o calcanhar de Aquiles. Eles atacam nas fraquezas. E na grande maioria eles conseguem atingir seu desiderato porque muitos acreditam que estes espíritos não existem. Ser influenciados então…

            O quanto as imperfeições nos fazem prisioneiros de nós mesmos quanto de entidades do mal que querem o nosso fracasso a todo custo! No caso relatado esse fazendeiro perseguiu uma família e no tumulto para tirá-la das suas terras, veio a desencarnar um dos filhos dessa família. Ela tomou rumo ignorado, mas as vibrações dela com relação a esse fazendeiro foram muito forte. Procurar reatar de certo modo o convívio com suas vítimas era impossível para ele. Pedir perdão pelo feito desastroso nem pensar…

            E como era séria a sua situação, disse o doutor atento: “Não vou dizer que o espírito do menino afogado esteja com o senhor, mas as vibrações negativas de seus familiares estão… O seu orgulho precisa ser vencido. Esse pânico é consequência do remorso”.  Muito profunda essa citação. O que não faz vibrações de ódio em uma pessoa que as recebe. Talvez ela não a sinta de imediato, mas com o passar do tempo ela vai envolvendo principalmente os órgãos mais suscetíveis de serem atingidos por elas. Daí muitos recorrerem a médicos na procura de uma solução que diminua ou que cure o desequilíbrio decorrente dessas forças negativas que mormente estão na alma, sem a solução imediata. Os espíritos das sombras enquanto procuram afetar determinados órgãos do corpo físico, atiçam os vícios das suas vítimas ao ponto de que eles fiquem saturados de pensamentos obscuros numa simbiose torturante.

            Lembrei-me aqui com meus botões a célebre frase de Júlio César “Vim, Vi, Venci”. Admiro esse pensamento que até hoje historiadores debruçam em bibliotecas pra analisar mais a fundo essa certeza. “No final de 47 [a.C.], César reuniu uma pequena força com as legiões imediatamente disponíveis e marchou contra ele [o rei Fárnaces II]. O exército do Ponto foi totalmente derrotado em Zela, em 2 de agosto, e a rapidez da sua vitória levou Júlio César a proferir o famoso comentário “Vim, vi, venci”.

            Aproveitando o ensejo de tão profundo é esse pensamento, procurarei destrincha-lo nos comentários desse capítulo. É uma pena que, quem ganhou não foi o nosso fazendeiro e sim as forças sombrias que o dominavam aos poucos vindo a suicidar-se. “Vim…”. Todo desejo por mais alimentado, favorece nossas células responsáveis pelo nosso raciocínio. Elas se casam com outras que indiretamente fortalecem nossas vontades e, principalmente nosso livre-arbítrio. Pensando nesse relato, lembrei-me aqui das palavras de Lísias no livro “Nosso Lar” a André Luiz quando lhe disse: “Quando alguém deseja algo ardentemente, já se encontra a caminho da realização. […] Convém não esquecer, contudo, que a realização nobre exige três requisitos fundamentais, a saber: primeiro, desejar; segundo, saber desejar; e, terceiro, merecer, ou, por outros termos, vontade ativa, trabalho persistente e merecimento justo…”. Natural, preciso, simples. Só depende como estamos direcionando nossos pensamentos, para sombra ou para a luz. 

            “Vi…” Todos nós temos a capacidade de criar situações com ou sem o crivo da razão e da fé raciocinada. Sempre se pede a intervenção divina diante de descalabros que infelizmente muitos tombam ao solo dos fracassos. Quando as esperanças são alimentadas, muitas vezes não conseguimos ver a vontade de Deus agindo em nossas dificuldades, pois não aceitando o alvitre que nos chega, debandamos pela rebeldia, pela blasfêmia, pelo orgulho ferido. E por último “Venci…”. O resultado das nossas buscas se encontra resumidas nessa palavrinha. Venci o mundo com todas as projeções de medo, de angústias, de ansiedades e apreensões, deliberada pelas nossas falácias incontroladas e sem peso moral para que atinjamos o Venci no mundo… Todas as virtudes quando sabiamente alimentadas decorrem do sucesso e vitória almejados. Difícil é pois reestruturarmos nossas concepções de vivência e convivência no amplo aspecto da fraternidade. Faça-se o bem para ter sempre um coração abençoado e sempre sentirá mais diretamente as energias cósmicas que nos governam.

            E para finalizar o comentário vamos refletir nas palavras de Jesus em João 16:33 “Neste mundo sempre teremos aflições. Muitas das vezes não podemos prever o que vai nos atingir, a aflição pode vir através de uma doença, uma perda ou até uma mágoa, ou qualquer outra coisa que nos venha entristecer. mas o próprio Jesus disse: “ neste mundo vocês terão aflições, mas tenham bom ânimo, pois eu venci o mundo”. Através do nosso testemunho verdadeiro, estaríamos pronto para tal desiderato Caro Leitor Amigo?

28/11/2022 – Até a próxima quarta-feira pessoal. Divulguem-na para nós. Abraço fraterno.

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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