Senhoras e Senhores.
A mentira… Quantos dela se utilizam para se dar bem nessa ou naquela situação, não é mesmo? Para esses, importar com o próximo mais das vezes, pra quê? Você já mentiu alguma vez nesse sentido? Já se sentiu forçado a isso para apaziguar uma situação, que, se dita a verdade, teria resultados desastrosos? Até onde iria a mentira para encobrir uma verdade?
Desde pequenos estamos sendo manipulados por certas mentiras que nossos pais nos passam. Elas parecem inocentes, mas no fundo não são. Por questões de tradições, somos quais ventríloquos tanto da família, da sociedade e da igreja. Sim… principalmente essa última. É isso mesmo. Para um melhor esclarecimento, vamos falar de cada uma delas para que cheguemos ao objetivo desse comentário da semana.
Como disse, desde pequenos somos manipulados por questões sociais, familiares e religiosas. A sociedade quanto a religião não aceitam que os seus dogmas e rituais não sejam cumpridos. A família se prende aos ensinamentos dos seus antepassados e a sociedade não aceita que suas normas sejam vilipendiadas. Como exemplo de tanta violência no país um dos fatores de seu crescimento desordenado é a utilização – ainda – de um Código Penal capenga de 1964 em pleno século XXI. Por que não muda-lo? Bem… Se caso venha a mudar, creio que a carapuça vai encaixar perfeitamente em muitas cabeças de colarinho branco. Enquanto as autoridades só enxergam o próprio umbigo, vemos os preconceitos violentos ditados a ferro e fogo na família, na sociedade e na religião e nada se faz. Não disse que entra ano e sai ano é a mesma coisa?
Tem um ditado que diz “A mentira tem perna curta”. E em outra dita por Jesus: “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente, sereis meus discípulos e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. Diante desses dois exemplos antagônicos, como agir em determinadas situações em que tanto a mentira quanto a verdade se nos trará descontentamentos em série?
A mentira reina incólume em um mundo em que em terra de ignorantes, quem tem lábia se sai bem. Como sempre digo – no nosso caso – o brasileiro tem preguiça de pensar. Quer achar tudo mastigado sem observar no que vai digerir não tenha um veneno alucinógeno mental. É triste tal situação. Deprimente até. Como o homem chega em tal patamar se deixando ser governado, mais das vezes, pela mentira ardilosa?
Direta e indiretamente, em casa, na sociedade, nas religiões, nas redes sociais, na televisão, no rádio em quase tudo a mentira grassa satisfatoriamente. Hoje em dia ela se denomina Fake News. E me pergunto: Até quando essa submissão à mentes mais tarimbadas de raciocínio? O que se estará esperando para essa gente despertar? Mais sofrimento? Mais dor? Mais desalento? Mais mortes? Mais……
E seguindo esse meu raciocínio vamos ver o que diz Gúbio a Elói quando esse o interroga quanto a identificação pessoal não está sendo verdadeira naquela cidade nas trevas. E ele lhe responde: “Se erguermos bandeira provocante nestes campos, nos quais noventa e cinco per cento das inteligências se encontram devotadas ao mal e à desarmonia, nosso programa será estraçalhado em alguns instantes”. E me pergunto novamente: Se Jesus tivesse resguardado tudo o que disse, se Ghandi não tivesse feito o bem que fez, se Chico Xavier não abrisse esse leque de revelações espirituais onde a verdade sempre reinou, o que seria de todos nós? Já pensou nisso?
A bandeira do bem é sempre hasteada em campos de conflitos, em terras onde existem minas escondidas nas falácias de muitos humanos principalmente para muitos políticos e religiosos em que a nossa história registra não me deixando mentir. E lhe pergunto novamente: até que ponto, deveremos rejeitar dez verdades do que admitir uma única mentira, uma única teoria falsa, segundo o espírito de Erasto, no O Livro dos Médiuns, Leitor Amigo?
27/01/2022 – Até a próxima quinta-feira.
Aécio Emmanuel CésarMédium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.