Você alguma vez já parou para pensar que a prece realmente aproxima as forças ascendentes da alma na procura de soluções para os seus problemas os mais abrangentes? Muitos, não sabem, no entanto, que o merecimento é que será o carro-chefe na realização desses projetos. Não refletindo, o homem, naquilo que se pede, a Espiritualidade intercede mesmo assim, claro, atendendo, quando possível, às aspirações mais verdadeiras e necessárias.
Seguindo aqui meu pensamento, vamos analisar nos apontamentos do Instrutor Calderaro sobre o assunto narrado pelo espírito André Luiz no livro “No Mundo Maior”, pelo lápis do médium Chico Xavier. Vejamos: “A prece, representada pelo desejo não manifestado, pelas aspirações íntimas ou pelas petições declaradas proveniente da zona superior ou surgida do fundo vale, onde se agitam as paixões humanas, é, a rigor, o ascendente de nossas atividades”.
Independentemente de credo, as plêiades de espíritos bem-aventurados investem-se nos umbrais da matéria densa na exclusiva ascese de pleitear com os sentimentos de irmãos encontrados na retaguarda. Sentem-se bem em servir. Amam renunciar às Altas Esferas no objetivo fraterno de cumprir aos princípios evangélicos esposados. Fornecem boas energias àqueles que não conseguem supri-las do próprio pensamento. É o Sentimento Superior a permutar na sensibilidade das duas famílias – física e a espiritual – que se homogeneízam na menção de ajuda e acolhimento.
Estando o Espírito nas altas regiões das celestes paragens, quanto aqueles outros que intercedem nas sombras dos umbrais da vida, toda prece é recebida e ouvida. Contudo, nem sempre esse auxílio ganhará êxito esperado de imediato se o pedinte não se ache à altura de captar as vibrações de paz íntima quanto ao que realmente necessite.
Difícil receber algo quando o pedido aflora apenas dos lábios ressecados pelas agruras da vida e não do coração iluminado tendo a garantia no reconhecer que somente de Deus merecerá a glória de ter a tão esperada resposta.
Difícil também reconhecer, em um mundo competitivo religiosamente falando, o quanto ganhamos de subsídios benditos que nos assegurem, no mundo, seguridade, amparo, proteção. Agradecer nunca é demais embora o nosso orgulho ainda nos priva de ajoelhar no gesto de humildade no sentido de apenas aceitar as muitas graças pelo nosso pouco merecimento. E mesmo assim ainda queremos mais…
Nossas misérias são tamanha que não conseguimos cogitar se nessa existência iremos aliviar o fardo por demais pesado aos nossos ombros. Deus está insensível a eles? Perguntarão muitos. E rebato: Por acaso vocês, pelo menos, já procuraram meios satisfatórios para saldá-los de própria vontade ou ainda se encontram acomodados apenas no “Senhor!!! Senhor!!!”, Leitor Amigo?
Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.