Espíritos teleguiados …. Vocês já devem ter vistos em filmes ou na vida real, os foguetes teleguiados. É fantástico o acerto em qualquer alvo preestabelecido, não é mesmo? A tecnologia de ponta tem dessas coisas. Mas já parou para pensar nas Leis Cósmicas que nos regem? Sabemos que Deus habita em cada um de nós através da Sua essência de Vida e um dia poderemos ser espíritos co-criadores, como Jesus, o é hoje. Imaginação minha? Nem tanto.
Contudo, se existe a Lei do Carma em espíritos ainda sob a canga das imperfeições, como se manifestará aqui o nosso livre-arbítrio? Seria ele subordinado à essa lei ou poderíamos desviá-lo dela a bel-prazer, pois que temos escolhas a serem manifestadas, correto? Até onde se enquadraria a Lei do Carma em nossas escolhas? Ou se quisermos, até onde poderia ir nossas preferências sem que a Lei do Carma seja uma “pedra de tropeço” em nosso caminho?
Diante de tantas dúvidas, estaríamos sendo espíritos teleguiados por Deus pelo Seu determinismo divino sincronizado, reconhecendo que o nosso livre-arbítrio não é tão livre assim?
Reconheço que, saindo dessa Vontade do Criador, é que, creio, se originam sofrimentos acerbos e, consequentemente, revoltas sem conta por desconhecermos esse mecanismo. Mas, e com aqueles que trilham com fidelidade o caminho pré-estabelecido. Estariam agindo por conta própria ou simplesmente teleguiados por Deus? Ou os dois ao mesmo tempo?
As almas humanas “… recapitulam, individual e coletivamente, lições multimilenárias, sem atinarem com os dons celestiais de que são herdeiras, afastadas deliberadamente do santuário de si mesmas…”. Não é tão difícil entendermos tal questionamento desde que saibamos de antemão educar o nosso pensamento, direcionando-o às necessidades que fazemos jus. Essa citação foi tirada do livro “Libertação”, do seu capítulo II, pela mediunidade de Chico Xavier.
Diante de tantas quedas e reviravoltas que se processam através de reencarnações milenares, como ater-nos à uma diretiva governada por Deus em comunhão com as nossas escolhas fundadas em nosso livre-arbítrio? A Lei de Deus é clara e objetiva: Ame-O juntamente com seu semelhante e ganhe a felicidade plena que não é deste mundo. Existiria aqui uma questão quântica?
Quantas lições nos passaram os Arautos do Senhor que pisou nesse solo sagrado? Todos eles usaram da simplicidade para designarem-se como seguidores fieis ao Cristo. Não se patentearam exclusivamente em nenhuma religião praticando tão somente à Caridade. Os dons celestiais todos nós os temos, mas em milhares e milhares de almas eles se encontram restritos a não se eclodirem fora da hora aprazada. Diante desse meu questionamento, o que nos resta então senão procurar aproximá-los de nós seguindo as diretrizes do Criador sem tirar ou colocar uma letra no Seu Código Celestial. Difícil não é mesmo, ao primeiro olhar.
Essa deliberação, com certeza não estaria sujeita ainda para aqueles que, tentando burlar os Códigos Divinos, tem como consequências, graves sofrimentos e lágrimas atuando nos dois universos da vida física e espiritual.
É… Se essa motivação em praticar a caridade é para todos os filhos de Deus, essa homogeneidade de sentimentos voltados para essa virtude será a longo prazo onde ainda assistiremos, no palco do mundo, muito choro e ranger de dentes. Agora, por que o sofrimento para aqueles que seguem fieis as metas traçadas por Deus? O sofrimento eleva os espíritos, mesmo os bons? O que estaria evolvido nesse quadro evolutivo das criaturas para estabelecer de vez a felicidade que sabemos ainda não é deste mundo e muito menos temos merecimento de conquista-la por ora? Já pensou nisso, Leitor Amigo?
07/10/2021
Aécio Emmanuel CésarMédium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.