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Senhoras e Senhores,

                Consciência… De modo geral, a nossa consciência estaria de acordo com os tentames divinos? Ela agora o está acusando sobre algo que fez ou que deixou de fazer, Leitor Amigo? Já tentou ouvi-la? Os escaninhos da nossa mente guardam desequilíbrios que ainda não temos cacife em aceitar e muito menos procurar corrigi-los o quanto antes. Mas ela não deixa de nos avisar quanto à correção devida. Cedo ou tarde ou na hora aprazada, com certeza iremos responder por eles.

                É muito fácil da nossa parte julgarmos o nosso semelhante com o dedo em riste, com impulsos descontrolados, encorajados por armas brancas ou de fogo. O que mais me intriga é que fazemos isso mais facilmente e sem nenhum controle de verificação e de tremenda parcialidade, com os nossos pensamentos. O quanto julgamos através dele, não é mesmo? Já pegou você malbaratando o próximo com os seus pensamentos? Não tendo rédeas para com ele, criamos à nossa volta vetores de discórdias a começar dentro de nós mesmos. E que venham os remorsos…

                André Luiz juntamente com Gúbio e Elói, foram encerrados numa espécie de quarto onde suas janelas estavam guarnecidas de varões de metal imantados por forças elétricas. De onde viriam essa energia? Haveriam eletricistas responsáveis por ela também nas trevas? Ou qualquer um poderia manuseá-las a contento? O que você acha?

                O que os nossos instintos fazem conosco! De lampejos a lampejos, lembramos onde fomos enquanto libertos temporariamente pelo sono físico. Outros e uma grande maioria sequer lembram onde foram, fizeram ou falaram. Mas a nossa consciência registra tudo e sempre ativa, irá nos lembrar, sobre nossos atos a qualquer momento. Estaria você preparado para enfrenta-los?

                Enquanto dormimos, é de praxe muitos visitarem regiões sombrias como essa em que os nossos companheiros espirituais se encontravam. Não crê nas minhas palavras? Então vamos ver o que disse Gúbio a André Luiz com muita propredade: “A determinadas horas da noite, três quartas partes da população (…) se acham nas zonas de contato conosco, – plano espiritual inferior, grifo nosso – (…) permanecendo detidos nos círculos de baixa vibração…”. Não somos ainda santinhos, não é mesmo? Ainda arvora dentro de nós todo tipo de desequilíbrio moral de pequena ou de grande monta cutucando os egos doentios do passado na nossa presente existência. Nós os despertamos à medida que nos colocamos em evidência diante de algumas situações corriqueiras conosco mesmos ou com os nossos semelhantes, corrigindo-os ou fortalecendo-os ainda mais com a nossa invigilância e falta de prece.

                São nesses lugares obscuros e sombrios que muitas vezes são arquitetados grandes crimes que assistimos no nosso dia a dia na Terra. Quanta mortandade, meu Deus!!! E isso soe acontece por falta de vigilância de muitos encarnados que se unem com os espíritos desencarnados que, sutis, agem através desses que, na grande maioria, não acreditam em suas existências. Pobres coitados. Pensam estar com certo poder de valentia, portando armas, tiranizando uma sociedade soçobrada pela impunidade e pela indiferença das autoridades que deveriam a todo custo protege-la e nada fazem.

                Às vezes fico a pensar aqui com meus botões. Por que Deus não interfere com o Seu Poder e Justiça nos corações desses espíritos encarnados que só sabem trazer terror e mortes por onde andam? E sempre vem ao meu socorro palavras carregadas de luz como essa citação do livro Libertação narrada por André Luiz pelo lápis de Chico Xavier: “A Bondade do Senhor não violenta o coração”. Decerto que sim. Em momento algum ele interferirá em nosso livre-arbítrio, nas nossas escolhas – boas ou más – porque sabe que a nossa consciência nos tornará como réus no julgamento em que nós mesmos iremos presidir. Como é perfeita a Criação Divina, não é mesmo? Um dia aquele que mata insensível, hoje, será aquele que auxiliará outros tantos, orientados por aqueles que lhes tiraram a vida física.

                Reconhecemos que a marcha humana é lenta, ao custo de muitas lágrimas e sofrimentos acerbos. A nossa consciência, poderemos assim dizer, comanda o nosso corpo denso, o nosso perispírito e a nossa casa mental. Nada lhe sai da sua astuta atenção. São vibrações sutis que o próprio espírito acende, desperta ou alimenta através de orientações, conhecimentos e práticas, que segundo o nosso direcionamento para o bem ou para o mal, iremos pouco a pouco saldando ou aumentando ainda mais as dívidas contraídas.

                O homem ainda não tem o controle sobre si mesmo. Mas um dia terá. Age ainda por instintos malfadados na ignorância, irrompendo a vilania das emoções que alimenta através de pensamentos malbaratados por forças sinistras situadas nas trevas. Em palavras vulgares, são cachorrinhos presos à coleira dos instintos, teleguiados por seus donos insensíveis e cruéis usando-os como repasto à alimentação de energias inferiores que suprem de um e de outro.

                E para fechar esse raciocínio da semana, deixo para reflexão outra citação de Gúbio, quando diz: “A vida é patrimônio de todos, mas a direção pertence a cada um”. Será que estamos indo na estrada certa? Ou dirigindo com o carro da consciência na contramão do tempo, deliberando um destino por demais longe das leis que nos governam?

                Para abrilhantar minha matéria da semana, deixo também para reflexão o pensamento de Blaise Pascal: “A consciência é o melhor livro de moral e o que menos se consulta”. Estaria você nesse caso, Leitor Amigo?

05/05/2022 – Uma ótima leitura. Até a próxima quinta-feira. Muita paz.

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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