Comentário – Prefácio – 59º Livro: Pensamento e Vida – Emmanuel

Aos seguidores de plantão de Chico Xavier, meu salve.

Companheiros de Ideal. Esse livro, creio, muitos espíritas já devem ter ouvido falar, mas folhear e se interessarem pelo seu conteúdo, são raros. Mas quem sabe com os meus comentários aqui, alguns se interessem em descobrir o que há nas entrelinhas dessa obra “Pensamento e Vida” que compõe o acervo de Francisco Cândido Xavier, não?

Esse livro é o 59º da sua lavra mediúnica, lançado no ano de 1958. Nesse livro, iremos descobrir alguns pontos transformados em polêmicas por alguns espíritas ortodoxos, por falta de conhecimento integral das obras de Kardec e do Chico. E Emmanuel, diz claro em seu prefácio, quanto à necessidade dos humanos encarnados:. “Perguntou-nos coração amigo se não possuíamos algum livro no Plano Espiritual, suscetível de ser adaptado às necessidades da Terra”. Creio que, nesse comentário, iremos estar de frente a algumas verdades, contraditórias para muitos ditos “espíritas sábios”.

Vejamos o que ele nos diz a respeito:. “E lembramo-nos, por isso, de singela cartilha falada de que dispomos em nossas tarefas, junto aos companheiros em trânsito para o berço, utilizada em nossas escolas de regeneração, entre a morte e o renascimento”. O interessante aqui, é que o Mentor Espiritual diz ter uma cartilha – nos planos espirituais – falada – e não escrita. É de supor que essa cartilha esteja incorporada diretamente nos ensinos dos professores para com seus alunos. E nos revela outra verdade:… “…nas escolas de regeneração com companheiros em trânsito para o berço…”, ou seja, para uma nova reencarnação. Faz-nos, supor, que essa cartilha seja mais para espíritos adultos do que para crianças e adolescentes, embora seus ensinamentos estejam enquadrados nessas faixas de idade. Que fique bem claro.

Essa magnífica obra é composta por 30 iluminados capítulos, que são eles: Espelho da Vida. Vontade. Cooperação. Instrução. Educação. Fé. Trabalho. Associação. Sugestão. Entendimento. Berço. Família. Filhos. Corpo. Saúde. Vocação. Profissão. Sociedade. Prosperidade. Hábito. Dever. Culpa. Auxílio. Humildade. Tolerância. Oração. Obsessão. Enfermidade. Morte. Amor.

Se observarmos bem esses assuntos, iremos notar que essa cartilha é um guia seguro para quem volta aos liames do corpo físico, no sentido de aliviar o fardo, errar bem menos e procurar a própria salvação praticando a Caridade ao próximo. Quem dera se os Centros Espíritas passassem a utilizar essa obra para crianças, adolescentes e mesmo em palestras, no sentido de orientar os pais da atualidade, a encaminhar sua prole com mais seguridade ante o mundo cheio de espinhos e dores.

Creio hoje existir em muitas Casas Espíritas, muitas apostilas sem um senso comum de aprendizado, principalmente quando desconhece as obras de Chico Xavier. Preciosidade valiosa, para muitos, sem valor.

E outro detalhe passado em branco para raros aqueles que apenas a leram. Vejamos o que Emmanuel nos informa:. “Eis aqui, portanto, adaptada quanto possível ao campo do esforço humano, a nossa cartilha simples”. Segundo ele, ela foi adaptada ante as nossas dificuldades de entendimento e de prática, pois que, nos planos espirituais, creio ela ser, mais rica e abrangendo outros assuntos mais complexos.

Vejamos alguns pontos sobre o que ele fala no capítulo Família:. “^“A família consanguínea, entre os homens, pode ser apreciada como o centro essencial de nossos reflexos. Reflexos agradáveis ou desagradáveis que o pretérito nos devolve (…) O homem primitivo não se afasta, de improviso, da própria taba, mas aí renasce múltiplas vezes, e o homem relativamente civilizado, demora-se longo tempo no plano racial em que assimila as experiências de que carece, até que a soma de suas aquisições o recomende a diferentes realizações. (…) A chamada hereditariedade psicológica é, por isso, de algum modo, a natural aglutinação dos Espíritos que se afinam nas mesmas atividades e inclinações. (…) Todavia, na senda habitual, o templo doméstico reúne aqueles que se retratam uns nos outros. Temos assim, no grupo doméstico, os laços de elevação e alegria que já conseguimos tecer, por intermédio do amor louvavelmente vivido, mas também as algemas de constrangimento e aversão, nas quais recolhemos, de volta, os clichês inquietantes que nós mesmos plasmamos na memória do destino e que necessitamos desfazer, à custa de trabalho e sacrifício, paciência e humildade, recursos novos com que faremos nova produção de reflexos espirituais, suscetíveis de anular os efeitos de nossa conduta anterior, conturbada e infeliz”. Com ele, meu Caro Leitor Amigo?

Prefácio por Emmanuel – Livro: Pensamento e Vida. Pedro Leopoldo, 11 de fevereiro de 1958.

22/06/2024 – Até amanhã pessoal. Divulguem para nós. Obrigado.