Como seria a verdadeira posição de socorristas diante de espíritos perversos dos abismos, quanto às inverdades a eles lançadas? O certo é que ao ouvir certas inquirições não demove a ninguém retribuir o mal com o mal.
Vamos analisar o que diz uma das entidades endurecidas que dominava boa quantidade de espíritos sofredores quanto à reação do grupo em que fazia parte André Luiz relatado no livro: “Obreiros da Vida Eterna”, na mediunidade de Chico Xavier:
“Estão vendo? São benfeitores de gravata! Não se atiram à luta em favor de ninguém!”
O grupo liderado pela irmã Zenóbia ouvia sem nada fazer àquelas ofensivas. Seria uma ação malsucedida caso se atirassem aos verdugos mesmo em nome de uma doutrina que abraçavam.
Muitos fieis na Terra, não ficariam parados diante de tantas ofensas. Mas aí é que está o ensinamento. Em certas situações, não poderemos responder à altura reconhecendo que a resposta não viria simplesmente de um grupo socorrista, mas sim, do Mais Alto. Queriam, sim, esses verdugos quando disseram: “… não se atiram à luta…” que os socorristas pegassem às armas e se lançassem em direção a eles iniciando um caos de proporções inimagináveis. Não é assim que se resgata alguém em nome de Jesus.
Vamos refletir noutra citação:
“Ensinam com lábios (…) insensíveis e duros, como estátuas de pedra”
Não é o caso aqui, mas na rotina diária dos ditos cristãos da atualidade, existe certa indiferença destes que escolheram participar do cenário de dor pelo qual passa a humanidade. Nestes, a fé não está bem alicerçada nos corações, pois lhes falta o fermento do trabalho ativo. Muitos se limitam à ajuda sincera por terem medo de não satisfazerem àquelas almas em sofrimento, escolhendo os púlpitos para ensinarem apenas com a língua. Existe uma onda crescente de palestrantes que mesmo realizando belas retóricas dos textos evangélicos, se deixam estacionar no marasmo das letras. Não locomovem os braços ao socorro de irmãos necessitados. Deixam-se levar pela caridade de bolso ao contrário de acender uma luz de esperança nos corações retalhados pelo sofrimento. Muitas vezes, a verdade dói muito, principalmente quando a carapuça cabe certinha em muitas cabeças.
Vendo que se abeirava um desequilíbrio mental por parte de alguns componentes daquele grupo socorrista, Zenóbia recomendou solícita:
“Amigos, conservemo-nos em calma para o trabalho eficiente. Ninguém se conserva neste abismo de dor, sem razão de ser”
A paz de espírito é essencial para grupos desse jaez. Disse, ela, acertadamente, que ninguém ali se encontrava sem uma razão de ser que, até então era desconhecida. Nessa situação tanto na Terra quanto em planos inferiores deveremos praticar a humildade com acerto. Nenhuma reação de violência será capaz de apaziguar o ódio, mesmo que nos joguem, às claras, muitas verdades de nós escondidas. Estou certo, Leitor Amigo? Cap. 8g
Aécio Emannuel Cesar