Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.
Mea Culpa! No mundo em que vivemos, onde predispomos de usar variadas máscaras para tapar provisoriamente nossos defeitos mais profundos, nossas inclinações para o mal, difícil é, encontrarmos alguém que reconhece, sinceramente, que errou! E quando há um ‘mea culpa’, em geral, não é sincera, não é verdadeira. Que tempos são estes? Qual é o problema em admitir uma falha? Se estamos em um mundo de Provas e Expiações, ninguém aqui é perfeito. Observamos que falamos mais através dos lábios do que pelo coração. Como você lida com seus erros? Aceita-os como seus, ou empurra goela a baixo naqueles que não tem nada a ver com sua carência de existencialismo?
Estamos momentaneamente encarcerados num escafandro de carne, onde deveríamos ter o bom-senso de arguir, de nós mesmos, o que nos falta para encarar nossas fragilidades mais íntimas. E, segundo o Doutor Inácio conversando com Manuel Roberto, narrada em seu livro “Infinitas Moradas”, através da mediunidade de Carlos Baccelli, quanto à responsabilidade que temos com o corpo físico: “… o corpo físico se nos constitui em bendita oportunidade. Todavia, a quantos perigos, de espírito invigilante, nos expomos no mundo”. Infelizmente, nossa invigilância bate de braçada em um orbe com características de correção, redenção e recapitulação dos nossos atos diários, quanto a nossa verdadeira passagem nesse mundo de meu Deus.
Não estamos aqui para adquirir, em excesso – vale ressaltar – bens materiais, que só nos alimentam o corpo bastante enfermo pelas toxinas que nele introduzimos com o veneno do egoísmo, da usura, do orgulho, da indiferença, e por aí vai… Difícil encontrar pessoas que se preocupam tão somente em aproveitar as oportunidades de crescimento espiritual no Bem Maior a ser praticado, independente de crenças religiosas. Creio, que, uma grande maioria de supostos fieis, se mascaram diante da vacina da Bondade, do Amor Incondicional, da verdadeira religião que é a Caridade plena. Quantas vezes irei falar aqui, que tão somente as religiões não salvam ninguém. O que adianta envolvermos em peles de cordeiro nas crenças que supostamente aliviam nosso fardo de imperfeições, se o verdadeiro templo que é nosso lar, que se encontra entregue a espíritos inferiores que coordenam o que desejam dos casais invigilantes da nossa atualidade, através da sintonia baixa de ambos?
Defrontamos todos os dias com transtornos sentimentais que, mais das vezes originam separações e, concomitantemente em assassinatos bárbaros. Ninguém que aparentar como verdugo, e sim, em vítimas deles mesmos, descontando nos outros, a podridão que não aceita estar, com ela, convivendo. Não há comprometimento entre casais; não existe confraternização entre famílias; não há espiritualidade nos corações. Quantas e quantas vezes, aparece situações para um breve repositório de encarar nossas imperfeições, mas quando chega a hora do testemunho, damos às costas à realidade dos fatos? Por que o corpo físico impede as criaturas de se libertar das suas correntes materialistas, onde se supõe, erradamente, que essa vida é única e que, depois de morto, com o corpo físico, tudo acaba, tudo se iguala – bem e mal? E, segundo esse meu pensamento, Dr. Inácio acrescenta: “É que nos habituamos a culpar a matéria pelas mazelas do espírito”.
No corre-corre do dia, não temos tempo para cruciais observações de cunho espiritual. O imediatismo corrói esse tipo de sentimento, deixando-nos agir bem mais que os animais não domesticados. Onde se encontram as virtudes que dignificam o homem na sua pureza existencial? Se temos o DNA de Deus em nós, por que fugimos da Luz que nos originou? Por que tantos desvios comportamentais nesse labirinto de sensações, que não iremos encontrar – enquanto nele, perdidos – todo cipoal de sentimentos engrandecedores que nos despertam e nos fazem elevar desse pântano de misérias acerbas?
Como disse, o orgulho, a soberba e a vaidade seriam os responsáveis por essa barreira quase intransponível entre nosso estado de espírito e o mundo que nos rodeia? Não precisamos ser melodramáticos, no sentido de soltar lágrimas de crocodilo, mas, no ponto e no tom certo, admitirmos um equívoco, uma rusga, um fator de desagregação de princípios que agrega credibilidade e leveza ao ser humano. Esse quadro aqui, nesse capítulo, retrata a nossa indigência espiritual que nos enquadra no personalismo de um interno chamado Desidério. Tanto quanto ele, desejamos a solução dos problemas existenciais a toque de caixa. Desejamos ouvir aquilo que nos interessa e não que venha beneficiarmos com a benção da reflexão, da conscientização das nossas faltas e procurarmos, o quanto antes, redimirmos das nossas fragilidades mais íntimas.
Creio que, agindo de tal modo como esse interno, difícil encontrar uma família que aguente nossos arroubos de ignorância. Que sempre estamos certos, mesmo enxergando nossa intransigência a que estamos nadando contra a maré. Dificílimo ouvir de nós “Mea culpa, mea culpa, mea máxima culpa” que significa, em síntese, “minha culpa”, popularizada através da oração católica do Confiteor, em missas dominicais. Era comum nesses encontros, hoje nem tanto. A própria igreja já se utilizou desta ferramenta para reparar erros históricos, mas o resultado, sabemos de cor e salteado, não é mesmo?
Enquanto no corpo físico, a culpa é coisa que nos atormenta desde há muito tempo. Profundamente instalada em nossa psique desde o início da civilização cristã, a culpa não nos abandona jamais, porque nosso estereotipo é ainda o sofrimento em doses cavalares. Existe em nós, vivendo conosco, a sombra das intrigas que facultam nossa culpa no Cartório Divino. Difícil, portanto esconder nossas faltas por tempo indeterminado, pois que a nossa consciência sempre está a nos alertar das consequências futuras dos erros que ora, pretendemos executar e, ilusoriamente ocultar. E hajam choros e ranger de dentes. Não estamos nesse mundo para usufruir de uma felicidade que, a bem da verdade, não existe. Enquanto estivermos entocados em nossas casas, despreocupados com o caos que ronda nossos passos, nossos filhos, nossos familiares, aguardando soluções de um governo corrupto igual a nós mesmos, o mundo não seguirá sua meta providencial, ou seja, tornar-se o Coração do Mundo, Pátria do Evangelho redivivo. Fica a dica.
Não sejamos omissos às desgraças que afligem o mundo atual. Em uma delas, estará aquele vazio deixado pela nossa presença supostamente aceita como fiel seguidor dos ensinamentos de Deus e do próprio Cristo. Somos peças importantes no quebra-cabeça divino. Sem elas incorporadas no Plano de Deus, difícil aquinhoarmos a perfeição relativa enquanto engolfamos aos outros, nossas sujidades que existem dentro de nós. Fiat Lux. Estaria, você, pronto para colocar sua luz para o mundo, tirando-a do alqueire da própria ignorância? Comigo, meu Caro Leitor Amigo?
20/09/2023 – Até a próxima sexta-feira pessoal. Divulguem-na para nós – Gratidão.
Aécio Emmanuel CésarMédium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.