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Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.

            Renúncia e Aceitação… Como seria sua reação caso se tornasse pai ou mãe de um filho em estado deplorável de enfermidade? Em que mais assemelhasse a um monstro do que um ser humano? Teria o mesmo amor e carinho como num filho normal? Ou pediria aos Céus que o levassem o mais rápido possível para que não sofresse tanto a criança quanto os pais? Pensaria em castigo de Deus? Ou um chamamento do passado mostrando muitas vezes algozes e vítimas vivendo sob o mesmo teto bem mais próximos agora pelos laços da consanguinidade? Muitas perguntas não é mesmo? E poucas respostas aceitáveis para muitos casais não sabedores de que os resgates e provas muitas vezes batem à porta de corações presos em elos insondáveis na eternidade.

            Muitos pais e mães quando se encontram num patamar de renúncia e aceitação, abraçam mais ainda filhos deformados. Sabem que a Obra da Criação não deixa dúvidas quando reconhecem a pequenez diante da Infinita Misericórdia onde sentimentos – os mais diversos – se cruzam libertando ou escravizando ainda mais almas em litígio num planeta ainda de provas e expiações, de sofrimentos e de muitas lágrimas.

            Dr. Inácio veio receber o casal que chegara para mostrar-lhe o seu afilhado tão esperado. Paulinho viera na frente e ao se aproximar-se abraçou-o em convulso choro. O padrinho também não conteve às lágrimas. Difícil não emocionar não é mesmo? Almas em confronto consigo mesmas. E, através das reencarnações compulsórias se dá o Impulso Divino do recomeço ante as correções indispensáveis para um porvir mais iluminado.

            A jovem mãe adentrando o recinto do Sanatório disse: “Dr. Inácio, pegue o seu afilhado… Ele nasceu doentinho, mas Deus lhe devolverá a saúde…”. Sim. Deus é Pai Misericordioso e Justo. Não desampara ninguém. Nós é que muitas e muitas vezes nos afastamos Dele. E quando as coisas apertam por afastarmos do Seu Foco de Luz, embrenhando-nos nas sombras sinistras, ainda O recriminamos pelo abandono e indiferença. Pobres mortais que somos. Dignos de pena. Mas na mansarda da carne, tudo colocaremos em pratos limpos e a roupa suja que iremos lavar no lar… e na Terra… a própria consciência, nos observará em cada pensamento, palavras e ações nos seus mínimos detalhes.

            E no relato do Dr. Inácio estando com o seu afilhado nos braços relatou em seu livro “Sob as Cinzas do Tempo” através do médium Carlos Baccelli: “Tomei a criança nos braços e pus-me a examiná-la. De fato, era quase uma massa de carne disforme o meu afilhado…”. Essa cena se contrastava entre o terror e a doçura, entre o mal na sua figuração monstruosa e o bem caloroso, fraterno e envolvente.  O silêncio com certeza reinou diante daqueles corações ali reunidos. O que fazer diante daquele espetáculo de horror? Saberia o novo casal o porquê daquela sina? De qual profundeza abismal saiu aquele ser que em nada tinha das feições simples do pai ou da mãe? Dilemas e mais dilemas… Encontros e Reencontros…

            E para completar aquela tristeza, Mariana pede ao Dr. Inácio: “Queríamos Doutor que o senhor fizesse uma prece e o abençoasse… O padre não quis batizá-lo alegando que a igreja não tem autoridade do Arcebispo de Uberaba…”. Autoridade para que? Para batizar um ser que também respira o Hausto do Criador? Só porque ele se assemelhava a um monstro? Mas, quem aqui seria o monstro? Lobos em pele de cordeiro… Onde a piedade?… O amor ao semelhante?… Qual seria nesse sentido o papel das igrejas? Punir desde já irmãos que com o consentimento de Deus estão procurando ressarcir os débitos contraídos com galhardia e confiança? Não dá para compreender a cabeça desses representantes religiosos.

            E como também perseguido pela igreja, Dr. Inácio, D. Modesta juntamente de Mariana, Paulinho e D. Josefina rezaram para que ele ganhasse forças e energias dispensáveis para encarar aquela difícil missão de soerguimento moral, espiritual e principalmente pessoal. No caso de Torquemada, sabemos que forças sinistras estariam em seu encalço, mas a Justiça Divina sempre atenta saberá dar-lhe segmento ao seu destino já prescrito.

            O que nos faltará para amar Aquele que nos criou com toda a nossa admiração e apreço, reconhecimento e humildade? Se não amamos a Deus acima das precariedades humanas, o que dizer do nosso próximo, irmão nosso através da Consanguinidade Suprema? Como determinar as Leis Divinas em que os supostos sábios da atualidade ainda brincam em tubos de ensaio da ignorância em não aceitar Alguém que tenha mais sabedoria e amor do que toda a humanidade junta? Qual seria o motivo de transgredir a Vontade do Criador, se escondendo mais das vezes em dogmas, rituais, conceitos falhos de servir o próximo, onde o dinheiro grita estentóreo acima da capacidade simples de amar e ser amado?

            Qual a razão do desejo improfícuo de ser melhor que o outro só porque se tem um canudo universitário que degradará com o tempo juntamente com o suposto aprendizado ante a ventania do orgulho, da vaidade, da tirania? Qual seria a dificuldade em não pregar o bem como se faz com o mal? O primeiro não dá ibope, não é mesmo? Mas sem ele somos quais vermes rastejantes à procura da transformação espiritual sem sequer acharmos meios para nossa própria metamorfose?

            Porque muitas vezes preferimos usar o termo espiritualidade do que religiosidade, só porque ainda estamos presos ao imediatismo de crenças subjugadas a conceitos falhos de cristandade onde é mais fácil acovardarmos na nossa zona de conforto esperando que o mundo nos transforme de um dia para outro de demônios a anjos? Onde está nosso incentivo de sermos melhores hoje do que fomos ontem? Onde o merecimento se apenas crivamos com palavras indecorosas nosso Pai Criador, sabendo, de antemão, que não iremos ser ouvidos a não ser pela voz que do nosso íntimo se exaspera?  Vamos colocar a mão na consciência clara e objetiva se é que a temos nesses termos.

            O humano ser está debandando com a tecnologia em mãos, um mundo sem que com o conhecimento cristão – indiferente de seitas e rótulos religiosos – cairá num labirinto que, por muito tempo, ficará apenas olhando para o próprio umbigo. Sejamos, pois, o quanto antes, como o peixinho vermelho de uma lenda egípcia contada por Emmanuel no prefácio do livro “Libertação”, através do médium Chico Xavier. Não aceitando o “Conhece-te a ti mesmo”, muitos aguardarão pachorrentos por um paraíso de comodidades que nunca virá. Ante as Leis que nos determinam avançar com sabedoria e sentimento, vamos nos preocupar tão somente com o nosso testemunho. Nosso mundo íntimo precisa de reformas… Que tal a tão esperada transformação do homem velho para aquele outro novo e mais espiritualizado? Apocalip-se, pois. Comigo Caro Leitor Amigo?

28/12/2022 – Até a próxima sexta-feira pessoal. Divulguem-na para nós. Muita paz.

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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