Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.
Namorados… Época de sonhos… De novas perspectivas… Ninguém nasceu para viver sozinho. Cada ser criado por Deus tem o seu companheiro ou companheira para que, juntos, possam estruturar o amor verdadeiro como alimento das almas. “Crescei e multiplicai-vos”. Mas, no entanto, em um mundo de provas expiações, muitos vivem apenas em companhia da solidão e do silêncio, mesmo em família, como muletas, talvez da ingratidão, ou quem sabe, da Lei de Causa e Efeito agindo rigorosamente na vida sentimental de muitos. Nem comigo foi diferente.
No capítulo dessa semana, vamos conhecer Mariana, namorada de Paulinho que viera fazer-lhe uma visita junto com a sua avó e os pais de Paulinho, narrado pelo Dr. Inácio no seu livro “Sob as Cinzas do Tempo”, através do médium Carlos Baccelli. Os dois pareciam se entender, mas foram afastados um do outro por questões de desequilíbrio e obsessão de Paulinho.
A mãe do jovem de nada se sensibilizava com o tratamento que seu filho estava tendo naquele Sanatório: “Eu não suporto ver você aqui… Não sei o que tem essa casa. Para mim, ela abriga as almas penadas do Purgatório… Fico toda arrepiada”. Como podemos notar, a mãe de Paulinho era médium. Sentia as vibrações do lugar porque, decerto, ali, tinham entidades realmente inferiores que, para muitos que desconhecem o mecanismo da mediunidade e sendo de outra crença, teriam os mesmos pensamentos dessa mãe.
Não queria saber se seu filho estava sendo bem ou mal tratado. Queria vê-lo o mais rápido possível fora daquele lugar. Seu Juliano procurava contornar a situação, mas ele, pelo visto, não tinha inciativa tanto de pai como de esposo, dando azo às suas preocupações tão somente com gados e fazendas.
Dr. Inácio veio a cumprimentar os visitantes e conhecer a namorada de Paulinho. Disse-lhe que Paulinho não tinha nada no cérebro, mas sim, problema espiritual. Quantos de nós estamos com esse tipo de problema e para não machucar nosso orgulho religioso deixamos muitas vezes de procurar o alívio em Casas Espíritas especializadas em defrontar entidades desse jaez? Quantos escândalos poderiam ter sido evitados, caso muitos em desequilíbrio tivesse um lar probo de Evangelho, de participação fraterna entre pais e filhos e vice-versa, não é mesmo?
E bem claro, sem rodeios, explica à Mariana o que estava passando com Paulinho. “O seu namorado vem sendo assediado por um inimigo da família; trata-se de um espírito revoltado e de grande poder hipnótico… No entanto acredito que ele vai acabar cedendo.” Não sei ao certo a idade de Mariana, que poderia ser bem mais nova que Paulinho. Dr. Inácio disse a ela como se ela tivesse conhecimento do Espiritismo, ao contrário da sogra, que fazia de tudo para estragar aquele encontro.
Diante dessa citação, quantos lares espalhados pelo mundo estão em confronto ferozes com espíritos das sombras que sequer acreditam existir? E quanto mais essa ignorância, maior poder terá essas entidades. Como podemos ver nos noticiários os assassinatos familiares que são colocados apenas nas estatísticas, porque os que estão à frente desses acontecimentos, nada sabem que a vida continua Além-Túmulo, quanto mais de inimigos invisíveis.
Quantos são perseguidos até mesmo por familiares desencarnados que, desgostosos da situação que deixaram com a morte do corpo físico, se revoltam ao ponto de escravizar parentes do coração levando-os mais frequentemente, à loucura, ao homicídio e até mesmo à morte? É triste como as religiões estão despreparadas quanto à vida espiritual! E creio quantos ainda estão insipientes para aceitar as realidades do mundo invisível, mesmo àqueles que professam o Espiritismo! Dizer que estamos preparados para morrer é bem mais cômodo diante do testemunho que muitos de nós ainda não temos capacidade de dar Àquele que deu sua vida por nós. Incrível né?
Mesmo com as brincadeiras do Dr. Inácio para com os visitantes no sentido de aliviar a pressão daquele lugar, não demovia nenhum agrado vindo da mãe de Paulinho. De fato, quantos homens e mulheres existem por aí dando uma de “racionais” e que na verdade – muitas das vezes na surdina – retiram a pele de cordeiro envolvendo os déspotas inquestionáveis e insensíveis? Decerto, não somos anjos e nem mesmo a morte física faz esse milagre. Seremos depois do nosso desenlace o que somos atualmente.
Dr. Inácio observava que a presença de Mariana, acalmava a personalidade de Paulinho. Pedira a ela que viesse visita-lo mais vezes, pois que trazia a ele conforto e certa paz de espírito. “Convenci-me de que a salvação de Paulinho seria Mariana”. E estava certo. O que uma mulher nos moldes de alma espiritualizada e sensível pode fazer aos homens materialistas, impulsivos, selvagens muitas vezes, desconhecendo até mesmo a si próprios?
Na hora da despedida, Mariana coloca no pescoço do seu namorado um crucifixo preso à uma correntinha. Para Paulinho, seria uma relíquia abençoada que iria protege-lo, de certa forma contra todo mal. E para o obsessor, o que significaria? Um símbolo tratado a ferro e fogo não o que ele representasse na sua essência, mas alimentado pelo soberba, maldade e incoerente diante das Leis Universais que dirigem todos nós.
Muitos amuletos não deixam de ser um canal para que a fé de muitos propague além das palavras. Ainda existem muitas almas encarnadas quanto desencarnadas também que necessitam de um ponto de referência para cultuar, não Deus, mas os seus santos preferidos. E pergunto: Esses santos não estariam também subjugados ao Criador que, com a Sua vontade é que poderá dar a graça a esse quanto aquele enfermo da alma e do corpo? Por que então não pedir a Ele diretamente? Sem ponto de referência para com Deus, perguntarão muitos. Mas, é só observarmos mais atentos tudo o que a mão do homem não consegue fazer e aí estará o Ponto de Referência Divino que precisaremos para nos aproximarmos bem mais do nosso Criador. Comigo, Caro Leitor Amigo?
17/10/2022 – Até a próxima quarta-feira pessoal. Muita paz.
Aécio Emmanuel CésarMédium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.