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Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.

            Paulinho. Ele aproveitou uma chance da camareira quando trocava os lenções e escapuliu. Escafedeu-se. Ninguém o encontrava em lugar algum do Sanatório. Para onde teria ido, pois ele não era de Uberaba e não tinha um rumo específico numa cidade que não conhecia.

            Manoel Roberto chegou quase sem ar nos pulmões a informar Dr. Inácio da sua fuga. Estranhamente ninguém o encontrou. O medo do responsável direto do Sanatório não estava tão somente ligado como ele fugiu e sim, caso a imprensa da cidade descobrir tal fato. Já os perseguem sem razão de ser, agora com um objetivo direto, estariam todos perdidos. E o pior: ele fugiu só de cueca. Danou-se então.

            Para quem está acostumado com Dr. Inácio calmo, agora parecia que era ele o obsediado para alguns olhos desavisados. Puxou as orelhas dos seus subordinados por falta de vigilância, principalmente para com quem lidava diretamente com os internos. Dr. Inácio estava intrigado com o sonho que teve. Muito fogo… homens religiosos apontando-lhe o dedo em riste, sorrindo como se algo haveria de acontecer. E aconteceu.

            O corre-corre fora geral em busca do paradeiro do Paulinho. E Manoel Roberto sendo tão pressionado somente à tarde o encontraram num pequeno pomar do Sanatório. Mas algo terrível ele fez. O enfermeiro-chefe chamou Dr. Inácio pedindo sua presença no pomar. Lá chegando viu uma cena macabra. Paulinho crucificou um gato em tiras de bambus. Dr. Inácio quase que perde os sentidos. Chamou sua atenção severamente e pegando-o com jeito, o levaram para tomar um banho. Ele não dissera uma palavra sequer até então. Mas na hora do lanche ouviu-lhe dizer: “Eu ia arrancar os olhos dele e depois queimá-lo, como mandei fazer com muita gente… Nada de sangue derramado: só a fogueira!”. Medonho, não?

            O mal quando se instala numa alma, sendo essa alma encarnada ou não, faz coisas terríveis. No caso do Paulinho, ele, o obsessor, crucificara o gato porque sabia que Dr. Inácio era apaixonado por eles. Algo pessoal?

            Existe várias técnicas de obsessão. Muita maldade flui do mal. Mas essa obsessão do Paulinho estava enganando a todos. As vezes a vítima desse obsessor ficara distante de tudo, porque o espírito das trevas o usava inconscientemente por várias horas ou dias, como aconteceu da sua fuga, da morte do gato e o acontecido na hora do lanche.

            Através da citação acima, sabemos que a pessoa quando ela é má nem a morte retira esse sentimento ruim. A personalidade continua tal qual é depois da morte do corpo e não da alma. Por isso encontrarmos relatos tais como o do Gregório em que estou comentando do livro “Libertação”. Quantos espíritos das Trevas manipulam outros espíritos para formarem verdadeiras legiões no sentido de intervirem nas almas de homens e mulheres invigilantes, encarnados ou não.

            Quanto ao ritual visto aqui nesse capítulo, em momento algum existe ritual para o bem. O Bem genuíno, sendo espontâneo, apenas se concretiza envolvido de amor, puro amor, para com nossos irmãos em maior desequilíbrio. Não compreendo acender velas para um espírito superior. É preferível acender uma vela para nós mesmos que precisamos, sim, bem mais de luz do que eles que já tem luz própria.

            Como sempre digo nos meus comentários, as falanges das sombras procuram se infiltrar no cotidiano de muitas pessoas através das fraquezas por elas alimentadas. Qualquer vício seja ele direto ou indireto são imas poderosos que atraem essas criaturas com a maior facilidade.

            Digo isso, porque numa conversa do Dr. Inácio e o obsessor através de Paulinho, ele disse: “Da brasa do seu próprio cigarro acendo um fogaréu… Vai ser uma beleza ver os loucos que vocês mantém aqui ardendo como tochas vivas…”. Como disse, essas sombras do mal se alimentam das nossas fraquezas. E no caso do Dr. Inácio, poderia acontecer coisa pior se o Sanatório não estivesse bem protegido pela equipe de Amigos Espirituais que guardam muito bem esse local.

            Imagino que em muitos incêndios que abalaram nosso país, deva ter um dedo dessa população das sombras. Não posso generalizar aqui, mas alguns, sim, com certeza. Dr. Inácio diante da investida direta desse obsessor perguntou-lhe novamente pelo nome. Que se identificasse. Mas tudo em vão.

            Sentindo-se forçado a falar por algo que ainda ele guardaria com chave de ouro para um momento mais adequado, excomungou o Dr. e em seguida, estraçalhando um copo de vidro pela mente, iniciou-se um pequeno incêndio sem razão de ser. Rapidamente, o enfermeiro-chefe lhe aplicou um sedativo, descobrindo que o rapaz tinha a mediunidade de efeitos físicos. Um perigo nas mãos de médiuns sem controle, sem estudo, sem educação mediúnica.

            Como podemos analisar nesse capítulo, aconteceu várias vertentes de aprendizado através de uma fuga de um paciente com obsessão bastante séria. Aprendamos, todos nós, através desses acontecimentos aqui narrados. Iremos ganhar muito à medida que vamos expandindo nossas experiências. Temos sempre tempo para alimentar nossos vícios. Passamos praticamente o dia todo mexendo nas redes sociais sem um posicionamento espiritual convincente. Por que então não temos tempo em ler um bom livro, analisa-lo e segundo o que aprendermos, vier a praticá-lo na medida de situações que sempre nos encaminham a praticar o bem da melhor forma possível? Agindo brilhantemente dessa forma, com certeza Papai do Céu ficará bastante orgulhoso pelos filhos que criou. Rsrs. Comigo, Leitor Amigo?

23/09/2022 – Até a próxima segunda pessoal. Muita paz.

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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