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Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.

            Chico Xavier… Muito se fala nesse Espírito Iluminado. Se católico, com certeza já estava canonizado. Muitas lembranças fazem com que nos sintamos em paz com ele, sendo um protótipo do verdadeiro cristão num futuro indeterminado. Independente de religião, a Caridade tem seus caminhos mais libertos, mais altaneiros, mais verdadeiros. A sua obra é fantástica em todos os sentidos. Uma pena muitos confrades e confreiras que se dizem espíritas queiram tirá-lo da Doutrina que ele alicerçou o Bem Maior, completando seu acervo que não teria como, quando ele se encontrava na personalidade de Allan Kardec. Acreditar nisso? Bem… Não vem ao caso. Com toda certeza ele não se importa com isso como nós insistentemente abusamos da sua figura ímpar de Apóstolo direto com o Cristo.

            Muitos dos seus seguidores, procuram atiçar as polêmicas em torno das suas vidas passadas.  Não sei o que irá fortalecer nossa fé quanto o que ele foi e sim o que deixou para nós como exemplo a ser seguido. Se uma vida passada já está trazendo tanta cizânia no meio espírita, imaginem outras tantas… É uma queda de braços entre um e outro adepto espírita que não chegará a uma conclusão satisfatória. Isso é de foro íntimo. E deveria, certas “revelações” estarem resguardadas até que tenhamos tento em absorver tantas inquirições em que elas, possam, ser ou não verdadeiras.

Tem pessoas que para se tornarem supostamente importantes na sua mediunidade ou conhecimento, excedem suas qualidades sensitivas às custas da fé alheia. Empurram-lhes goela a baixo o que pensam, porque pensam ser alguém, que ainda não são. Qual o objetivo principal sabermos de duas, dez, trinta reencarnações de Chico Xavier, se, sequer, procuramos seguir-lhe os passos da Caridade em todos os sentidos? Seria ótimo essas dignas pessoas, colocarem nas suas redes sociais o que estariam ampliando em campanhas solidárias para melhorar a vida de irmãos nossos, indiferentes à nossa hipocrisia gritante, isentos, sim, aos nossos sentimentos verdadeiramente fraternos. Muitos poderão dizer: Estão fazendo isso. Mas digo que poderiam fazer mais, com certeza. Por que não fazem? Perguntem à própria consciência e ela os dirá com certeza. Agora aceitar seus conselhos…

Não foi a separação que Chico Xavier procurou plantar em nossos corações ainda ácidos de orgulho e de vaidade, de conhecimento ainda restrito quanto a capacidade de Amar a Deus acima de tudo e de todos e ao próximo como a nós mesmos. Isso foi o que ele procurou desmistificar acerca da Religião que deveremos prestar como nossa. Religar os laços ainda desfeitos por tantas e tantas diferenças religiosas. É isso que as religiões hoje propõe aos seus fiéis? Creio que elas, não, mas quanto aos seus dirigentes à frente delas, tenho cá minhas acertadas dúvidas.

Mas, vamos ao que nos interessa não é mesmo? A equipe de amigos em que Dr. Inácio fazia parte, recebeu uma notícia que fez com que mudasse os planos já traçados para aquele dia. O desencarne de Francisco Cândido Xavier. Já era esperada essa notícia pela enfermidade em que acometera esse valoroso médium, mas não sabiam que seria nesse dia. E, chegando ao local do velório, viram uma faixa de luz resplandecente que pairava na “Casa da Prece” onde se encontrava seu corpo ali exposto para visitação dos seus seguidores e simpatizantes. Várias caravanas de encarnados e desencarnados ali prestavam suas despedidas. Vale ressaltar que a plateia de desencarnados era três vezes maior que as dos vivos.

Uma música suave enchia de emoção aquele lugar abençoado. Vários espíritos que participaram do seu acervo mediúnico ali no funeral se encontravam. E quanto ao Chico, Dr. Inácio retrata: “Ao lado do seu corpo inerte, nosso Chico, segundo a visão que tive, me parecia uma criança ressonando, tranquila, no colo de um anjo transfigurado em mulher fazendo-me recordar, de imediato, a imagem de “Pietà” a famosa escultura de Michelangelo”. Esse anjo em forma de mulher era Cidália, a segunda mãezinha do médium, pois a sua mãe biológica, segundo relatos, já se encontrava reencarnada no seio da própria família.

Enquanto Dr. Inácio fez-se recordar da escultura desse grande artista, veio agora no dedilhar dessas minhas despretensiosas palavras, a seguinte passagem evangélica de Mateus 18: 3-5: “E disse Jesus: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como criança, de modo algum entrareis no Reino dos Céus”. Belíssima passagem, mas que muitos a desconhecem e principalmente quando a coloco com relação à imagem de Chico Xavier em forma de uma criança. À toa, sabemos que não foi. Algo de divino existiria, mas como sendo meros mortais…

Essa passagem acima tem muito que ser explorada porque traz conceitos valiosos no tentame de provas e expiações a que todos nós estamos passando. A inocência de uma criança não remonta tão somente a ignorância para a que todos nós fomos criados. Aqui a compreensão se faz satisfatória, desde que a recebamos como caráter de elevação e renúncia, de participação e fraternidade uns com os outros. A simplicidade dita aqui nas normas de aceitação, onde o supérfluo ajuntado, impede almas a se livrarem de si mesmas. Outra passagem importante do mesmo apóstolo Mateus: 19:23 “Em verdade vos digo que um rico dificilmente entrará no Reino dos Céus”. Com relação a Chico como exemplo a todos nós, nasceu simples, viveu simples, desencarnou simples levando tão somente virtudes, por ele, conquistadas. E que virtudes, não?

            Tanto a primeira quanto a segunda narrações bíblicas se homogeneízam com distinção. E para nós, resta-nos analisar e refletir bem quanto a vida que levamos hoje. Supérfluo para muita gente é sinônimo pejorativo de conforto, de bem-estar, de uma felicidade ilusória e passageira que teimamos em alimentar enquanto irmãos outros se encontram na miséria, construída pela nossa indiferença e de recusar, às claras, seguir os Mandamentos de Deus, à risca, que ainda se encontram em voga.

            Difícil, portanto, conciliar felicidade com choros e ranger de dentes. Qual seria a continuidade da vida na Terra, sabendo que a libertação das almas aprisionadas nesse planeta, nada mais é que auxiliar àqueles que denigrem o lugar de Deus em suas vidas. Chico Xavier não foi o primeiro que procurou com todas as suas forças mostrar o Caminho, a Verdade e a Vida. O que nos falta além de crer nas palavras e exemplos desses Benfeitores do Cosmos que seguir-lhes os passos? Sempre pedimos orientação aos deuses e santos que inspiramos nossa religiosidade, e, quando nos chegam, simplesmente os pisoteamos por não pertencer à crença que afirmamos como nossa ou que as suas palavras não concretizem veracidade do que pensamos ser a Vida em si e não aquilo que pregam como fatores de legítima libertação espiritual.

Difícil, não? Constatar esse Caminho se nos encontramos às cegas com a nossa cristandade. Impossível crer na Verdade com aquilo que nos caracterizamos como princípio, meio e fim entre a Vida e a Morte. Sem comentários quando a Vida Eterna, significa o respirar do Hausto de Deus, reconhecendo “falhas” na Sua Justiça, na Sua Misericórdia, na Sua Bondade como Pai e Criador. E onde encaixaria o Senhor da Eternidade com Seus Mensageiros, recapitulando Céu e Inferno, Bem e Mal, Sombras e Luzes como a um Apocalipse a se concretizar não com a destruição da Terra, mas a consumação dos filhos afastados de si mesmos? Confuso? A vida em si é um labirinto em que só sairá dele aqueles que se tornarem como crianças na simplicidade em que foram criados. Comigo, meu Caro Leitor Amigo?

29/05/2023 – Até a próxima quarta-feira pessoal – Favor divulgar para nós – Gratidão

ABAIXO TEM O ÁUDIO DESSA MATÉRIA.

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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