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Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.

            Apego… Você teria algum com relação a uma pessoa ou em um objeto? Sabe que esse impulso é o que prende grande maioria de recém-desencarnados, convivendo, esses, assustadoramente com o seu teor alucinógeno com objetos e coisas que eram – vamos dizer assim – o ar que ilusoriamente respiravam?

            E diante do assunto, vamos analisar o que Odilon Fernandes diz ao Dr. Inácio. Vejamos: “… raros são os que, em deixando o corpo, encontram o caminho para o Alto… O apego à transitoriedade da forma os mantém na retaguarda”. Para tal realidade dessa citação, deveremos reconhecer que a Terra em si nunca foi um local de veraneio, onde as pessoas nela chumbadas, não vieram para se deliciar de uma felicidade que sabemos ainda não existe no planeta, e, muito menos, aproveitar das desgraças alheias para se dar bem na vida, tornando-as em acirrada evidência.

            Observo que milhares e milhares de pessoas – não generalizando, claro – jamais deixariam de ir a um clube, à uma academia, a uma festa regada a comes-e-bebes para poder socorrer pessoas que necessitam tão somente de um olhar mais que humano, espiritualizado. Como o ser humano consegue divertir sabendo que tem pessoas do nosso lado precisando de uma mão fraternal? Fico observando as festas ao ar livre como por exemplo o carnaval, enquanto muitos morrem debaixo das marquises, acima delas uma massa de espíritos insensíveis se deleitam na passagem de sua escola do coração. O dinheiro arrecadado vai para quem mesmo? Com certeza não vai para as famílias das periferias, para creches, educação, segurança, saúde….

            Vejo os gastos milionários de deputados e senadores do Brasil esbanjando uma superioridade aquém daquela em que honrariam tê-la no sentido de honrarem com louvor a posição que ora desfrutam. Fico sensibilizado com famílias precisando de saneamento básico, de uma rua mais iluminada, com calçamentos dignos onde o IPTU, com certeza, traria um retorno à altura para a população. Mas não… Para onde esse dinheiro vai? Para o bolso de alguém e não é do pobre, vale ressaltar. Me sinto envergonhado muitas vezes de ser brasileiro, quando observo profissionais se dando bem com a bandidagem impune no Brasil onde o principal foco desse caos que vive os brasileiros é a insatisfação daqueles que já tem muito, mas sempre querendo mais, independente e indiferente de que em muitas situações irá prejudicar o bolso e a bolsa de muitos trabalhadores. Isso tudo se chama apego.

            “Poucos os que compreendem o fenômeno da desencarnação e os aceitam”. Sim. Porque aqui o que grita mais é o apego àquele carro, àquela casa, aquela família, àquele comércio, àquela televisão, àquele smartphone, à ponto de morrer por tudo isso e quando chegar do Outro Lado ainda irá lutar em vão pelas coisas apegadas que não terá tempo nem de se ver que já deixou a vida já faz bom tempo. É uma realidade que infelizmente muitos não sabem se contentar com o que tem sem neuras de apego sem nenhuma justificativa. E para muitos desses o auxílio terá que ser adiado até que recupere a consciência no sentido real da Vida, aquela Eterna.

            E como disse tão bem Odilon Fernandes: “Inácio, o tempo pára de existir para quem vive fora da realidade”. Tenho um exemplo que encaixa direitinho no que o mentor acima disse. Minha mãe tinha uma costureira simples que ao desencarnar, ela passou anos a fio no mesmo lugar, na mesma casa em que vivera por mais de setenta e cinco anos. Como não tinha parentes, a prefeitura daqui derrubou a casa dela que era muito antiga e no lugar construiu um pequeno edifício de dois andares. Vim a saber por médiuns confiáveis de que ela ainda se encontrava lá, na sua antiga casa – já demolida – mas que para ela estava do jeito que a deixou, claro, não sabendo que desencarnou. Só sei que durante anos ela permaneceu nesse local vindo a ser socorrida por Espíritos Abnegados responsáveis por esses resgates. E quantos, aos milhares se contam por aí iguais a ela ou até piores, não é mesmo?

            E para complementar a ideia discorrida pelo Dr. Odilon: “… para a esmagadora maioria dos espíritos vinculados ao Orbe, o que funciona é a Lei…” Magnânima e Justa, vale ressaltar. A Lei não passa a mão na cabeça de ninguém, principalmente nós que temos muitas dívidas a quitar com a Justiça Divina, não é mesmo? O pior é que já viemos com um fardo bastante pesado para nossos ombros e voltamos com ele mais pesado ainda. A Lei funciona em todos os quadrantes dos Universos. Vale para todo aquele que procura burlar – em vão – a Sabedoria Divina. Temos muito que aprender embora esse aprendizado venha sempre acompanhado de muita dor e sofrimento.

            É de praxe que procuramos sombra e água fresca em um planeta que nos manda trabalhar pra o próximo. É muita desunião para pouca coisa. Um quer sempre estar com a razão do que outro, embora os dois estejam sempre errado na grande maioria das vezes. Reconhecemos que as leis humanas não funcionam como deveriam, então porque a sua existência? Para quem cumpri-la à rigor?

            Temos como modificar o personalismo dos habitantes do planeta. É só passar a nos conhecermos intimamente; aceitar os erros e encará-los no sentido de recomeço, correção e aprendizado. Nada se faz no mundo a favor da igualdade entre os povos se os que tem quer sempre ter mais e os que não tem se revoltam porque não tem o que os outros conquistaram sem suor e sem lágrimas. Vai entender o ser humano! O espírito em ascensão reencarna, passa vários anos de existência em aprendizado na escola da Vida, repete a existência numa nova oportunidade de experiência, e as máscaras que lhe escondem uma personalidade fria e calculista custa a desvendar a verdadeira fera entre humanos.

            Vamos sair dessa pessoal, enquanto é dia, porque quando a noite chegar, difícil enxergar os precipícios do caminho, engolindo muitas vezes nosso orgulho e o nosso egoísmo sob a capa do remorso perquiridor. Vamos sair desse Vale de sombra e ranger de dentes. Façamos por onde merecer as dádivas celestes por acréscimo de misericórdia. Sejamos o sal da Terra transformando-nos nos Trabalhadores da Última Hora. Façamos valer pelas horas despendidas no auxílio do próximo e que o nosso bônus-hora seja o suficiente para poder reerguer aqueles ainda iludidos no pântano dos instintos bestiais. Vamos arregaçar as mangas e cair em campo, pois a hora é presente. Comigo meu Caro Leitor Amigo?

29/03/2023 – Até a próxima sexta-feira pessoal. Divulguem-na para nós. Gratidão.

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

           

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