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Senhoras e Senhores,

            Pensamentos… Espinha dorsal do nosso livre-arbítrio? São através deles que traçamos nossa meta de aprendizado e de experiências, de escolhas e de responsabilidades, de fracassos e frustrações? Você ausculta sua consciência? Costuma filtrar o que é bom no que pensa, fala e executa? Extrai deles virtudes ou vícios? Sabe diferenciar o que você pensa ou deixa-se levar irresponsavelmente pelos pensamentos tresloucados de terceiros? Muitas perguntas não é mesmo? Mas se conseguiu responder com bom-senso apenas uma delas, já está de bom tamanho.  

            Continuando com o martírio de Margarida no jugo de Gregório, depois de tirar da influência negativa de dois dos magnetizadores, Gúbio consegue direcionar Margarida e o esposo para um Centro Espírita. E lá chegando o diretor daquela Casa Espírita, confabulou com o instrutor quanto às oscilações do pensamento: “Enquanto conosco, deixam-se envolver nas suaves irradiações da paz e da alegria, do bom ânimo e da esperança, registrando-nos as vibrações edificantes das quais desejávamos fossem eles nossos portadores permanentes…”. É uma situação mais corriqueira essa. Muitos que recorrem à uma Casa Espírita vão com um único pensamento: se livrar de chofre das sombras do caminho. Enquanto que dentro desse Refúgio de Luz, eles se comprazem com energias benfazejas do local, reajustando seus pensamentos para a reforma íntima indispensável à sua convalescência. Mas…

            Tudo em nossa vida – não sei se vocês observam isso, tem sempre uma conjunção que nos deixam cabreiros. Todavia, porém, mas… que muitas vezes se tornam um balde de água fria nos nossos objetivos, nas nossas carências, nas nossas esperanças.

            Vejamos o que o diretor dessa Casa disse a Gúbio no livro de André Luiz “Libertação”, pela mediunidade de Chico Xavier: “Todavia, tão logo se encontram a pequena distância de nossas portas, aceitam ou provocam milhares de sugestões sutis, diferentes das nossas”. Aqui começa o embaraço de muitas pessoas quanto às mudanças de comportamento. Sabe-se que tanto Casas Espíritas, Templos religiosos, Igrejas não transformam homens comuns em homens espiritualizados no sentido de aceitarem e corrigirem os próprios erros como alguns contrassensos que sempre impedem um melhor acolhimento de ideais no seu Modus vivendus.

            É impossível homogeneizar água e óleo. Eles nunca conseguirão serem misturados. Digo isso pelo seguinte. Não irá adiantar as pessoas irem para as crenças que alimentam com todo sentimento elevado, rezar fielmente, procurar rever falhas em seu convívio com familiares e amigos se ao saírem desses lugares haverá sempre os choques de pensamentos. Daí sempre falo que, se não conseguirmos vigiar mais o que pensamos, difícil conciliar equilíbrio e alta sintonia com a nossa própria personalidade.

            Somos falíveis e, principalmente, sugestionáveis tanto com os vivos na Terra quanto os supostos mortos no Mundo Espiritual. Uma grande maioria se encontra quais fantoches nas mãos de encarnados e desencarnados. É um chupando as energias físicas e espirituais entre ambos. É difícil encontrar alguém que procura direcionar à sua vida íntima com pensamentos que só irão satisfazê-los às necessárias mudanças de comportamento. Ainda existem muitos atritos quanto ao descontrole e falta de vigilância na produção dos pensamentos.

            Para fortalecer o meu pensamento no parágrafo acima, vamos analisar o que o diretor da Casa Espírita nos planos espirituais – vale ressaltar – informa ao Gúbio: “Choques de pensamentos adversos ao nosso programa, nascidos da mente de encarnados e desencarnados, vergastam-nos sem piedade”. Infelizmente é uma realidade que vemos todos os dias. O por que desses choques? Simplesmente falta de educação no pensar. Não temos conhecimento do quanto o nosso pensamento rege nossas escolhas, nossos impulsos, nossas virtudes quando aclaradas com o bom-senso.

            “Raros se capacitam de que a fé representa bênção suscetível de ser aumentada, indefinidamente, e fogem ao serviço que a conservação, a consolidação e o crescimento desse dom nos oferecem a todos”. Completou o diretor acima.

            O que seria a fé? Sustentáculo bendito para as nossas aferições religiosas? Ou simplesmente o crer independente de ser algo ligado à uma crença, à um ritual, à um dogma que incapacite o ser, humano, de se sentir com o espírito mais espiritualizado e mais responsável?

            A fé sem o pensamento regrado é qual um carro sem freios. Vai sempre de encontro às oposições naturais nos caminhos daqueles que desfazem as oportunidades recebidas pelo simples fato de deixarem que os outros façam a nossa parte a favor ou contra nossos objetivos a serem alcançados. Impossível crer nesse pensamento, pois que de braços cruzados, a prece se torna qual uma rosa de plástico sobre uma mesa. Sem perfume e sem vida.

            Pensando aqui com meus botões por que nos prendemos a uma crença, se Jesus nos pediu simplesmente que amássemos de coração e alma nosso Pai e Criador e, em sintonia mais direta com Ele, amássemos o próximo como amamos os nossos entes queridos ligados pela consanguinidade. Mas o que seria essa ligação corpo-espírito, se a verdadeira fraternidade não se limita a uma ligação familiar? Se Deus é o nosso Pai e fomos criados simples e ignorantes da mesma Fonte de Amor, porque tantos embaraços nas questões sentimentais e religiosas? Será que todos nós teremos que frequentar aulas teóricas de moral religiosa para aprendermos a lidar com a Caridade nos seus expoentes mais belos? As religiões principalmente nos tempos atuais, são tão estáveis quanto perigosas.

            Será que existe na Terra alguém que não saiba hoje o caminho – certo ou errado – que escolhera para vivenciar? Se é que tem consciência do fazer ou não fazer, embora sem a sua prática, por que a dúvida em seguir as palavras de Jesus quando disse em uma das suas pregações se quisermos conversar com Deus que entremos para o nosso quarto e, em oração, conversássemos com Ele em confissão legítima, que Ele irá nos orientar o que fazer. Claro que, nem sempre a escolha Dele satisfaz às nossas expectativas. Mas aqui tem o peso do nosso merecimento, vale a dica. Lembrando que o pensamento das pessoas na época de Jesus era aquém a que temos hoje. Regressão?

            Como sempre faço no término dos meus comentários, vamos analisar bem a seguinte reflexão de Platão: “O pensamento é o diálogo da nossa alma consigo mesma”. Em complemento outro do mesmo autor: “Tente mover o mundo – o primeiro passo será mover a si mesmo”. Entendeu a logística cristã, Caro Leitor Amigo?

09/03/2023 – Até a próxima quinta-feira pessoal – Divulguem-na para nós. Gratidão.

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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