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Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.

            Chico Xavier x Allan Kardec… Muitos ainda pensam ser o mesmo espírito. Outros, por sua vez, não aceitam essa tese. E para uma maioria, tanto faz, tanto fez. O que quero aqui nesse capítulo é mostrar a capacidade que tem um espírito desse quilate se materializar em meio aos homens comuns e realizar proezas que nos testificam que essa vidinha que levamos aqui na Terra não é nada quanto à Vida Imortal lá fora… isento, o espírito, dessa casca grosseira, temporária e passageira.

            Em um dos livros que compõe a Obra básica do Espiritismo, “Obras Póstumas”, Kardec veio saber do seu desencarne. No dia 10 de junho de 1860 na sua residência e em companhia com a médium Schmidt ele recebe algumas notas de grande valia do Espírito da Verdade, que iremos analisar aqui em meus comentários de hoje. Vejamos: Minha Volta. “… Prossegue em teu caminho sem temor; ele está juncado de espinhos, mas eu te afirmo que terás grandes satisfações, antes de voltares para junto de nós <por um pouco>”. Allan Kardec então pergunta: “Que queres dizer por essas palavras: <por um pouco>?” E o espírito que o assistia responde: “Não permanecerás longo tempo entre nós. Terás que volver à Terra para concluir a tua missão, que não podes terminar nesta existência. Se fosse possível, absolutamente não sairias daí; mas, é preciso que se cumpra a lei da Natureza. Ausentar-te-ás por alguns anos e, quando voltares, será em condições que te permitam  trabalhar desde cedo. Entretanto, há trabalhos que convém os acabes antes de partires; por isso, dar-te-emos o tempo que for necessário a concluí-los”. Como podemos observar aqui, ele não demoraria nos Planos Espirituais, pois a sua obra ainda estava incompleta.

            Porém, uma nota sobressai à resposta dada por esse Espírito feito pelo próprio Allan Kardec. Vejamos: “Calculando aproximadamente a duração dos trabalhos que ainda tenho que fazer e levando em conta o tempo da minha ausência e os anos de infância e da juventude, até a idade em que um homem pode desempenhar no mundo um papel, a minha volta deverá ser aproximadamente no fim desse século ou no princípio do outro”. Com essa perspectiva, ele acertou em alguma coisa e errou em outra. Vejamos: Ele pensou que para reiniciar seus trabalhos quando regressasse novamente para a Terra através de uma nova reencarnação, ele esperaria a passagem da sua infância, juventude, até chegar à sua madureza como homem feito. Nesse ponto ele enganou, pois Chico iniciou sua missão quando psicografou o seu primeiro livro “Parnaso de Além-Túmulo” contendo poesias de autores famosos desencarnados e, principalmente com o estilo literário de cada um deles. Ele contava nessa época com 22 anos de idade e fez balançar a Academia Brasileira de Letras e poetas de renome ainda encarnados que, até hoje eles analisam essa obra fantástica, se realmente é uma obra autêntica ou  é simplesmente um embuste.

            Chico Xavier nasceu no princípio desse século no dia 02 de abril de 1910, na pequena cidade de Pedro Leopoldo, Minas Gerais, acertando assim a sua perspectiva de pensamento ainda como Kardec.

            Entrando no assunto desse capítulo, Odilon ressalta: “A tarefa de Chico Xavier (…), não tem fronteiras; raras vezes, a Espiritualidade conseguiu tamanho êxito no campo do intercâmbio mediúnico…”. Muito ele fez e muito conquistamos com relação à obra mediúnica desse Mensageiro do Senhor. Embora – não sei por que cargas d’água – muitos estão tentando tirar esse Emissário Divino das hostes espíritas que, ele mesmo edificou. Questão de ponto de vista? Não digo isso. É questão de tino intelectual-religioso. Enquanto o Tico e o Teco cerebrais batem cabeça no labirinto que entraram, a Verdade anda de cabeça erguida indiferente aos dardos ignorantes que brotam desses meandros mentais obscuros.

            Quanto à personalidade dos dois personagens em evidência aqui, Odilon diz com propriedade: “… ambos eram austeros e brandos, quando a brandura ou a austeridade se faziam necessárias”. Com certeza essa austeridade não é essa a que estamos acostumados a vivenciar em nosso meio… Muito além disso. Ainda não estamos habituados a exercer o “pulso forte” comumente designado quando uma pessoa é austera. Senti isso na pele quando frequentava uma Casa Espírita aqui da minha cidade quando um amigo espiritual que me acompanhava disse algumas verdades que estavam acontecendo nessa Casa e que ainda não tinham sido ditas porque, até então, nessa Casa, não tinha médium à altura para dizê-las. No final da história, fomos chamados, meu amigo espiritual de obsessor e eu obsedado. Quando a carapuça cai na cabeça de alguém, sai dela, marimbondos e vespas pra tudo quanto é lado.

            Quanto a essa austeridade também vale aqui comentar que, no caso de Jesus ter escorraçado os vendilhões do Templo com um chicote nas mãos, não vejo por esse prisma. Creio piamente que foram as suas palavras que fizeram com que muitos desses vendilhões encarassem a realidade do que estavam praticando, jogando tudo pro alto, literalmente. O remorso aí, bateu feio.  Há um tremendo erro nessa nossa história. Coisa de traduções, tradições, dedos e mentes que passaram e passam até hoje quando a mira desses, é a Bíblia Sagrada, que para mim não é um Livro Sagrado como designam hoje muitos fiéis, pois que, para algumas supostas religiões tirarem livros inteiros dela sem autorização, adulterando assim a Palavra de Deus e de Jesus, como classifica-la, não é mesmo? O Alcorão ou Corão, sim, é uma Bíblia respeitadíssima até hoje e ele já consta com mais de três mil anos e ninguém tirou ou colocou uma só virgula, por que o destino desses que assim fizerem é a morte. Mas enquanto aqui no Brasil entre cobras e lagartos…

            Essa outra citação é bastante pertinente ao que estamos comentando aqui. “O espírito é sempre o mesmo, de uma vida para outra, todavia não há, para ele, como livrar-se totalmente da carga genética que o transfigura, mas não desfigura…”. Creio que muitos adeptos da Doutrina Espírita que não acreditam que Chico Xavier fora a reencarnação de Allan Kardec, porque um não tinha o semblante do outro e vice-versa. Ora pessoal. Estamos todos inseridos em um código genético de difícil explicação, por enquanto, quanto ao seu lado espiritual. Muda-se, sim, de caras e bocas de uma existência a outra, mas a personalidade do espírito, essa é invariável, porque o que se conquista é patrimônio de cada um de nós.

            Para aqueles que teimam, discutem e polemizam quanto a essa tese aqui exposta, vou deixar aqui uma passagem interessante quanto: “… até o obsessores sabiam que Chico era a reencarnação de Allan kardec”. Para atiçar um pouco a memória de muitos, lembram-se dessa passagem?: “Até que enfim, você veio… Face a face com Chico Xavier, o chefe dos hereges!… (…) Seu francês tolo!… Você é que deveria ter ido para a fogueira”. Essa passagem está no livro “Sob as Cinzas do Tempo” no seu capítulo 15. Deem uma olhadinha lá. Se eles, que são obsessores acreditavam piamente nessa tese, o que seriam vocês, detratores da Doutrina? Seres criados à parte da Criação Divina? Comigo, meu Caro Leitor Amigo?

31/05/2023 – Até a próxima semana pessoal. Divulguem-na para nós. Gratidão.

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Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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