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Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.

            Fazendo o Possível… Na rotina diária em que esbaldam excessos e carências, procuramos alimentar a soberba fazendo o possível para que – na aparência – sejamos melhores que os outros. Agora, em que sentido, sabendo que todos nós estamos no mesmo barco das aflições, das enfermidades, das culpas milenares no Cartório Divino? Você se satisfaz ante suas necessidades prementes, ocupar o tempo com futilidades aparentes ou procura fazer um pouco com relação à assistência social a qual é dever de todo aquele que se diz cristão? Gosta de adorar seu reflexo no espelho da alma, esquecendo que na Terra tudo é passageiro? Tudo é ilusão? Já pensou nisso?

            Dr. Inácio ainda conversava com o espírita que fora castrado por ficar com uma mulher casada e, para piorar a situação vem a suicidar-se. “As nossas travessuras não são feitas por maldade e ninguém é essencialmente mau; tudo é obra da ignorância”. A ignorância não deixa de ser o estopim de escândalos variados que varrem a moralidade de uma raça que se diz superior. Em que sentido mesmo essa utopia?

            Creio que o gene da maldade ainda tenta dominarmo-nos. E as vezes ela encontra guarida nos sentimentos de muitos homens. Apesar que a ignorância não deixa de ser o frontispício de desequilíbrios variados, o mal ainda é sombra em nossos passos. Digo o mal aqui não tão somente ligado à violência extrema com o semelhante, mas aqueles pequeninos que nos passam desapercebidos, mal classificados, mas que se nos imantam no seu teor alucinógeno, mostrando mais das vezes o que se passa em nosso coração.

            A verdade é que todos nós, humanos, sentimos falta de algo ou de alguma coisa que venha preencher um vazio que não sabemos, mais das vezes, a sua origem. Reclames, inquietações, ansiedade, medo, descrenças, são tipos de transtornos que, se não analisados com mestria, pode se tornar em tumores malignos de sociedades que ainda se tem muito que aplicar na sua panaceia desvairada, tudo que lhe ocupe no seu tempo-espaço, a capacidade de reunir forças para dirimir o mal enquanto é dia.

            Dr. Inácio procurava entender-se com o espírita convalescente mostrando-lhe que todo médium – aqui com algumas exceções – são almas comprometidas com a afetividade. Nesse campo, muitas pessoas não se sentem bem com a vida que levam. Procuram na encolha, alimentar vícios escabrosos e não sanados, que denigrem toda alma necessitada mais de tratamento do que conhecimento. Não adianta saber de determinado assunto que lhe cure algum distúrbio alimentado direta ou indiretamente, se não procura se medicar no sentido de unir carência com necessidade.

            Ele nos diz uma verdade: “Eu não sei onde a carência de sexo ou o excesso de sexo está implicado com a mediunidade”. Creio que a mediunidade nesses casos não deixa de ser o pavio que acenderá as nossas precariedades humanas escondidas nas dobras das existências. Carências e excessos em todos os seus quadros de inquietação não exonera ser ou não ser médium necessitado implicitamente à alguma moratória onde o sexo se faz mais persuasivo.

            É gritante o que milhares e milhares de almas procuram atender suas necessidades sexuais. Aqui não se classifica tão somente os albores de uma mocidade que aproveita, de modo descontrolado, as forças sexuais da alma. Nesse quadro, poderemos colocar homens e mulheres em matrimônio, que não achando no companheiro ou companheira atender seus apetites sexuais, procuram no mundo lá fora atividades que maculam famílias honradas pelo menos na posição em que se situam numa sociedade.

            É muito grande a porcentagem insatisfeita continuadamente atrás de um antídoto que o tire do vício incontrolável da sexualidade. Por isso essa carência travestida em necessidade de algo alimentar sem que, para isso, venha a saciedade como controle dos sentidos probos de outras finalidades mais nobres.

            Muitas vezes o arrependimento faz com que nos tornemos qual Narciso a olhar nossa imagem refletida nas águas das existências em que a autopiedade e auto-recriminação se evidenciam drasticamente. Procuramos ser nesses casos o mais infeliz dos seres irradiando para os que convivem conosco uma necessidade, uma carência mais das vezes nociva, indiscriminada e muitas vezes autoritária. A auto-recriminação é o oposto da autopiedade. Maceramos coração e mente em questões psíquicas que não exoneram, de vez, nossa insipiência em auto punirmos pelos erros que enxergamos não corrigíveis. Tanto um quanto outro mostra uma alma dilacerada por processos mentais que, conscientes ou não, não deixam de ser melhor observados por especialistas do ramo. Mas antes de tudo, procuremos, todos, o “Conheça-te a ti mesmo”.

            “Todas as fases da vida eram igualmente importantes: a infância, a juventudes, a madureza e o fenômeno da morte tão necessário quanto o da vida física”, Citação do livro “Do Outro Lado do Espelho”, pela mediunidade de Carlos Baccelli. Não poderia passar de liso essa citação. Infelizmente, hoje, com essa tecnologia de ponta, estão afastando pais e filhos e vice-versa para um confronto entre ideias e ideais que, a grandes esforços, vem causando um desarranjo orgânico de difícil prognóstico para muitos especialistas do ramo. Para que a Humanidade cumpra com o seu papel na evolução que se faz necessária, indispensável os casais da atualidade e, futuros genitores, procurem desvencilhar os espíritos que lhes são simpáticos das garras quase indissolúveis dos egos do passado. Pais preparados, filhos cônscios das suas responsabilidades. E nesse conjunto de fases existenciais, a juventude, quanto a madureza e a velhice nos sejam capítulos preenchidos com a tinta das vivências e convivências em que a Cristandade se transforme em carta de alforria para a nossa liberdade espiritual tão esperada.

            Em contrapartida disso tudo, Dr. Inácio se assustou quando ouviu Odilon Fernandes falar do seu rejuvenescimento. Não era mais aquele idoso que carregava um fardo de mais de oitenta primaveras. “Instintivamente, levei a mão no rosto procurando por minhas antigas rugas e apalpando os músculos das bochechas, que, pela falta dos dentes que extraíra haviam se tornado flácidos”. Dr. Inácio surpreso, foi até um pequeno lago, qual Narciso. E oh! Estava rejuvenescido, sim. Devemos analisar essa citação em dois sentidos: Como vimos Dr. Inácio quanto outros espíritos que se satisfazem em fazer o bem incondicional se remoçam deixando a carantonha da carne cheia de imperfeições, pra receber no seu perispírito a mocidade espiritual que não se assemelha à mocidade na carne. Por outro lado, aqueles que se entregam ao mal, deixam com que seus corpos espirituais se embruteçam à medida que se intoxicam das sombras.

            Para refletirmos: “Quem tem mais ego do que personalidade, também tem mais imagem do que essência”. Como anda sua personalidade na atual existência? E a sua aparência, casaria fielmente com a sua essência espiritual? Fica as perguntas. Comigo, Caro Leitor Amigo?

30/01/2023 – Até a próxima quarta-feira pessoal. Divulguem-na para nós. Muita paz.

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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