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Pessoal. No final dessa matéria coloquei ela em áudio no You Tube para aquelas pessoas que tem dificuldades de enxergar.

Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.

            Ser ou não Ser… Eis a questão. Frase do personagem Hamlet da peça escrita por Willian Shakespiere. Sabe o que ela significaria no foro espiritual de cada um de nós? Profundo é. E será apresentada nos comentários do capítulo de hoje do livro “Na Próxima Dimensão”, pela mediunidade de Carlos Baccelli. Essa frase reflete profundo posicionamento existencial de Hamlet sobre a vida, a morte e o propósito da existência humana. Com todos nossos desafios, assombros, ansiedades, medo a que todos nós encarnados estamos sujeitos, e, residindo temporariamente num mundo ainda de provas, expiações e sofrimentos dos mais diferentes matizes, o que nos faz diferenciar dos nossos semelhantes, quanto à nossa reforma íntima? Já estaríamos na forja da própria consciência, retirando as arestas das nossas imperfeições? Condições já temos.

            A natureza humana, em si, tem que ser desvendada aos poucos, sabedores que somos de que não somos, ainda, anjos e, prova disso é que, sendo subjugados à Lei do Esquecimento, boa coisa não fizemos ou ainda continuamos a fazer. 

            Crises existenciais todos nós temos… Principalmente quando algo ou alguma coisa nos acomete nosso mundo emocional. E lhe pergunto: Ser ou não ser a criatura humanizada no sentido de desbravar consigo mesma, a floresta pela qual não achamos diretivas de saída? Nosso mundo mental pouco é de valia para as nossas extravagâncias sentimentais, por onde exploramos vantagens e desvantagens de cada uma das nossas escolhas.

            E para entrarmos definitivamente no tema propriamente dito, vamos ver o que Clovis Tavares que viera ajuntar à roda de amigos, nos relata: “… é que a luz intensa costuma deslumbrar os nosso olhos acostumados à sombra”. Muitos significados poderemos tirar dessa frase. Tudo que nos seja novidade, aos nossos ouvidos, procuramos rechaçar como mentiras ou invencionices. Não paramos para refletir por conta própria o que seria verdade ou ilusão. O dilema humano, muitas vezes, diante de tantos obstáculos no caminho, denigre a própria existência. Mesmo diante de profundas reflexões a que tomamos como inquirições verbalistas, não temos capacidade de sondar a profundeza de certas verdades, porque nos falta a sensatez do bom-senso emprestado, mais das vezes, a palpites interesseiros de terceiros que nos empaca no terreno da ignorância, essa sagaz, sorrateira, sutil.

            Temos a infeliz ideia de acomodarmos nas mentiras, do que direcionar nosso entendimento às verdades que permeiam nossas ações e inações, entre enfrentarmos ou não aos problemas que são de envergadura nossa. Como sabemos, o Cristo de Deus não conseguiu falar tudo que deveria nos revelar. Ele sentiu na pele o pouco do que disse. Kardec a mesma coisa e Chico Xavier teve o mesmo destino. A verdade, sabemos, nos machuca os ouvidos, nossa moral desembainha as armas da incoerência, do orgulho contumaz, da vaidade em seus trajes de mendicância espiritual. Somos mendigos da alma. Somos indigentes de moralidade. E não adianta achar ruim ante essas minhas palavras. Creio que, se não queremos ser chamados a atenção, façamos as coisas certas. Temos todas as chances de melhoria, mas rebelamos ante o remédio libertador. Até quando?

            Muitos acreditam que se tivessem a certeza de que Chico Xavier era, na sua pureza espiritual a reencarnação do Codificador, segundo Dr. Inácio: “… é possível que extrapolássemos em nosso relacionamento, com ele, criando sérios embaraços”. O “Ser ou não ser”, aqui nos importa tanto? Haveríamos de conspurcar sua identidade assim tão simplesmente?  Ser um, ou não ser o outro, denota cumplicidade nas respostas em que cada um de nós, temos a referida resposta segundo nosso consenso de vida, morte e reencarnação.

            A verdade é que: “Estamos a queixar da luz diminuta que nos clareia o caminho, a esquecermos, porém, que ela é do tamanho exato das luzes do nosso próprio entendimento”. Essa citação de Batuíra, engloba todas as necessidades humanas. Não somos ainda Espíritos Perfeitos, qual Jesus, para resolver problemas pessoais em que o nosso emocional ainda se encontra fragilizado. Temos muito a corrigir em nós mesmos. Pararmos com essa de ver o argueiro nos olhos dos nossos irmãos e não vemos a trave que obscurece os nossos. A luz do conhecimento é para todos, porém, cada um receberá a cota correspondente ao seu entendimento, à sua compreensão. Daí termos na nossa História, a vinda de Espíritos altamente capacitados para alavancar as potencialidades da Humanidade em todos os campos do saber humano. Agora, para cada um, necessitará empenho, persistência, estudo e dinamismo quanto ao que queira realmente saber. Aqui também entra o “Ser ou não ser”, porque se estacionarmos nos cômoros da ignorância, de fato, seremos e estaremos fazendo parte dos réprobos da Criação Divina que tudo faz, para que possamos ser Algo ou Alguma coisa mais Iluminada. Fica a dica.

            Seguindo com o raciocínio do espírito Batuíra: “Se aspiramos a seguir Chico Xavier em sua ascensão aos Páramos Superiores, tratemos de fazer mais e melhor…”. Corretíssimo. Ser ou não ser igual a ele? Ainda gostamos dos holofotes, hoje, das mídias. Nos emperequetamos, muitas vezes, para mostrar a nossa máscara de suposto seguidor fiel para com os Mensageiros da Espiritualidade Maior. Falamos muito bem acerca dos ensinamentos por Eles deixados; mostramos com orgulho os ideais sacrossantos dos trabalhos assistenciais com louvor, mas ficamos por isso mesmo, por que nossas mãos estão encarquilhadas pela lepra da má-vontade e pelo câncer da indiferença. Queremos escalar a montanha da Sabedoria e do Sentimento sem esforço, sem suor, sem lágrimas. E como a Lei da Ação e Reação nos coloca sempre ao nosso devido lugar, não aceitamos tal veracidade, escondendo, assim, por trás de máscaras que tentam – em vão – evidenciar santidade onde existe tão só, indolência e hipocrisia.

            Temos condições de fazer mais e melhor. Não coloquemos os afazeres do trabalho profissional, familiares e pessoais como obstáculos que impedem uma melhor desenvoltura na parte que nos compete ressurgir das cinzas do comodismo religioso, do ostracismo intelectual e moral. Sempre arrumamos tempo para saciarmos nossas bel vontades! Por que não um tempo para explorarmos um mundo que desconhecemos, estando tão perto de nós?  Vamos sair do conforto dos nossos lares.  O mundo não gira ao redor dos nossos umbigos. Muita coisa há que se fazer e, se já temos consciência disso, nossas responsabilidades serão maiores e nosso testemunho bem mais comedido.

            Não nos prendamos à fé nas religiões do mundo. Ela se encontra diversificada dentro de cada um de nós. Mas devemos ajuizar nesse pensamento, de que tudo se direciona a um mesmo Foco: o Criador. Como disse tão bem Santo Agostinho: “Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser”. Ser ou não ser… Estar ou não estar… dependerá muito de como anda lá nossa razão e nossos sentimentos. Retirar as nossas máscaras da idolatria narcisista seria o primeiro passo. Sim. Ser ou não ser ainda humanos?… Eis a questão que nos aflige tanto. Por que não mais espiritualizados? Comigo nesse meu raciocínio, Caro Leitor Amigo?

09/06/2023 – Até a próxima segunda-feira pessoal. Divulguem-na para nós. Gratidão.

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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