Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.
Velhos amigos …. Em um mundo onde a sobrevivência é uma taça de angústia, faz do homem reles seres rastejantes nos cômoros da perfeição à nossa espera. Como é bom rever amigos, não? Você já se reencontrou com um amigo há muito tempo que não o via? Colocou os assuntos com ele, em dia? Ouviu suas alegrias e tristezas? Deu-lhe forças no sentido de progredir sempre para frente e para o Alto?
Dr. Inácio com o tempo no nosocômio do Além, recebe a visita de D. Modesta. Alegria para ambos. E entre os dois uma prosa afinada: “A verdadeira superioridade é moral e não social”. Quem é quem em um mundo onde todos somos enfermos, pregressos nos erros, ditadores de conceitos arraigados no poder temporário e ilusório, inconstante e asfixiante? Quem somos afinal quando impomos a força para alimentarmos nossos desejos impensados e injustos? A casca física não nos faz distinções por onde enquanto um erra por uma circunstância, o outro resvala na inveja e na ambição, no orgulho e na falsidade. Podemos sair desse atoleiro? Com certeza. Valerá do esforço dispendido. Tudo está a nosso favor. Daí a reforma íntima inadiável.
No frenesi financeiro não nos preocupamos no “ser”, aquele humano, naquele próximo também igual a nós, despenseiro de capacidades de raciocínio, onde reverbera mais o “eu” imperante diante das barafundas sentimentais onde, eu quanto você, lutamos mais com aquele semelhante que se utiliza do espelho da verdade a nos afrontar as fraquezas que não aceitamos em nosso currículo evolutivo.
Bestas feras que a tudo reclama, insatisfeitas, descrentes, insubordinadas, herdeiras que todos somos da riqueza espiritual do Cosmo que nos aguarda no desenvolvimento de asas para alçamos voo aos desconhecido tão conhecido por nós. Segundo D. Modesta: “A gente precisa lutar muito para que a parte humana não venha a sufocar a espiritual”. Muita luta íntima a nos testar do que somos capazes para nos transformarmos em criaturas dotadas de mais sentimento que razão. O corpo físico é uma máquina perfeita, que necessita de muitos reparos com o descerrar dos anos. E no grande assombro da nossa capacidade de pensar e refletir, procuramos ser o que não somos em todos os aspectos em que a somatória de vivência e convivência com os irmãos do caminho nos faça diminuir nossos impulsos pecaminosos e perversos, interesseiros e até mesmo mortais, quando deixamos que os instintos falem mais alto do que a nossa carência receptiva.
Dr. Inácio estava bem assessorado no Além. Os velhos amigos de jornada terrena, agora aos poucos vão se reunindo Além-Túmulo para continuarem um trabalho digno de nota com o intuito de trazer novos esclarecimentos quanto a sobrevivência do Espírito depois do decesso do corpo físico. Bela iniciativa essa de dar uma sacudida na nossa vã e litigiosa filosofia que em nada nos exercita as fibras do coração, mas envenena ainda mais nosso suposto conhecimento limitado e subscrito.
E num desses esclarecimentos, a mediunidade não pode ficar de fora. O que seria ela? Todos a temos? Outras religiões a possuem embora com outras denominações? Você seria médium? Estaria pronto para exercer seu testemunho se entregando à Espiritualidade Superior fazendo a sua parte no amanho de obter conhecimento e sabedoria, parceria e compreensão com os irmãos desencarnados? Acredita na existência deles? É uma revelação inusitada que se nos coloca com uma batata quente nas mãos. “… como é possível um espírito dar comunicação sem o saber?”. E como você distinguiria o que é seu e do espírito no caso de uma manifestação psicofônica?
Nosso inconsciente é um universo ainda não explorado. A física quântica passo a passo está chegando a perlustrar algumas das suas facetas que comprovará a existência dos Espíritos. Todos somos médiuns, indiferentes de rótulos religiosos. Cada um tem um cabedal de sensibilidade que irá nortear o médium em todas as suas circunstâncias enquanto no corpo físico. Muitas vezes pensamos em estar em certos lugares que, na realidade não estamos. Nossa mente tem essa proeza. Ela nos testa incondicionalmente para ver como é que saímos de alguns ”sufocos” desenvolvidos por nós mesmos sem que o saibamos. Daí a dúvida do Dr. Inácio quando soube que ele se manifestara numa reunião pouco mais de um mês do seu desencarne. “A inconsciência na mediunidade não é um estado que diga respeito apenas aos médiuns”. De fato, como disse, muito se tem ainda que estudar nosso inconsciente para obter respostas que até hoje deixam pesquisadores e religiosos no chinelo.
O mesmo se dá por exemplo quando desligamos do corpo físico através da desencarnação e ganhamos um períspirito adequado às regiões mais etéreas que a Terra, embora seja semi-material. Uma roupagem fluídica se nos veste segundo concepções e conceitos ao nosso estilo de vida. Do Outro Lado se nos mostrará nosso posicionamento no passado, no presente quanto no futuro, como fatores de padrões psíquicos que o nosso inconsciente alimenta sem que deliberamos participar desse banquete de escolhas. É automático e num piscar de olhos, estaremos diante do novo espaço-tempo que iremos então coexistir.
O conhecimento da mediunidade quando mais estudado, analisado e refletido, nos garante autonomia para diferençar animismo de mistificação, de poder ter o controle do corpo quando da manifestação de espíritos violentos, de saber o fenômeno que corre por trás de uma manifestação falada ou escrita. Tudo concorre para um aprendizado riquíssimo em fatores de congruências entre o médium e o espírito. Elucidando melhor: “Às vezes, quando o espírito não vai ao médium, o médium pode ir ao espírito”. Interessante essa citação, não? Foi o que aconteceu no caso do Dr. Inácio ter manifestado numa reunião inconsciente do acontecido. A inconsciência na mediunidade tem dessas coisas quando o médium abrange sua visão nos cômoros da influenciação psíquica no caso de uma incorporação ou psicografia. O médium quando se encontra à altura de vasculhar o desconhecido, ele pode, sim, rastrear o psiquismo de outros espíritos que se encontram na sua faixa vibratória. Aqui é questão puramente de sensibilidade aliada ao estudo.
Nem sempre quando deixamos o corpo, somos atraídos por regiões em que se adapta o nosso status quo. Às vezes ficamos em lugares associados à convivência de amigos, familiares e lugares em que deixamos o nosso rastro presencial. Se estivermos apegados à lugares ou às pessoas do nosso círculo social, ficaremos nesse convívio por tempo indeterminado agindo e interagindo com eles nos problemas e soluções à baila, causando alegria ou distúrbios indigestos sem que o saibamos.
Isso é mais corriqueiro do que imaginamos. Uma costureira da minha mãe veio a desencarnar muitos anos atrás. Ela morava sozinha num pequeno barracão durante toda sua vida. Contudo, o seu espírito apegado às coisas que possuía permaneceu nesse lugar mesmo quando o seu barracão fora demolido para ser erguido um pequeno prédio. Amigos médiuns videntes me disseram que a viram lá, vivendo naturalmente como se a morte tolhesse apenas seu corpo físico, mas o seu inconsciente alimentava seu consciente de que tudo estava bem com ela. Foi uma tarefa difícil para retirá-la de onde era a sua residência.
E para reflexão vamos analisar o que disse Blaise Pascal: “É mais fácil suportar a morte sem pensar nela do que suportar o pensamento da morte sem morrer”. Comigo e com ele, Caro Leitor Amigo?
16/01/2023 – Até a próxima quarta-feira com o capítulo 5 – Divulguem-na para nós – Muita paz.
Aécio Emmanuel CésarMédium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.