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Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.

            Mediunidade… O que seria esse dom para você? Você a tem ostensiva ou ainda encolhida sob pretextos de religiões contrárias à Doutrina Espírita? Ouve vozes? Vê homens destituídos do corpo físico, os ditos fantasmas? Conversa com eles? Pode-se acreditar em tudo que dizem? Essas e outras milhares de perguntas podem ser esclarecidas no “O Livro dos Médiuns” de Allan Kardec. Cabe agora a boa vontade de lê-lo e procurar dirimir dúvidas e preconceitos.

            Dr. Inácio dialogava com Manoel Roberto, Modesta e Odilon Fernandes e um dos assuntos foi mediunidade, relatado em seu livro “Do Outro Lado do Espelho”, pela mediunidade de Carlos Baccelli: Vejamos algumas importantes citações: “Os médiuns não querem estudar, não querem disciplina…”. Para que Chico viesse a trabalhar com Emmanuel, ele teve que andar pianinho com a disciplina. E por isso o seu árduo trabalho produziu sazonados frutos de esperança para todos os que viessem abeberar dos seus conhecimentos. Quer seguir uma mediunidade segura, leia a obra de Chico Xavier.

            A maioria quanto de médiuns que se classificam como intérpretes do Mundo Invisível não se prestam ao estudo meticuloso da mediunidade. Não é apenas sentar numa mesa mediúnica e receber espíritos que é a parte mais fácil; agora, compreender o fenômeno que se desenvolve nessa permuta de energias é que são elas. Tem muita coisa ainda a ser revelada nesse dom gratuito que recebemos da Misericórdia Divina. Mas sem estudo…

            “Ficam parados, ao redor da mesa, feito uns robôs; nem pensar eles pensam; esvaziam a mente de ideias, esperando que os espíritos façam tudo… Isto não é mediunidade, se o pobre do morto  pudesse fazer tudo sozinho, os médiuns seriam meras figuras decorativas…”. Disse bem Dr. Inácio. Difícil compreender médiuns que assim pensam. E não são poucos esses que assim agem. Nesses casos, parece, que eles – os médiuns – processam uma lavagem cerebral em si mesmos passando a ser os principais necessitados e não os espíritos que são trazidos procurando esclarecimento e esperança, fé e dinamismo nessas reuniões. E não é assim que funciona esse tratado com os Espíritos Superiores.

            Uma situação vista em reuniões mediúnicas e que muitos orientadores deixam passar de liso: “E depois – os médiuns – mentem; Dizem que são inconscientes; que não se lembram de nada”. Muitos utilizam dessa mediunidade bastante rara de acontecer, principalmente quando o médium é consciente e passa como se fosse inconsciente, para não responsabilizar-se com as responsabilidades que a ela todos os médiuns tem de assumir. Mediunidade é permuta de pensamentos. Se um dos dois falha, a comunicação ficará truncada. E aí é que chegam o animismo inconsciente e a mistificação destrambelhada.

            Muitos médiuns se passam por espíritos e não deixam com que eles se expressem. Difícil compreensão? Vou facilitar aqui esse meu raciocínio. E quem vai falar a respeito é o próprio Dr. Inácio Ferreira. Vejamos: “O médium me acolhe, me agasalha, abre a boca e só deixa passar o que não conflita com os seus pensamentos. Sendo assim, o que eu vou fazer lá? Passar raiva?”. Tem médiuns que não aceitando corrigendas e certas verdades em que a carapuça lhe caiba na cabeça da consciência, originadas dos espíritos que o recebem, tratam de burlar o intercâmbio, digamos, adulterando a ideia que dos espíritos advém. Agora, adulterações também nos comunicados? Isso eu já sabia acontecer… mas vai falar…

            Outro costume inapto para essas reuniões é quando o médium se capacita a ser o próprio benfeitor espiritual. Vejamos o que nos diz Dr. Inácio Ferreira: “E isto, sem falarmos nos médiuns que vivem colocando palavras inteiramente suas em nossos lábios; é um tal de termos dito, sem termos dito nada… É uma coisa pavorosa! Médium que se prevalece da faculdade para conseguir os seus objetivos é médium sem convicção e sem ideal”. Esse erro é mais comum do que imaginamos. Mesmo não incorporando algum espírito, tem médium – com raras exceções – que se presta para que os outros valorizem e acreditem em tudo que dizem, principalmente quando conviveu com algum outro médium renomado hoje desencarnado: É um tal de falar “Eu estava do lado dele quando ele me disse…” “Eu vi ele dizendo essas verdades da sua própria boca…” e por aí vai esses destemperos de médiuns invigilantes, que querem a glória de serem reconhecidos, mas que, na verdade, estão sendo desvalorizados por mentes mais afiadas quanto às mentiras corriqueiras desses médiuns. Uma pena.

            “Os médiuns hoje querem improvisar… Quanta mistificação!”. Eu não sei nesses casos quem a gente tem que ter mais piedade: Se o médium que assim age, ou as pessoas que – sem estudo algum sobre mediunidade – acreditam em cada palavra que eles dizem. Daí tantas e tantas discordâncias, tantos rebuços, que a Espiritualidade Amiga que os assistem se apiedam deles aguardando uma análise mais precisa do que veem, escutam e cogitam para si, com algumas situações que somente existem em suas cabeças. Creio piamente que muitos médiuns desejam ser idolatrados, colocados num andor de ouro por causa da sua mediunidade fora do comum. Pode até ser fora do comum mesmo, pois esse tipo de mediunidade só é compartilhada por espíritos inferiores de igual nível mental. Eles se tornam como condutores do médium, do grupo mediúnico e do próprio Centro Espírita se os dirigentes destas Casas não acordarem a tempo.

            Tem médium que se propõe a trazer cizânias no Movimento Espírita, principalmente quando revela reencarnações de espíritos ilustres. Qual o objetivo dessas revelações para o meio espírita? Se o espírito é respeitado pelo bem que fez, naturalmente ele vem com esse dom registrado em suas mãos e em seu coração anonimamente de reencarnações pretéritas. Da árvore se conhece os frutos, não é mesmo? Se a árvores é boa ela jamais produzirá maus frutos e vice-versa. Agora tem médiuns que vangloriam esse tipo de revelação como sendo o máximo – só para eles – vale aqui salientar. Para que informar que esse espírito foi fulano, sicrano ou beltrano diante de cinco, dez, vinte reencarnações se em uma delas, apenas, o pau quebra entre lidadores da Doutrina… Agora imaginem uma quantidade exorbitante de vidas passadas… O pior é que não falam uma fonte segura e nem o nome do dito espírito superior… Ou quem sabe é fruto da cabeça deles mesmos né? Temos muito que estudar sobre mediunidade pessoal. Não nos prendamos a esse tipo de mediunidade que, ao certo, não estamos gabaritados para esse tipo de revelação, principalmente quando tem uma chispa de verdade. Vale a dica.

            Agora o que eu não entendo é que espírito superior é esse que tem tempo suficiente para vir à Terra para passar para médiuns – para mim invigilantes – revelações que em nada irá favorecer para a Doutrina, certo ensinamento. Sabe-se que Espíritos Superiores respeitáveis, em nenhum momento se desfaz do seu tempo precioso, para atiçar – vamos dizer assim – a curiosidade nociva que todos nós temos com relação às vidas passadas de muitos espíritos ilustres que passaram na Seara Espírita. Tem tantas coisas para estudar, para analisar, para refletir – coisas difíceis essas de fazer é verdade -, agora vem essas revelações como arremedo de mediunidade e de médiuns, incipientes é claro, de valores mais acertados no amadurecimento mental e sentimental de si próprios. Coisa para mim vergonhosa. E isso sempre advém de médiuns com uma bagagem de vivência que impressiona… Vai entender….

            Para refletir a tudo isso, vamos analisar nos dizeres de Chico, essa frase iluminada: “Muita gente me pergunta o que deve fazer para desenvolver a mediunidade. Mas quase ninguém me pergunta o que deve fazer para desenvolver a bondade”. Estaria você enquadrado nesses dizeres, Caro Leitor Amigo?

06/03/2023 – Até a próxima quarta-feira pessoal. Favor divulgar para nós. Gratidão.

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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