Senhoras e Senhores,
A Lei do esforço próprio… Diante dos descalabros dos escândalos sociais, seríamos quais crianças teimosas que, enfermas, recusássemos a tomar o remédio eficaz e curador? Com certeza, bem piores. Assim sendo, precisamos, sim, o quanto antes, vivenciar os Mandamentos do Criador – que ainda está em voga – com todo nosso coração e com toda a nossa alma.
Por que é tão difícil amar a Deus como se ama uma imagem de um santo escolhido pelo povo? Aquele e não esse, não mereceria toda a nossa cristandade e veneração? O que seria, pois a fé verdadeira, se essa está abalizada não em religiões, mas sim, na vontade altruísta de se auto iluminarmos no Auto Amor? Jesus curava não apenas através do seu magnetismo curador, mas pela fé que os enfermos a Ele acreditavam possuir. “A tua fé o curou”, Dizia sempre para aqueles agraciados pela cura. Por que então não escolher a Deus que acima de todas as imagens e crenças, Ele reina absoluto não necessitando de intermediários?
Infelizmente o que acontece é que é difícil sair das tradições que nossos antepassados alicerçaram em nosso mundo interior ou aquelas que hoje fazem parte do nosso suposto aconchego espiritual. Sabe-se que amar a Deus e o próximo como se deve, para muitos seja difícil, porque para tal desiderato é indispensável servir, servir sempre e não ser servido; de praticar a Caridade em todos os sentidos. Rezar faz parte das nossas querelas religiosas, mas praticar essa Virtude sublime excede toda oração em palavras, porque ela em si já é uma prece irradiada de corações reconhecidos por Deus e agradecidos por hoje errar-se bem menos.
Como sempre pergunto aqui, por que o sofrer humano? Necessário será a angústia da alma para se libertar das sombras que ela mesma criou para si? Ou ainda se encontra naquele estágio infantil que não percebe se as suas atitudes serão ou não benéficas? Que ainda precisa de uma Força Maior, como a um Pai a pegar em suas mãos no sentido de ensinar a caminhar com os próprios pés, reconhecendo que nesse caminhar mais seguro, estará sendo observado por outras mentes mais poderosas voltadas para o bem ou para o mal? Qual seria, aqui, a lógica da Lei de Deus? Castigo e punição ou aprendizado e libertação?
Hoje se sabe que a Terra além de ser uma escola bendita, também nos serve de hospital indispensável para todo aquele que deseje se melhorar moral e espiritualmente. Como também de uma prisão provisória, pois, querendo ou não, será nela que iremos pagar ceitil por ceitil as nossas dívidas para com a Justiça Divina. Ahhh, se vai…
Vamos analisar comigo a seguinte citação retirada do livro Libertação no seu capítulo IV, narrado pelo espírito André Luiz pela mediunidade de Chico Xavier a respeito desse meu raciocínio. Vejamos: “Sem que o espírito, senhor da razão e dos valores eternos que lhe são consequentes, delibere mobilizar o patrimônio que lhe é próprio, no sentido de elevar o seu campo vibratório, não é justo seja arrebatado, por imposição, a regiões superiores que ele mesmo, por enquanto, não sabe desejar”.
Como podemos analisar na citação acima, aqui está a lógica da Lei Universal que nos rege. Se cumprimos com os nossos valores adquiridos no perlustrar das inúmeras fases da evolução, concomitantemente de reencarnações e reencarnações compulsórias; se já conquistamos por merecimento os laureis da razão tendo como esteio sagrado o Amor a Deus acima de tudo e de todos e ao próximo como a nós mesmos, não vejo aqui o motivo da paralização da Centelha Divina nos pórticos dos sofrimentos atrozes. Repito aqui: Até quando o sofrer humano?
Creio que não será necessário que o mundo se consuma no Éter de Deus e que a população seja obrigada a compor outros quadros primitivos de onde, dessa fase, passou satisfatoriamente até aqui. É racional compreendermos que o homem em si na sua reforma íntima indispensável ao seu progresso, deverá metamorfosear-se, no sentido de destruir as vibrações que impedem o seu avanço sentimental.
O campo vibratório ainda pesado e negro do homem até então, está aprisionando seu espírito. O mundo material com a sua tecnologia de ponta está fomentando ilusões em um mar onde, tempestuoso, não ache aqueles que procuram aventurar-se sem a bússola da obediência e do conhecimento, conduzido, rumo certo, para o cais da razão consciente.
Não será justo colocar um aluno estagiando num pré-primário, que não preencheu os requisitos essenciais na conquista de nova fase de aprendizado, matriculá-lo numa universidade em que se estuda tão e somente a Filosofia quântica de Deus. Com certeza chegará mudo e sairá calado. Concomitantemente, muitos de nós anseiam com o Céu religioso, paradisíaco, mas ainda nos encontramos imantados no inferno escaldante das nossas faltas, dos nossos desequilíbrios, da nossa loucura em não reconhecer que, se queremos algo, é necessário e indispensável que também ofereçamos algo de nós.
Agora, se ainda somos rebeldes em não querermos sair do pântano dos vícios afanosamente alimentados, creio que seremos empregados em atividades inferiores que, nada mais, nada menos, também se aprende forçosamente, mas aqui, impulsionados pelo chicote da correção implacável. E segundo Gúbio nessa outra citação, que amplia ainda mais esses meus apontamentos: “A Lei estima infinitamente a Lógica”. Simples, clara, objetiva. O caminho é esse e de mão única. E como disse o filósofo Sêneca: “O homem que sofre antes de ser necessário, sofre mais que o necessário”. Comigo, juntos, Leitor Amigo?
03/03/2022 – Uma ótima leitura. Até a próxima quinta-feira.
Aécio Emmanuel CésarMédium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.