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Aos seguidores de plantão de Chico Xavier, meu salve.
Esse livro “Lira Imortal”, harmonioso, vai tocar o coração daqueles mais sensibilizados com a poesia trazida por poetas do Além, que não perderam, com a morte física, seus estilos literários, e captados pela mediunidade do mineiro Chico Xavier.
Devemos registrar aqui que a renda desse livro foi destinada ao “Abrigo Jesus”, lugar para a infância desamparada nas ruas do bairro Aarão Reis em Belo Horizonte.
E Humberto se sensibiliza dizendo em seu prefácio:. “Nos amargurados tempos que correm, nenhuma obra existe mais digna de cooperação que a da caridade ativa, irmã de todos os infortunados e de todos os tristes;”. Milhares de pessoas não sentem na pele o que faz a indiferença diante de irmãos nossos que se encontram deitados ao relento, porque não tem uma cama confortável e um travesseiro macio para descansar a cabeça; É até difícil imaginar no lugar dos pedintes das ruas, onde reviram o lixo para encontrar algo para se alimentar, indiferentes estar, o alimento, estragado ou não. Difícil sentir no coração a ansiedade de dormir em bancos de praça ante tamanha violência que assola o país. Tomar banho em lugares impróprios com a mesma roupa usada, porque não tem outra para trocar. Falo isso, com tamanha tristeza no coração, pois senti na pele tal situação. O que me espanta mais, não é o mal cheiro vindo desses andarilhos, comparado com a fedentina daqueles que se utilizam de máscaras, que mesmo passando o melhor e o mais caro perfume, ainda exalam a podridão da própria alma.
Nessa obra, estão reunidas 60 poesias entre poetas e poetisas: São eles e elas: Abílio Guerra Junqueiro; Alphonsus de Guimaraes; Antero de Quental; Augusto de Lima; Auta de Souza; Augusto dos Anjos; Camen Cinira; Casimiro Cunha; Casimiro de Abreu; Cruz e Souza; Francisco Otaviano; Hermes Fontes; João de Deus; Marta; Olavo Bilac; Pedro D’alcântara; Rodrigues de Abreu.
É magistral cada página, onde vem perfumar nossa alma endurecida e carente de valores morais e espirituais, envolvendo o nosso espírito, com a seiva adocicada da sensibilidade. E Humberto nos fala sobre a Caridade:. “…e só ela no grande edifício da organização social, conseguirá manter o equilíbrio e a paz, até que os homens, baseando-se no Evangelho, estejam habilitados a construir sobre o mundo o lar, verdadeiramente cristão, entre os sentimentos mais elevados da vida, quando, então, a fraternidade humana florescerá, por toda parte, em manifestações espontâneas, dispensando todas as organizações e todos os programas”. Sim. Só a Caridade salva e liberta as almas ainda aprisionadas em seu contexto de humanidade. Esse lar dito pelo escritor acima, além de tornar o Brasil num lar cristão, as residências se empenharão mais a espiritualizar o próprio espírito, com cultos semanais do Evangelho, reunindo a família para lavar as querelas sentimentais que originam os transtornos mentais, a que todos nós, temos uma parcela de maldade no coração a ser burilada.
E Humberto fortalece a nossa cristandade quando diz:. “Aos espiritistas sinceros que revivem nos corações e nos agrupamentos, as claridades suaves do cristianismo, em sua simplicidade primitiva, punge o espetáculo angustioso das mãozinhas magras e miúdas que se desdobram pelas praças públicas escrevendo a história da mais amargurada indigência”. Devemos o quanto antes educarmo-nos nas lições imorredouras do Mestre Jesus no Seu Cristianismo Primitivo, onde as religiões nos tiraram a liberdade que, todos juntos, poderíamos fortalecer os laços de cristandade sem a separatividade que faz em nome das crenças.
E quanto aos servidores fieis do Cristo ele assevera:. “Multiplicam-se no terreno de sua obscuridade, trabalhando no silêncio e na sombra, longe das vaidades corruptoras do século. Suas possibilidades materiais são as do seu próprio trabalho construtivo que o Senhor converte em moedas de luz, no câmbio do Céu e, tomados de fé e de esperança realizam sozinhos, sem os bafejos oficiais, as obras mais vastas de benemerência, ao mesmo tempo que educam os seus irmãos da humanidade, formando os pródromos da mentalidade cristã, com vistas ao porvir”.
E quanto ao “Abrigo Jesus”: Seus fundadores são os milionários da esperança e da boa vontade. Seus esforços se erguem em súplicas ao Infinito, em preces que voltam do tesouro celeste, como dádivas de energia realizadora. Dentro das suas preocupações de beneficência, ouvem aquela voz suave da Galileia: — “Deixai vir a mim os pequeninos!” e, ansiosos, multiplicam as suas forças, na oficina da caridade cristã”. Não tem como não emocionar, apesar que sou visto como “manteiga derretida”.
E quanto à poesia, o cronista relata: “Quero crer que o verso, no Brasil, nunca interessou o mercado dos livros. (…) É por essa razão que, apresentando a você o volume, quero lembrar-lhe a missão da caridade cristã, nos dias que passam. Sei que o seu coração vibra na harmonia santificada de sua luminosa oficina e é considerando essa verdade que eu lhe peço guardar as melodias do mundo invisível, em troca de um pedaço de pão para os que não têm um teto”.
Infelizmente uma grande porcentagem de pessoas ainda tem o coração empedernido e encrustado pelo materialismo e não pela candura espiritual. Mas, dias virão em que a musicalidade dos versos, dará lugar às cantigas em que, em companhia do coro da Natureza, desfrutaremos do trabalho da assistência, tendo como inspirador maior, nosso Mestre Jesus. Comigo meu Caro Leitor Amigo?
Humberto de Campos – 3 de fevereiro de 1938.
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10/04/2024 – Até amanhã pessoal. Favor divulgar para nós. Obrigado.
Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.
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