É acertado aceitar que algumas religiões não seguem os preceitos que a Bíblia nos aconselha a seguir. Por que essa indiferença? Já não bastam tantos sofrimentos por não cumprirem as Leis de Deus? O que espera os homens acontecer de pior? Mais pragas? Creio, e vocês irão concordar comigo, que não bastam, tão somente, preces ao Criador, a Jesus ou aquele santo da nossa mais fervorosa devoção. Algo realmente está faltando para que a Humanidade respire melhor. E essa brisa consoladora nada mais é que a caridade uns com os outros independentemente dessa ou daquela religião.
Segundo o tema dessa semana, vamos ver o que o Instrutor Calderaro diz a André Luiz, relatado em seu livro “No Mundo Maior”, no seu capítulo 15, intitulado “Apelo Cristão”: “Claro é que as escolas da crença variam, situando-se cada uma em um círculo diferente”. Interessante como também assustador não é mesmo? Se temos a Bíblia como condutor seguro de toda alma temente a Deus, por que tantas diferenças religiosas se Deus é o mesmo para todas? Por que se mexe tanto nesse livro considerado Sagrado, onde põe e tira versículos, capítulos e até livros segundo o que mal entendem alguns representantes religiosos? Para mim Livro Sagrado é o Corão onde ninguém até hoje tirou um ponto ou colocou uma vírgula. E olhem que esse Livro existe há mais de cinco mil anos.
Não consigo entender essa discrepância entre as religiões. Diante de tantas religiões que se nos aparecem dia a dia, o que se importa aqui não é direcionar almas para um mundo íntimo melhor e muito menos praticar os Mandamentos calejados de Deus. o que interessa aqui é alimentar, como disse, o ego insatisfeito por algo que ainda não se conhece. Pregam sem saber realmente o que estão a pregar. Triste, não é mesmo?
Completando o raciocínio do Instrutor acima temos a seguinte citação: “Quanto mais rudimentar é o curso de entendimento religioso maior é a combatividade inferior…”. Aqui é que poderemos chegar à questão das diversas religiões no planeta. Quanto mais rudimentar, ou seja, quanto menos entendimento há na cristandade em que se expressa, menos entendimento nela poderá mais se crer. Hoje em dia o que tem de palestrantes dizendo asneiras para um público seleto em que muitos dos seus ouvintes sabem mais do que eles próprios e se calam coniventes com a ignorância apreciada, assusta. Agora, quem é mais culpado aqui difícil de apregoar.
Creio que se alguém não sabe ou tem dúvidas com determinado assunto, que se cale. Agora, ficar inventando coisas a se mostrar um erudito (????) num determinado assunto, é causar náuseas mentais bastante incômodas. Em muitas escolas da crença observamos que quanto mais se lê menos aprende, principalmente quando o assunto é a religião em que se professa. Digo que quanto mais se lê menos aprende, é porque muitos fiéis – e digo aqui também para muitos espíritas – porque difícil encontrar na Doutrina Espírita, confrades e confreiras que realmente estudam, analisam, procuram se inteirar nos princípios básicos da doutrina que escolheu seguir.
Não basta ir a uma Igreja, a um Templo, a uma Casa Espírita todos os dias se não procura inteirar-se do organograma em que se funda sua Religião. Como sempre digo, Religião alguma salva alguém se esse alguém não procura fazer sua parte, de dar a sua parcela de conhecimento e religiosidade às pessoas que a procuram como salvo-conduto para as suas dúvidas e descrenças. Devemos combater, sim, esse entendimento religioso que fica apenas em leituras vazias. Vamos usar da clareza do raciocínio, da fé raciocinada. Não vamos compactuar com os falsos profetas. Não fiquemos omissos à Verdade que salva e liberta. Acordem Seareiros Espíritas! Vamos descer um pouco dos púlpitos, das bancadas e nos tornarmos iguais perante àqueles que procuram em nós paz e esperança. Será que você já tem esse tipo de opinião já formada, Leitor Amigo?
Aécio Emmanuel CésarMédium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.