Senhoras e Senhores.
Aqui se faz, aqui também se paga. Sim. Ou a vista ou a prestação pagaremos nossos débitos, ceitil a ceitil. Sempre estaremos no lugar certo, com as pessoas certas e nas situações em que nos aliviaremos ou pesaremos ainda mais o nosso fardo de débitos. E eu irei desfraldá-los aqui nos comentários dessa semana com relação à perseguição de Gregório com sua vítima Margarida.
Quando nos planos espirituais, somos informados de uma futura reencarnação, não viemos ao léu das circunstâncias. Responsáveis pelos mapas cromossômicos do que teremos de reaver nos conceitos de corrigenda, procuram espíritos reencarnados no sentido de achar uma ligação mais direta com relação às provas e expiações propostas, no sentido de reunir novamente afetos e desafetos do passado não muito distantes.
Segundo o cenário do caso de Margarida diante daquelas dezenas de espíritos inferiores que a obsedavam – mais de sessenta vale ressaltar –, o chefe daquela perseguição disse seguro nas palavras para Gúbio: “Todos aqui pagarão. Todos…”. Não se sabe ao certo se o que ele diz é com relação à Lei de Ação e Reação em que todos estamos subjugados, ou o é com aquela perseguição em que todos, nela, envolvidos, pagarão severamente. Independente, pois, do seu significado, com certeza aqui temos a certeza de que débitos atraídos, o resgate é inquestionável.
O médico de Margarida fora visita-la como de costume, juntamente de um outro cavalheiro que acompanhava o esposo aos olhos atentos de Saldanha, o chefe daquela perseguição, sempre com um sorriso de sarcasmo nos lábios. Sabia que ele não poderia fazer nada para a recuperação da sua paciente. Pensava assim ele.
Em situações assim é difícil um diagnóstico preciso do que se passava com aquela enferma. Ficamos muitas vezes de pés e mãos atados, principalmente quando não estamos cônscios dos favores oferecidos pelo Espiritismo nesses casos. Aí vem sempre doenças ou enfermidades que nada tem a ver em casos de obsessão bastante graves.
Inspirado por amigos espirituais que se encontravam também naquele recinto, o doutor dirige ao marido nesses termos: “Por que não tenta o Espiritismo? Conheço ultimamente alguns casos intrincados que vão sendo resolvidos, com êxito, pela psicoterapia…”. O marido sorriu, parecendo ter encontrado o remédio eficaz para a cura da sua esposa.
Entre conversas de encarnados e desencarnados, Saldanha sorria diabolicamente não se preocupando com os resultados ali tratados com relação ao Espiritismo. Sabia que não era assim que se tratava uma trama que vem séculos sendo alimentada por muitos personagens. E André acompanhando aquele espírito amigo que intuiu o médico da enferma, tiveram um ligeiro diálogo.
Disse o enfermeiro que acompanhava André o quanto era difícil tratar de enfermidades quando o doente recusa a tomar os remédios medicados. A Espiritualidade não faz milagres, mas auxilia e intercede quando pode na recuperação da saúde humana. Infelizmente nem sempre os casos de patologias no âmbito da organização física tem o seu final feliz, não é mesmo?
E numa expressão profundamente significativa, acentuou: “Ah! Se os médicos orassem!”. Das mais importantes citações desse capítulo e que quase em regra geral é o que acontece com muitos médicos materialistas ou simplesmente ateus. Não se preocupam com o paciente em si, mas sim com a doença no sentido de prolonga-la e não usar de recursos que já existem para curar muitos pacientes na maioria acamados e sem nenhum resquício de melhoria orgânica.
O que sempre almejam esses médicos é a sua cultura financeira reconhecendo que morrendo um sempre existirão outros tantos que poderão prolongar suas enfermidades como meio de consumo e não verdadeiramente como aquela luz no fim do túnel. Uma pena acontecer isso, não é mesmo?
Acompanhando os dois juntamente com o médico da nossa enferma, encontraram sua residência com energias bastante pesadas. Perdendo a esposa pela morte, procurou casar-se novamente com uma jovem que sempre se atritava com os filhos do seu primeiro casamento e, sem o saberem, com a presença marcante da esposa desencarnada que brigava ainda pela sua posição naquela casa. As sombras, com certeza, se deliciavam com aquela situação, agravando ainda mais com os duelos e rixas na maioria das vezes, impostas pela ex-dona de casa inconsequente e revoltada.
E ainda tem espíritas que não aceitam perturbações advindas de familiares queridos, olvidando que, nem sempre somos o que aparentamos ser quando escondidos num corpo de carne. O espírito, em si, quando aprisionado num corpo físico, esconde, muitas vezes sua real identidade, vindo a se manifestar mais forte quando se desliga dos despojos no cemitério. Mães, pais, irmãos, tios e uma clientela de espíritos, muitas vezes, ficam presos à suas residências tentando colocar um freio na família que deixou, pesando ainda mais as energias dos seus familiares. E a loucura muitas vezes se apresenta em forma de obsessão familiar das mais graves consequências.
Nesse exato momento em que estamos refletindo nessas colocações, muitos lares se encontram em duelo mental causado principalmente por não terem o alicerce familiar da conversação espiritual, com a permuta sadia de pensamentos entre pais e filhos e vice-versa! Quantos pais, na desculpa de darem apenas conforto e bem-estar à sua prole, deixam seus filhos ao léu das circunstâncias. E é nesses casos que aparecem os filhos viciados, drogados, prostituídos e maníacos estando sendo direcionados por entidades que lhe passam a fazer a corte pela sintonia em que se alimentam um com outro.
E para uma reflexão mais concisa, sobre o assunto a baila, vamos refletir nesse pensamento: “Se você criar seus filhos, poderá mimar seus netos, mas se você mimar seus filhos, terá que criar seus netos”. É o que mais vemos por aí não é mesmo? Você que lê esses meu comentários, se encaixa nesse pensamento? Já pensou nessa hipótese, Caro Leitor Amigo?
27/10/2022 – Até a próxima quinta-feira pessoal. Muita paz.
Aécio Emmanuel CésarMédium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.