Você alguma vez já parou para pensar que o cérebro resguarda na sua estrutura perispiritual todo o contexto de vida do Espírito nos dois planos da vida? Que lhe é impossível apagar toda e qualquer circunstância de queda, se ele não vier resignar-se das suas faltas materializando seu perispírito numa nova investida reencarnatória no plano da vida física para tal mister?
André Luiz juntamente com o Instrutor Calderaro fixavam sua atenção em dois espíritos – um encarnado e outro desencarnado – esse, obsedando aquele, sem nenhum remorso. É o que veremos nessa semana, nos registros mediúnicos do médium Chico Xavier, no livro “No Mundo Maior” ditado pelo espírito André Luiz.
A história aqui é o relato entre dois amigos que, um tirou a vida do outro e, a vítima, agora desencarnada veio a obsedá-lo. Vejamos o que comenta o Assistente Calderaro: “A entidade desencarnada, concentrando a mente na ideia de vingança, passou, perseverante, a segui-lo”. Esse assunto passa desapercebido de muitos, principalmente quando não se acredita na continuidade da vida além-túmulo, como também se crê que todo crime ficará impune diante da Justiça Divina. Ledo engano.
Devemos convir que não é assim que funciona as Leis Augustas do Criador a todos nós, seus réus confessos. A surdina em nada auxiliará nenhum criminoso. Esse, pensando estar livre de acusações dos homens em algumas situações, a Vida Eterna do Espírito entra em ação na Lei de Causa e Efeito, ou seja, para ser mais claro, aqui se faz, aqui sempre se paga.
Estando o espírito em estágio de ignorância perante a magnanimidade de Deus, sua consciência fará o papel de juiz intimorato – comentado na semana passada – a lhe confiscar o livre-arbítrio voltado para o mal, esse, passageiro. Quanto ao silêncio de todo criminoso, ele será quebrado pela voz interior que o inculca assumir os erros praticados e a repará-los, em momento certo, sem como ater-se às suas circunstâncias.
Mente a mente, ou seja, tanto a mente do criminoso quanto da vítima – que não perdoou seu algoz -, se homogeneízam indestrutíveis à sintonia que passam a alimentar um com o outro. O peso da consciência de um, acusará o ato incriminatório, enquanto a da vítima aproximará dele por questões de vingança explícita. Erros dobrados, não é mesmo?
Mesmo procurando levar uma vida normal depois da prática de um crime, nenhum trânsfuga ficará tranquilo consigo mesmo, pois que normalmente a vítima o procurará para saldar-lhe a dívida inquestionavelmente, se ignorante à Justiça Divina.
Para fechar o pensamento do preclaro assistente, vejamos: “Se as leis humanas, todavia, correspondem à falibilidade dos homens encarnados, as leis divinas jamais falecem”. Muitos até podem se livrar das leis dos homens em certas circunstâncias, mas, incontestavelmente, não ficará impune das Leis Divinas em que o seu juiz nada mais, nada menos, será a imparcial consciência sempre ativa e em ação. Concorda comigo, Leitor Amigo?
Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.