Aos seguidores de plantão de Chico Xavier, meu salve.
Companheiros. Esse livro, o primeiro do espírito Emmanuel, que interpreta as Escrituras Sagradas, é o 36º livro da lavra mediúnica de Francisco Cândido Xavier, lançado em 1949.
Como é da característica desse espírito, ele inicia dizendo um versículo de Pedro 1:20 que diz:. “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.” Com essa passagem bíblica, Emmanuel quis dizer que a sua palavra não é a última quanto às interpretações de outras crenças religiosas.
Para todos nós, cristãos, Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida e estará sempre de olho nas Suas ovelhas – aquelas desgarradas do Seu Aprisco acolhedor. Jesus na Sua passagem pelo mundo, sempre mostrou uma adoração verdadeira em Deus. E nos mostrou que o Caminho para a Fonte que nos criou, estará fortalecida nos ensinamentos por Ele trazidos; disse-nos de uma Verdade além dos processos religiosos que tentaram abafar, de certo modo, o Cristianismo Primitivo; e falou-nos sobre a Vida, não essa mesquinha o bastante para descaracterizar a Boa Nova do Mestre.
Fico, às vezes, pensando aqui com meus botões. Que Jesus é esse que os fieis do presente milênio escolheram para seguir? E Emmanuel tira essa minha dúvida quando disse:. “Entretanto, sempre tardios no aproveitamento das oportunidades preciosas, muitas vezes, no curso das existências renovadas, temos desprezado o Caminho, indiferentes ante os patrimônios da Verdade e da Vida”. Sim. Desprezamos, sem nenhum remorso, de toda a luta que Jesus travou com as crenças da Sua época. E, mesmo passados mais de dois mil anos, essa luta ainda continua desviando almas no combate, principalmente delas mesmas.
E ele nos traça essa diretriz segura:. “…todavia, é de nosso próprio interesse levantar o padrão da vontade, estabelecer disciplinas para uso pessoal e reeducar a nós mesmos, ao contato do Mestre Divino”. Não podemos mais ficar à mercê das armadilhas de falsos profetas do Evangelho. Sigamo-nos, pois, tão somente, Suas diretrizes e cortemos o cordão umbilical de rótulos religiosos que, infelizmente está afastando as pessoas de cumprir sua meta de reforma íntima, aquela pessoal.
E ele nos fala desse livro, composto por 180 comentários de versículos das Escrituras Sagradas:. “No propósito de valorizar o ensejo de serviço, organizamos este humilde trabalho interpretativo, sem qualquer pretensão a exegese. Concatenamos apenas modesto conjunto de páginas soltas destinadas a meditações comuns”. É um livro especialmente dedicado à entrada em cultos nos lares, depois da leitura do Evangelho, onde cada capítulo, com certeza, irá colocar a carapuça em nossas cabeças, no sentido de procurarmos corrigir erros, instintos, inclinações, fragilidades, sempre voltados para as paixões que aprisionam verdadeiras legiões de almas.
E ele nos chama atenção quanto:. “…no imenso conjunto de ensinamentos da Boa Nova, cada conceito do Cristo ou de seus colaboradores diretos adapta-se a determinada situação do Espírito, nas estradas da vida”. Coisa que, a grosso modo, não fazemos e o que deveríamos fazer já que conquistamos certos conhecimentos do fazer e não tão só, do falar. Sempre digo que é muito fácil falar de Jesus. Claro, será sempre bem-vindo falar dEle, mas se passarmos para outra fase da Boa Nova, que é a sua prática, com certeza a Caridade em si, agradeceria e muito.
E nos fala também acerca do Evangelho:. “É roteiro imprescindível para a legislação e administração, para o serviço e para a obediência. O Cristo não estabelece linhas divisórias entre o templo e a oficina. Toda a Terra é seu altar de oração e seu campo de trabalho ao mesmo tempo”. Sim. Sempre o serviço à frente dos palavreados emoldurados de flores… sem perfume. Os ensinamentos do Cristo, não se resumem tão somente às linhas divisórias em que as religiões demarcaram como campo minado para aquelas outras que não contém o mesmo contexto supostamente religioso. A Boa Nova é livre. Independe de paredes que a prendam. A Caridade tem dessas coisas, quando assimilada à contento.
E outra verdade escabrosa ele nos atenta a atenção:. “Por louvá-lo nas igrejas e menoscabá-lo nas ruas é que temos naufragado mil vezes, por nossa própria culpa”. Sempre digo isso e muita gente não gosta. Como manifestar adoração à uma crença e não a Deus, sabendo que muitas vezes, irmãos nossos são encontrados deitados nas escadarias de igrejas e o nosso senso cristão não ativa o nosso desconfiômetro. Uma pena. Daí os fracassos… Daí o fardo mais pesado… Daí o remorso nos impondo um novo regresso, agora mais ácido do que passamos hoje. Não sou eu que apenas afirmo, e sim, é a Lei de Ação e Reação.
E para nossa reflexão, ele nos deixa esse pensamento:. “Compreendemos o respeito devido ao Cristo, mas pela própria exemplificação do Mestre, sabemos que o labor do aprendiz fiel constitui-se de adoração e trabalho, de oração e esforço próprio”. As mãos apenas que rezam, não são as mesmas que acolhem nos braços, os desvalidos que nós mesmos enxotamos para a latrina. Comigo, meu Caro Leitor Amigo?
Prefácio por Emmanuel – Livro: Caminho, Verdade e Vida.
Pedro Leopoldo, 2 de setembro de 1948.
19/05/2024 – Até a próxima terça-feira pessoal. Divulguem para nós. Obrigado.
Aécio Emmanuel CésarMédium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.