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Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.

            A figueira estéril… Quem não a seria cercado de lobos em pele de cordeiro? Você se considera figueira estéril pelo que está realizando, reconhecendo que não é a verdadeira condição de um cristão verdadeiro? Muitos devem estar pensando: Mas para tanto, nos dias atuais o campo da Caridade em si, está sufocado de ervas daninhas perigosas ao cultivo do joio renovador. E respondo: É muito fácil falar da necessidade da reforma íntima. Raros são aqueles que a colocam em prática e quando se transformam em homens do Bem Legítimo, se tornam em chacota de familiares e amigos. O difícil é iniciarmos com o próprio processo de reformulação de ideias e ideais que não se compram em farmácias e principalmente em consultórios médicos. Fica a dica.

            Depois da palestra do Dr. Bezerra de Menezes, Dr. Inácio tem um tête-a-tete interessante. Vejamos algumas passagens: “A vida prossegue e as oportunidades de trabalho se multiplicam… O Senhor conta conosco e não devemos fazê-lo esperar por mais tempo. Não sejamos mais como a figueira estéril da parábola”. Mais claro impossível, não?

            É comum e mais nocivo ainda, quando conquistamos certos conhecimentos em diversas áreas do saber e os usamos no sentido, exclusivo, de outorgar leis que imperam na vivência e convivência com o semelhante. Sentimo-nos privilegiados, acima dos outros só porque carregamos nos braços um canudo de papel que não fará diferença vivos ou quando nos detivermos sete palmas e meio de terra em cima de nós. Atentemos para isso. Nada somos e não será por meio de palavras indecifráveis, carimbos e assinaturas de muitas autoridades médicas desse amplo campo de influenciação psíquica que a cada dia cresce, que haverá aqui a diferenciação entre ignorante e sábio. Não sabemos nada ainda. E o pouco que já desbravamos no conceito de espírito e corpo não poderemos ainda designarmos como portadores exclusivos da sabedoria… Ela, humana, é bem mais frágil do que nós mesmos.

            Diante desse terreno humano de emoções e sensações, nos enquadramos nos déficits de fragilidades onde não estamos prontos para darmos o grito de liberdade sobre nós mesmos. O mundo está aí dando mostras da nossa decadência espiritual e não podemos, hoje, taparmos olhos, boca e ouvidos aos pedidos de socorro de irmãos nossos que estão no mesmo barco de provações, porém bem piores que as nossas. Os desequilíbrios não se deixam afrouxar em nós, porque nosso campo sentimental está infestado de enfermidades que, na grande maioria, na realidade não a temos. Isso é questão de foro mental. De visão mais dilatada em aceitar a verdade e procurar disseminá-la sem qualquer pretexto ou desculpas para que não venhamos a dar nosso testemunho cristão.

            Não temos a capacidade de tudo receber e acatar. Temos limites de raciocínio, de entendimento, de aceitação, mesmo que para isso desmistifiquemos que “Antes a verdade que dói, do que a mentira que ilude”. Não aquela possessiva, vale lembrar. Com certeza. A verdade sempre irá nos machucar, nos entediar até mesmo – se não controlados – nos tornarmos loucos ou quem sabe possessos no frágil significado da palavra.

            Mais uma vez aqui nos meus comentários, os amigos espirituais nos mostram a necessidade da reforma íntima. Por que adiar algo inadiável? Por que não alimentamos da fé verdadeira quando ainda a rotulamos com os nossos precários quadros de indolência? Por que martirizar nosso campo mental com diabruras que até mesmo muitos psicólogos e psiquiatras ainda ficam sem entender a fórmula ideal de mostrar a todos – como somos insanos de natureza? Hajam sessões de terapia em que entram sempre em campo os adversários da consciência e os aliados da inconsciência. Quem ganharia essa peleja sabendo que, nem uma nem outra se aclaram tão presentes no roteiro de emoções que, vez outra, nos deixam perplexos ante nosso reflexo no espelho da alma.

            “Iniciativas de caráter pessoal no campo da fé costumam, ser desastrosas”. Acertado pensamento. É o que sempre falo e disse hoje nos parágrafos acima. Impomos uma casta de religiosos bem piores que os lidadores da época do Cristo: os Doutores da Lei. Creio que só mudou mesmo o figurino. Não procuramos disseminar verdadeiro conteúdo da instrução e da educação, da disciplina e da perseverança. Um e outra se mesclam em conceitos de caráter religioso – não que o seja – mas imprimido e comprimido em nós, passamos para os outros como normas inaceitáveis. Muitas vezes dificultamos o ingresso de trabalhadores na lida da assistência porque tem, todos aqueles que não pertençam à essa ou aquela agremiação religiosa que passar por normas da Casa emolduradas nos retardos de uma pureza doutrinaria. A obsessão ardilosa e imperceptível invade os centros enérgicos de muitos lidadores religiosos sem que saibam estarem sendo teleguiados por mentes das sombras mais poderosas que eles.

            E nesse quadro de ansiedades, apreensões, decepções, angústias, vícios ainda indomáveis, vem a humanidade procurando caminhos que satisfaçam – tão somente – a sua vã filosofia orquestrada pela sinfônica dos instintos ainda não rebelados. Dr. Bezerra de Menezes é enfático quando disse essa verdade, relatada no livro do Dr. Inácio Ferreira “Do Outro Lado do Espelho”, pelo médium Carlos Baccelli: “Todos, em essência, refletimos uma claridade que não nos pertence”. Muitas vezes nos refugiamos das nossas intempéries emocionais no guante aterrador da cobiça, do orgulho, da vaidade nas claridades dos outros sendo iluminados não por nós em essência, mas pelos ensinamentos de preclaros Mensageiros do Senhor. É justo procurarmos exercitar os exemplo deles deixados? Sim. Mas o que vem acontecendo é que nos extasiamos tanto com as palavras bem floreadas que não atinamos em trabalharmos em cima delas não deixando com que as transformem em flores de plástico sobre uma mesa.  Já pensou nisso?

            Muitos falam aos cotovelos o que aprenderam na carteira de aprendizado da vida. Disse aqui “aos cotovelos”, por que nem sempre a teoria vai acompanhada da prática. A teoria nos impõe a didática do aprendizado, a acepção do conhecimento em falhos flashes de compreensão. Contudo, na prática, já tendo as asas do conhecimento recebido, tentando subir mais alto do que nossas asas garantem seguridade. Quanto maior a subida sem o desvelo da confiança nos empreendimentos, a queda é inevitável. Somos ainda quais Ícaros tentando fugir dos labirintos impostos pela mente desavisada com as penas da insensatez e a cera da incoerência. O sol da Verdade sempre nos questiona o que aprendemos e, se não soubermos a resposta o fracasso é crucial. Nossa consciência sempre nos alerta nessa aventura, mas como sempre acontece, muitos só aprendem – e quando aprendem – despencando de altos precipícios da vã filosofia em que se alimenta ferozmente, vindo a espatifar sonhos ainda não construídos e realidades sem a nesga de vitória. Não poderia aqui enquadrarmos o sentido da figueira estéril, meu Caro Leitor Amigo?

03/03/2023 – Até a próxima segunda-feira – Divulguem-na para nós. Gratidão.

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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