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Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.

            Evolução… Qual seria o processo das Leis Divinas atuando desde a Bactéria até o Anjo no sentido de sempre estarem ligados – os espíritos – nas etapas evolutivas da Criação? Acredita você que nessas etapas necessárias para o seu despertamento espiritual gradativo, você já foi uma pedra no reino mineral; fez parte da fotossíntese das plantas no reino vegetal; uma criatura movida pelo instinto caçador no reino animal; e um canibal, digamos, no reino hominal? E para sermos vencedores de nós mesmos, o palmilhar da Essência Angélica como troféu da nossa capacidade, até então, de Amar o Inconcebível? Difícil acreditar nisso tudo não é mesmo visto por essa visão? Mas se a sua essência embrenhou-se nesses reinos não fazendo parte diretamente deles, será mais aceitável para inteligências mais rudimentares em processo de aprendizado? Creio que sim.

            Dr. Inácio já se encontrava no Plano Espiritual há um ano. Desapegava-se aos poucos das lembranças que ainda o prendiam na Terra. “Fixar a mente no passado é não avançar”. Disse ele. Embora o passado se faz presente na presente existência bem mais do que imaginamos, ele aos poucos nos prende ou nos liberta segundo o direcionamento que lhe damos. Milhares de pessoas gostam de viver de lembranças. É bom?… Sim. Mas se afeiçoam tanto a elas que é incapaz de mudar uma mesa do lugar em suas casas para não apagar as lembranças paternas e maternas. Isso é bastante nocivo para a pessoa em si, quanto para aqueles que – pensando agir assim – estariam satisfazendo parentes desenfaixados dos liames da carne, embora estejam, sim, prendendo-os drasticamente nos lares que já não são seus.

            Muitos se iludem na Terra de alcançar determinadas graças sem o devido merecimento. É o que nos revela Dr. Inácio em seu livro “Do Outro Lado do Espelho”, através da mediunidade de Carlos Baccelli. “A gente pensa que, por alguma mágica qualquer, ao deixarmos o corpo de carne, teremos acesso às elevadas Entidades Espirituais que reverenciamos…”. Ledo engano esses que assim pensam. Não é só porque cortou meia dúzias de batatas numa Sopa Fraterna; uma vez ou outra participou de Campanhas do Quilo; que procurou suavizar a solidão de velhinhos num Asilo; que lançou livros falando do Bem a ser feito e não praticado; que deu esmolas na rua não com o dinheiro que faz parte das suas necessidades, mas sim, aquele que lhe sobra no bolso ou na bolsa, que será referendado quando chegar no Além. Não sabemos caracterizar em nossas ações o que seja a Caridade na sua essência mais verdadeira. Com certeza, não é isso que vemos por aí.

            Até mesmo para fazer a Caridade temos de ter alcançado uma evolução mediana no quesito Amor Verdadeiro. Não aquele Amor que muitas almas generosas se prestam em nos ensinar e raros aqueles que seguem voluntariamente seus exemplos. Esse, creio, por enquanto, ainda não sabemos praticá-lo. Digo esse amor terra-a-terra exangue de valores realmente legítimos, na consanguinidade bastante narcisista.  

            Interessante essa citação de Dr. Inácio quanto a evolução. Vejamos: “Nem sempre a ascensão espiritual acontece de forma acentuada, porquanto o espírito igualmente carece de reciclar ideias”. Importantíssima essa citação para todos nós.  Reciclar ideias… A evolução a cada novo ciclo nos faz rever conceitos e destronar preconceitos no sentido de angariar vetores de aprendizado quanto aos valores indispensáveis para a nossa reforma íntima. Demoramos muito em determinado estágio na Terra, principalmente quando temos que descartar certas manias, determinados vícios, dispensar muitas coisas velhas que amontoamos sem razões de ter. A verdade é que somos acumulares compulsivos de energia negativa em nossa psicosfera. Atraímos muitas vezes enfermidades que não se encontravam no nosso composto reencarnatório e passamos a vida toda sendo cobaias de muitos médicos interessados não pela nossa convalescência, mas sim, como prolongar essa ou aquela doença em nós no sentido de garantir, sempre, moedas em suas contas bancárias. Fica a dica.

            Creio que quanto mais entendimento tivermos da necessidade de auxiliar pessoas em provas e expiações, mais ganharemos subsídios de aprendizado quanto à nossa reforma íntima. Segundo Dr. Bezerra de Menezes, “Ninguém sobe, para olvidar os que permanecem na retaguarda. Quem não desce aos abismos da dor não sabe encontrar os caminhos para as estrelas”. Belíssima citação.

            Me fez lembrar aqui com meus botões da mãe que renunciou aos prazeres de um paraíso monótono para ir ficar com o filho que ainda permanecia nas trevas sofrendo os horrores das faltas cometidas. Como podem ter pessoas que pensam que, ao morrer, ficarão num paraíso insensível às dores do mundo, esquecendo de parentes e amigos do coração, por não terem a mesma “sorte” de pertencer aos eleitos do Senhor. Pela história dessa mãe, ela com certeza, conquistou um Amor descomunal até mesmo do próprio Deus que a criou. Divino, não?

            Façamos, pois, a Caridade. Deixemos de cruzar, muitas vezes as mãos em prece. Nossos irmãos necessitam mais de amor no coração, de aconchego mais fraterno, de coração com coração, de alma com alma. Deixemos de alimentar o egoísmo sem limites. Deixemo-nos de ser hipócritas nos dizeres do Mestre.

            Para analisarmos bem na reflexão mais que indispensável do Médico dos Pobres, “A conquista do Amor se faz acompanhar, para o espírito, do seu séquito de virtudes divinas”. Temos muito chão para caminhar. Muitas reencarnações para reencarnar em nós a Divina Virtude a que fomos criados. E, para isso, deveremos na medida das nossas possibilidades ante o tempo que nos é dado, de perquirir se realmente desejamos um mundo melhor de se viver, sem rótulos doutrinários, sem rituais sem sentido, onde a fé alvissareira possa ser a Bandeira da Paz, cujo Inspirador das nossas mais santas escolhas nada menos seria o nosso Mestre Jesus. Atentemos, pois, para isso o quanto antes.

            O Cristianismo a que deveremos reacende-lo em nós é entre trabalho e disciplina, conhecimento e boa vontade. Sem esses ingredientes salutares para a alma, difícil, sequer, conseguiremos ensaiar uns arremedos de religião a que nos prestamos falar como nossa. Abaixo as perquirições tomadas à ferro e fogo quanto à nossa religiosidade em baixa. Vamos descer do pedestal do orgulho que, ao invés de nos vestirmos das roupas nupciais para o grande Banquete do Senhor, estaremos, sim, aprisionando ainda mais a nossa consciência nos dédalos da nossa incipiência e da nossa ignorância.

            E para fortalecer ainda mais esse meu comentário, vamos refletir em outra citação do ilustre mensageiro de Jesus Dr. Bezerra de Menezes: “Quem não se sacrifica não se realiza; quem não se doa não tem a posse de si”. Vamos dar nosso testemunho verdadeiro através da renúncia e sacrifício. Duas palavrinhas ainda não alinhavadas nos misteres da nossa cristianização, não é mesmo? A evolução todos os dias nos fornece uma página em branco para preenchermos com a tinta da nossa humildade, os caracteres para a nossa salvação, para que, assim, possamos passar com a consciência tranquila aquela Porta Estreita sem mesclas, sem máscaras, sem rótulos. Comigo, Caro Leitor Amigo?

27/02/2023 – Até a próxima quarta-feira pessoal. Divulguem-na para nós. Gratidão.

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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