Senhoras e Senhores,
Poder… O que ele nos causa de mal quando não o consideramos como força motriz impulsionadora do progresso coletivo e não para nós mesmos? Como admitir do espírito mais forte tirar, dos espíritos mais fracos, toda a sua dinâmica e dignidade de progresso e de evolução? Como conhecer o ser humano apenas através de teorias em rabiscos em papel timbrado ou nas linhas cegas de um computador, observando que, em muitos, se pesa, tão e somente, o conhecimento adquirido ao preço salgado do desgaste de massa cinzenta? Que poder é esse que exala, antes, um cheiro fétido de imperfeição? Onde, mesmo em um mundo em caos, parece que está tudo bem, aparentemente, indo o destino de cada um de vento em popa? De ilusão também viveremos? Onde está você, oh ilusão, que se não nos apresenta?
Pois, será com o seu mal uso, é que serão atraídas consequências bastante severas em muitos que abusaram do poder em todas as contingencias das necessidades morais, pessoais, familiares, religiosas, de mim como para com você. Já refletiu nisso alguma vez?
Essa semana vamos tocar no assunto dos ovóides, mas um pouco indireto. Agora será quando eles estão em ação contígua com muitos espíritos sofredores da Cidade Estranha onde está a equipe de Gúbio. E ela se aproxima de uma mulher estendida no chão indiferente aos transeuntes que ali perto dela passavam, abandonada, onde devemos convir que a solidariedade não existe nesse antro de sofrimentos. Gúbio informa: “A pobrezinha está esperando ensejo de retorno à luta benéfica. Vejo-lhe o drama cruel. Foi tirânica senhora de escravos no século que findou”.
André Luiz observou com mais nitidez que nessa mulher haviam três formas ovóides. Como venho falando em outras matérias, esses ovóides são figuras vivas onde compactuavam com os pensamentos daquela infeliz mulher. Nesse quadro, poderemos observar que o sentimento de vingança alimenta tanto ela quanto aqueles indesejáveis hospedeiros.
Esses ovóides alimentando apenas do mal, com o tempo, gastaram seus perispíritos onde, atraídos também pelo mal destilado por essa mulher, agarraram-na desta feita com uma ferocidade indescritível. André Luiz mais detidamente ouviu os pedidos de vingança vindos dos ovoides, gritando que ela era uma assassina.
Voltando ao assunto do poder e o que ele pode fazer a espíritos sequiosos por uma justiça inoperante, essa mulher na sua última existência foi uma senhora de escravos. Separou filhos das mães cativas trazendo muito sofrimento e dor. E desses filhos, muitos, ao desencarnarem, se voltaram possessos contra essa senhora recebendo pelo poder arbitrário.
E volto a lembrar os leitores dos meus singelos comentários da semana passada quanto à vigência da Lei “Olho por olho, dente por dente”, suavizada por uma outra e atual “Ação e reação” ou se o quiserem “Lei de Causa e Efeito”.
Não estou, com esse pensamento tornar-me o estopim de discórdias ou polêmicas desnecessárias, pois elas aqui não existem. O problema é quando não aceitam deliberar seus neurônios a um outro ponto de vista talvez mais coeso além das frágeis palavras de muitos oradores. Só estou aqui tentando mostrar que, segundo o tipo de mal praticado, seremos ajuizados a pagá-lo pelo mesmo diapasão. Faça-se sofrer; sofre-se pelo mesmo desiderato. Tal a Lei.
E fico aqui pensando com meus botões: o que será desses homens de colarinho branco que hoje não estão nem aí para a nação a qual fazem parte; dos médicos indiferentes aos clamores de milhares de almas também em processo de resgates de dívidas passadas através de graves enfermidades; de religiosos impenitentes que desejam tão só um poder abalizado em cifrões… Como seriam suas novas investidas na carne? Rotos, pobres, passando sofrimentos à altura do mal destilado? Com certeza e esse é o meu consolo.
O mal não deixa de ser – como o bem – engrenagem em que os princípios de atração exercem vigorosa energia saturadas, sim, por sentimentos extraviados do caminho da luz. A intercessão da Espiritualidade Superior auxilia mesmo espíritos temporariamente indiferentes, permutas de ideais nas energias irradiadas por milhares ainda mergulhados no pântano do mal em todos os seus setores de ação.
Por isso sempre observo que hoje ao encontrar pelas ruas, pessoas morando debaixo de pontes e marquises, puxando carroças de papelão e latinhas, outras passando por transtornos mentais de todos os calibres, escândalos os mais diversos, tem fortes ligações do mal que originaram no passado. Ninguém passa por uma prova ou expiação à toa ou desnecessária. Se prejudicamos algo ou alguém na cadeia do progresso e de elevação, com toda certeza essa energia irradiada virá ao dobro para nós cobrando pelo desajuste ou falha neurônica responsáveis por questões de remorso ou de arrependimento.
Nada é por acaso. Tudo existe uma razão de ser. Nós é que, muitas vezes não sabemos ou não queremos aceitar a nosso modo, uma maneira melhor de entender a vida em si. E, se eu ou você está passando por uma situação de bastante complexidade moral, familiar ou profissional, saibamos que tudo está certo; nós é que muitas vezes procuramos desestruturar ainda mais os sistemas atômicos do nosso “eu” em que sentimentos/pensamentos se casam num processo quase sempre de alienação mental, de cura, sempre, a longo prazo, aqui, existencial, vale ressaltar.
E com essa imagem da senhora de escravos, poderemos nos enquadrar nesse processo de vampirização diante da vivência e convivência com o nosso semelhante hoje em dia? Claro que sim, embora devo esclarecer que, mesmo terminado esse período de escravização humana, ainda hoje, em pleno século XXI, trazemos presos a nós os mesmo egos do passado com o seu poder sombrio que estão despertando aleatoriamente, pela nossa acurada recepção e transmissão de impulsos eletromagnéticos vampirizantes dando vazão continuada aos nossos arroubos teleguiados, muitas vezes, por hordas de espíritos com um poder de inteligência acima da ralé humana encarnada que, atraídos pelos mesmos ideais de perversidade, se casam perfeitamente à vilania de almas ainda em processo de reaproximação espiritual.
Onde o poder pelo bem? Onde a utilização da inteligência em processos restauradores da paz, do equilíbrio, da esperança e da fé? Desanimar-nos-emos, pois de praticar a Caridade só porque à nossa volta só existe escuridão e caos? Jesus não venceu todos os empecilhos que o fizeram desde o nascimento até o seu desenlace, não desanimar no caminho da salvação das almas acolhidas por seu intérmino amor universal? Levantemo-nos a cabeça diante das quedas. Vamos abrir nossos corações para o espargir da luz do bem que com certeza existe dentro de nós. Vamos dar nosso testemunho válido diante do que realmente é sermos cristãos, sem rótulos religiosos.
Valhamos, não emoldurados por belas e requintadas palavras; sejamos as cartas do Evangelho na Terra na sua dinâmica do Cristianismo Redivivo liberto tanto desse quanto daquele rótulo religioso. Façamos o bem, sim, sempre. Os Mandamentos do Senhor ainda estão em voga. Elevemos apenas o nosso potencial de cristianização, sem tirania, sem opressão, sem uso de um poder que, geralmente não é nosso. Não podemos considerar, assim, a última batata do pacote. Que sejamos os Cireneus do caminho acolhendo nos braços irmãos mais infortunados que nós. É assim que funciona a engrenagem da evolução, passo a passo, na infinita caminhada rumo à Luz Maior de Deus. Comigo, Leitor Amigo?
11/08/2022 – Tenham uma ótima leitura. Até a próxima quinta-feira. Muita paz.
Aécio Emmanuel César
Aécio Emmanuel CésarMédium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.