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As primeiras impressões post-mortem são iguais para todos ou tem diferenças quanto à evolução do espírito?

Antes que respondamos à pergunta, André Luiz nos narra no livro “[amazon_textlink asin=’B00KDLKC86′ text=’Obreiros da Vida Eterna’ template=’ProductLink’ store=’637811346279′ marketplace=’BR’ link_id=’58f9ae10-6836-11e7-a38d-998fb5450e14′]”, psicografado pelo médium Chico Xavier, que se encontrava pela primeira vez em um cemitério seguindo o decesso de Dimas.

Observou que o seu instrutor retirou todos os resíduos de vitalidade para que os espíritos que ali permaneciam não violassem o corpo inerte.
André ouvia gemidos vindos de todos os lugares do cemitério.

Mas se interessou em um ali próximo onde viu uma senhora aparentando seus trinta e seis anos de idade. E tentando auxilia-la, ouviu dela:

“Que sinto? – Não sabe? O senhor me chama de irmã. Quem sabe me auxiliará para que a minha consciência torne a si mesma?”.

A pobre coitada não conseguia até então diferenciar a realidade da ilusão. Não sabia que estava morta e, perto do seu cadáver em decomposição pensava estar tendo um pesadelo.

 Tentando reerguer-se da sepultura, a mulher implorava a André Luiz:

“Cavalheiro, preciso regressar! Preciso retornar ao meu esposo e ao meu filhinho! Se este pesadelo se prolongar, sou capaz de morrer! Acorde-me, acorde-me!…”.

Como podemos notar inúmeros espíritos que desencarnam muitos deles ficam presos aos seus despojos procurando sair mas não conseguem.

O novo pupilo do instrutor Jerônimo perguntou à mulher ensandecida se ela já tinha orado, mas ela não deu ouvidos ao que ele lhe dizia:

“Quero um médico, depressa! Só ouço padres! Não posso morrer… Desperte-me! Desperte-me!”.

Espírito desse jaez se encontra totalmente adverso à realidade do presente. Compreendeu então que aquela mulher:

“sentia todos os fenômenos da decomposição cadavérica e, examinando-a detidamente, reparou que o fio singular sem a luz que caracterizava Dimas, pendia-lhe da cabeça, penetrando chão adentro”.

Diante da tentativa de André de consolar aquela mulher aterrorizada, viu aproximar o trabalhador informando-lhe para que não se afligisse diante daquele quadro. Vendo-lhe a reação negativa compreendeu a estranheza dizendo-lhe:

“Deve ser a primeira vez que frequenta um cemitério como este. Falta-lhe experiência”.

Como podemos observar até então nem sempre é silencioso lugares como o cemitério. Longe dos ouvidos moucos dos encarnados, espíritos ali de diferentes crenças passam por momentos de pesadas reflexões.

O sofrimento nestes locais para cada um é uma benção para aqueles que desprezaram os patrimônios da vida humana.

É nestes lugares que o grito e o remorso se removem apenas com a consciência de cada um.

Para cada um, um final trágico. Se existiam malfeitores e preguiçosos desencarnados, é porque existiam também malfeitores e preguiçosos também encarnados.

E para concluir meu pensamento, vejamos o que o trabalhador que auxiliava os espíritos naquele lugar-santo disse a André:

“É da lei natural que o lavrador colha de conformidade com a semeadura”.

Nada mais que justo, não acha Leitor Amigo?

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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