Senhores e Senhoras,
Fidelidade… Algo que deveríamos assimilar como lei. Dos pórticos superiores, temos em nós a essência divina, o DNA de Deus circulando em nossos corpos material, semi-material, etéreo e sublimado, se é que poderei me expressar assim. E porque não somos fieis às Leis que nos regem? O que nos falta para perceber que sem amar a Deus acima de tudo na Terra e fora dela e ao próximo como a nós mesmos, não sairemos desse círculo vicioso de reencarnações compulsórias? O que precisa acontecer para despertarmos de vez desse pesadelo que, não Deus, mas nós, infringimos à nossa cristandade?
É fato que hoje com uma mentalidade mais esclarecida sobre obediência e educação – embora bastante em desuso – não poderemos mais dizer que não sabemos o que fazemos e o que é pior, o que pensamos. A voz da consciência sempre está a nos alertar dos erros que venhamos a cometer, mas o nosso orgulho é tamanho que nos faz pensar sermos santos e que não precisamos de nada vindo de Deus; mas que na realidade, ainda somos quais vermes presos à concha do personalismo destruidor.
Mas trocando em miúdos, vamos ao que nos interessa mais diretamente. Na cidade estranha em que Elói, André Luiz e Gúbio se encontravam materializados com roupas à caráter igual àquela populaça ali vista, diante daquela região inóspita, vamos refletir nessa citação do livro “Libertação”, relatado por André Luiz no seu capítulo IV pela mediunidade de Chico Xavier, temos: “Em desenvolvimento de tendências dignas – essas criaturas aqui residentes – candidatam-se à humanidade que conhecemos na Crosta, situando-se entre o raciocínio fragmentário do macacóide, e a ideia simples do homem primitivo na floresta (…) guardando, enfim, a ingenuidade do selvagem e a fidelidade do cão”. Muita coisa há que falar dessa citação.
Se observarmos bem certas pessoas nesse planeta Terra, iremos encontrar muitas delas se sujeitando quais bonecos hipnotizados à certas tendências musicais, religiosas, étnicas, pátrias e por aí vai… e incluo aqui a citação acima, “…situando a humanidade que conhecemos a um raciocínio fragmentário do macacóide e a ideia simples do homem primitivo na floresta…”. Verdade verdadeira. Aquele que procura não se infiltrar nesse magnetismo submisso é tido como subversivo, revolucionário e até mesmo ditador. Falando mais claro, na maioria das vezes quais fantoches nas mãos de forças invisíveis que teimam não acreditar na sua existência. Acreditam na sua inexistência mas não procuram – do outro lado da moeda – se caso elas existissem, o que elas poderiam afetá-los. Simples questão de bom-senso.
Aqui na Terra quanto em alguns planos no Além, digladiam o sim e o não; a sombra e a luz; o amor e o ódio; o mal e o bem. Nesse jogo de xadrez humano, ganha aquele que tem perspectivas de mando, de inteligência acima da nata social a que, esses, não interagem. E é vencedor aquele que tem mais persuasão mais nas palavras do que nos exemplos. Claro, a receita para tal não é difícil de se saber, embora muitos desses se faz desse tentame, uma magia, embora muitas vezes, essa mágica perde o seu encanto dependendo do mal que vier a fazer dela direta ou indiretamente.
E para completar meu raciocínio, vamos analisar mais uma parte da citação acima onde encontramos que essas pessoas ali residentes nessa cidade estranha tem “…a ingenuidade do selvagem e a fidelidade do cão”. Mas, na grande maioria somos espíritos ainda manipulados por instintos selvagens, nossos e de terceiros e como não dizer fieis aos donos como cães aos seus mandos e desmandos. Não estou aqui querendo denegrir a imagem do cão – esse, o melhor Amigo do homem – quando me refiro a alguns seres humanos. Nada disso. Mas, esse ser humano, que creio ainda não o é, tendo preguiça de raciocinar, se deixa levar por pensamentos outros sem que com isso venha ou não interferir até mesmo no seu livre-arbítrio e nas suas escolhas que, na grande maioria, poderiam ser suas por direito, mas não as são.
A partir que o homem venha ter consciência do seu pensar, certamente a sua visão em todos os sentidos será melhor visualizada e isso abrangendo também de como anda lá com a sua espiritualidade independente de quaisquer religiões.
Todo esforço aqui é válido. Todo pensamento aqui é lei. A consciência orienta, cabendo a nós examiná-la com proveito, pois segundo o que diz o filósofo Aristóteles “O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete”. E, à medida que deixamos de ser manipulados por terceiros, isentaremos, mais das vezes, das ideias e ideais dos falsos cristos e falsos profetas mais atentos e mais astutos nas peças do jogo de xadrez humano prontos a darem, em nós, seu xeque mate. Então… Pronto para mudar a partir de agora, Leitor Amigo?
10/03/2022 – Uma ótima leitura pessoal. Até a próxima quinta-feira.
Aécio Emmanuel CésarMédium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.