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Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.

            A Verdade…. Ahhh Como ela nos incomoda, não é mesmo? Fazemos o impossível para que ninguém não descubra nossos podres mais íntimos. Mesmo não os descobrindo, a nossa consciência sempre está a nos lembrar deles. É fato sabemos que os temos… Mas quem admite não tê-los, mesmo deixando onde passa a fedentina vinda principalmente dos pensamentos? Mas também temos o perfume das virtudes em nós ainda enclausuradas nas masmorras dos vícios. Libertá-las… Vamos?  Para você, o que seria a Verdade? Podridão ou conquistas? Impulsos negativos ou palavras alardeadas de confetes da hipocrisia? Tudo pode passar em nossa cabeça, mas disso tudo, onde a Verdade se encaixa? Saberia dizer?

            Você alguma vez já procurou alguém para desabafar ou esperou que alguém notasse sua baixa alta-estima? Mesmo com alguma dificuldade na trajetória terrena, temos que levantar a cabeça e procurar recursos que nos fortaleça a encará-la de frente. Nada de desânimo. E com esse intuito, vamos ver o que Dr. Inácio nos esclarece a respeito em seu livro “Do Outro Lado do Espelho”, pela mediunidade de Chico Xavier: “Afinal sempre carecemos de alguém que nos auxilie a abrir os olhos para nós mesmos, já que, por melhor nos enxerguemos, sempre evitamos um confronto muito direto com a verdade”. Na grande maioria das vezes, a verdade machuca, mas ao mesmo tempo, instrui e nos educa.

            E quem melhor para nos dizer as nossas fraquezas, os nossos desvios, os nossos destrambelhos que não aceitamos como nossos, senão nossos supostos inimigos? Nossos amigos por mais camaradas sejam para conosco, mesmo observando falhas de existência, são raros aqueles que se aproximam de nós – com certo receio para não nos machucarmos diretamente – e tentar abrir nossos olhos anuviados por certas tentações arrasadoras não é mesmo?

            E para complementar a verdade dita pelo Dr. Inácio no parágrafo acima, vejamos outra advertência: “Nunca nos animamos a descer tão fundo na própria realidade, receosos da indispensável mudança  a ser empreendida ; existem, digamos assim, alguns vícios que estimamos preservar para consumo”. Fantástica essa citação. Clara e objetiva. Mexeu com você também? Muitos não conseguem chegar ao fundo do poço onde lá se encontram o reflexo muito embaçado pelas intempéries que colocam em seus caminhos. São dores morais difíceis da cura instantânea. Passamos, então, a ser vítimas de medicamentos que mais viciam do que curam nossas reais enfermidades. E o nosso bolso sempre dá o grito de despesas extras, enquanto que o de muitos médicos aplaudem pela dinheirama a que recebem com as desgraças dos seus pacientes…

            Mudanças exigem força de vontade. Mas como retirar de nós vícios milenares que hoje estamos acordando para eles? Temos ainda prazeres muitas vezes ocultos para os outros que nos saciam momentaneamente. Sempre momentaneamente… Muitos excessos e carências fazem parte de um quadro bastante lastimável para nós seres pensantes dotados de razão e sentimento prontos para serem melhores utilizados. Porque não damos a vez para eles? Trocar vícios milenares por virtudes agora despertadas é difícil sair dessa zona de conforto, mesmo que eles nos causem severos desconfortos. Não é mesmo?

            Dr. Inácio é enfático quando relata em seu livro: “Desde que deixara o corpo, eu não me levantara  do banco dos réus, todavia nenhum promotor me censurava com tanta veemência quanto a voz inarticulada da consciência”. A consciência sempre anda acompanhada da verdade. Daí não darmos muita atenção, pois elas nos convoca a sair do banco dos réus desarticulando pensamentos arbitrários que só nos prendem nos cipoais da loucura em seus estágios de desequilíbrios e insanas vontades.

            Dr. Inácio fora conhecer Irmão José. E sentiu-se retraído diante da possibilidade dele desbravar pelo pensamento suas mais ocultas tentações… Odilon Fernandes veio ao seu desencanto lhe informando: “Depois da morte, ninguém nos acusa; a não ser aqueles que não estão em condições de apedrejar, ninguém atira a primeira pedra…”. Há vários contextos a serem examinados aqui. É fato que não deveremos jamais jogar pedras nos telhados dos outros pois o nosso é de vidro; contudo, a verdade em si se propõe a nos alertar de algo que nos incomoda, mas que esse incômodo – de certa forma – nos oferece um prazer temporário que em nada irá repercutir na nossa jornada evolutiva.

            Ainda temos carência de conhecimento. E todo aprendizado que nos encara frente a frente com o desconhecido nos espanta fazendo com que nos afastemos do degrau de ascensão mais próximo. Daí o puxão de orelha da nossa consciência alertando-nos através da Verdade Alvissareira, o quanto estamos desleixados com os pensamentos quais milhos de pipoca numa panela… sem a devida tampa.

            Como disse acima “Os nossos desafetos é que nos falam o que precisamos ouvir. (…) Deus situou os nossos adversários onde estamos – eles é que dizem as maiores verdades a nosso próprio respeito”. Se a voz da consciência não é acatada no imo da nossa alma, o próximo passo é a palavra franca, direta, objetiva e verdadeira desses desafetos que nos faz encarar com certa revolta o que sempre vemos nos outros e não em nós. Difícil tal entendimento não? Sendo ainda incipientes nesse enfrentamento – consciência e verdade – ainda apanhamos com o chicote da língua ferina que nos fazem carregar nossa cruz até o calvário da nossa libertação. Sendo cada caso um caso, talvez por merecimento, poderemos ser auxiliados por algum Cireneu que, apiedado de nós, nos auxilie a carregar nossa cruz ao destino reservado para todos nós.

            Que a Verdade seja dita sim com todas as letras. Infelizmente ou felizmente dizendo, só acordamos com certos trancos dolorosos vale reconhecer, mas que sempre nos trará conforto espiritual no final da nossa jornada. O bem tem dessas coisas que ainda não conseguimos decifrar sem a ciência da prudência e da compressão, do zelo e da temperança como suportes da nossa ausência no “Conheça-te a ti mesmo. “Quando sintonizamos com a verdade que está sendo dita a nosso respeito, perdemos completamente a vontade de reagir: falta-nos argumentos de contestação”. E, muitas vezes sem certos argumentos de contestação, vale-nos muitas vezes do silêncio como resposta à altura ante palavras que soltamos à ventania do revide e da revolta. Saber silenciar ante a indiferença de muitos é privilégio da alma que compreende que a Verdade em si, ainda não faz parte de pessoas ainda sem as asas da razão e do sentimento. E sem elas, já sabemos o que acontece, não é mesmo meu Caro Leitor Amigo?

10/03/2023 – Até a próxima segunda-feira pessoal. Favor divulgar para nós. Gratidão.

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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