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Pessoal, No final dessa matéria tem o áudio dela no youtube para as pessoas que tem dificuldades em enxergar.

Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.

            Personalismo… Como você trataria o personalismo? Seria bom ou ruim para você? Em qual lado você estaria agindo com ele? Sabe-se que o personalismo é uma corrente filosófica que coloca o homem como o centro de suas preocupações e valoriza a sua dignidade, autonomia e liberdade intelectual. Você pensa dessa forma?

            O personalismo tem raízes em várias tradições filosóficas, como o existencialismo, o humanismo e a fenomenologia. Filósofos como Emmanuel Mounier, Gabriel Marcel e Martin Buber são considerados importantes expoentes do personalismo. Antes, contudo, todavia, porém de me tacarem pedras quanto ao assunto, que tem ampla vertentes de pontos de vistas, peço apenas que analisem minhas colocações até então.

            Agora, o personalismo no contexto do espiritismo se refere a uma abordagem que enfatiza a importância do desenvolvimento e aprimoramento moral do indivíduo como objetivo central da doutrina espírita. Essa visão coloca o ser humano como responsável por seu próprio crescimento espiritual, através do exercício da moralidade, da busca pela evolução pessoal e da prática do amor ao próximo. Isso considerado como a um trigo em meio ao joio.

            Pode ser bem ou mal praticado e, esse segundo, é que vamos falar hoje. Vejamos o que disse Yvonne Pereira estando ela e outros amigos no enterro de Chico Xavier, quanto ao personalismo doentio: “O personalismo talvez seja a maior característica de nossa imperfeição; supomos sermos o que efetivamente não somos e nos conferimos, na Doutrina, uma importância que não temos…” O quanto ele nos afeta desta forma, não é mesmo? E, mais das vezes, não o sentimos em nós como uma cicuta que vai aos poucos corroendo nossa personalidade.

            Muitas vezes, só porque temos um canudinho de papel mostrando certa “diferença” com outros irmãos de raça, nos supomos conhecedores máximos de conhecimentos que, ao meu ver, não chegam nem na poeira tirada das sandálias usadas por Platão, Sócrates, Aristóteles, e grandes outros filósofos da história. Não podemos agir dessa forma. Se pensamos um pouco a mais quanto ao raciocínio de determinado assunto, antes de chicotearmos irmãos na ignorância – a qual também nos encontramos enquadrados –, vamos propor um consenso de entendimento que levem, todos, a um denominador comum mais acessível. Sabemos que, quanto à sabedoria, estamos em níveis totalmente diferentes uns dos outros, mas nem por isso o que sabe mais, deve guardar a sete chaves seus conhecimentos.

            O personalismo doentio tem várias frentes que devemos analisar à contento para que não venhamos ser classificados como um egoísta ao extremo. Quando o personalismo se manifesta como um egoísmo desmedido, o indivíduo coloca seus interesses acima de tudo e de todos, sem considerar o bem-estar dos outros. Isso pode levar a uma falta de empatia, exploração de outras pessoas e ações prejudiciais em busca de benefício pessoal. Já tivera essas intenções, mesmo classificada por um impulso “inocente”?

O narcisismo em si, não deixa de ser um personalismo que pode se tornar nocivo quando se transforma numa excessiva admiração e preocupação consigo mesmo. Os indivíduos narcisistas buscam constantemente atenção, validação e poder, desvalorizando os outros e manipulando as situações em seu próprio benefício. O que vale aqui analisar é que em todas as situações em que o homem comum se acha necessitado de aplausos no dever ainda a ser cumprido, de endeusamento que, ao meu ver, não sei qual dos dois sinto mais pena: se aquele que endeusa, consciente ou não, ou aquele endeusado, sem nenhuma humildade digna de nota, ou melhor dizendo, cara de pau de não aceitar tal manifestação, não é mesmo? Quer um conselho? Faça igual ao Chico. Saia de mansinho como se não fosse com ele.

Nas palavras de Batuíra: “Não é fácil para o espírita administrar as próprias mazelas. Estamos imersos nas sombras por muito tempo e, de repente, a luz: ficamos desnorteados, sem saber o que fazer de nós mesmos e nos tornamos presas indefesas dos espíritos que permanecem à espreita”. Creio aqui que não somente o espírita, mas todo homem que já esteja vacinado com o bom-senso que nos digna achar, aceitar e corrigir o quanto antes as mazelas, as imperfeições que ainda nos prendem às sombras de vários recursos de fracasso, entre eles o personalismo vulgar.

Quando não procuramos a luz do esclarecimento para certos entraves da jornada quanto ao autoritarismo, que pode se tornar problemático quando se manifesta como uma tendência autoritária, essas pessoas se colocam acima dos outros, impõe suas vontades e buscam controlar e dominar os demais. Isso pode levar a abusos de poder, violação dos direitos das pessoas e supressão da liberdade individual. Isso já virou uma atitude destruidora dos bons princípios, principalmente quando ganhamos um poder por demais pequeno seja, pensamos ser os tais, mesmo subindo em ovos.

Outra coisa que deveremos atentar é contra o fanatismo, não somente nas religiões, mas no meio social em que fazemos parte. Quando o personalismo se transforma em fanatismo, ocorre uma excessiva devoção e identificação com uma crença, ideologia ou figura, levando a uma visão extremista e intolerante em relação aos outros. O fanatismo pode levar a comportamentos agressivos, discriminação e até mesmo violência em nome daquilo em que se acredita ser posse sua. E isso é um prato cheio para entidades que querem nos ver na sarjeta, desacreditados das pessoas à nossa volta, que mesmo não falando diretamente para conosco – pois isso é difícil de acontecer –, jogam olhares de reprovação, não sentindo por esse que assim age indecorosamente.

E o antídoto para esse mal: “… é pegar na charrua e, incansavelmente lavrar e semear… Em se tratando de Caridade é preferível fazer sem pensar; quem se procura muito em si mesmo acaba se perdendo”. Nos dizeres iluminados do padre Carmelita amigo que também se encontrava presente nas despedidas do Chico. Sejamos nós mesmos e não procuremos vestir as roupagens impregnadas de louvor doentio daqueles que nos desejam, sutilmente, – antes de tudo – jogar farinha no ventilador das realidades que as vezes não vemos ou se vemos, fazemos qual Ícaro com suas asas de cera. Sabemos qual o final dele, não?

A respeito, para reflexão: “Quando se voa muito alto e se ultrapassa os limites do bom senso, se cai com facilidade na frustração ou no desencanto de viver.”-    Lourdes Catherine. Com ela e comigo, meu Caro Leitor Amigo?

07/06/2023 – At´w a próxima sexta-feira pessoal. Favor divulgar para nós. Gratidão.

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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