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            Se toda rebeldia não deixa de ser energia gasta do lado contrário à luz do entendimento, toda ignorância é geradora de vibrações inquietantes. Assim sendo, não deixamos de ser espíritos infelizes constantemente bombardeados por elas por onde as acusamos através de enfermidades múltiplas encrustadas no perispírito e consequentemente irradiada para o corpo físico.

            Para elucidar melhor esse meu pensamento, vamos analisar as palavras do instrutor Calderaro quando estava de passagem em um hospício relatado por André Luiz no seu livro “No Mundo Maior” no capítulo 16, intitulado “Alienados Mentais” pela mediunidade de Chico Xavier. Vejamos: “Pela rebeldia, a alma pode encaminhar-se para muitos crimes (…) e pelo desânimo é propensa a cair nos despenhadeiros da inércia com fatal atraso nas edificações que lhe cabe providenciar”.

            Todo desequilíbrio gera energias malfazejas para a alma quanto para o corpo físico. E, sendo propenso o homem ao mal, destila, sem nenhuma análise favorável, o seu veneno nos crimes que venha efetuar sem a guarda bendita da reflexão e da prece. Esse homem não faz da oração o seu porto seguro. Como dorme, levanta, sem nenhuma guarida ante o aluvião de vibrações que o mundo, dentro ou fora das paredes de muitos lares, estão isentos de luz espiritual.

            Temos em nós algum resquício de transtorno que ainda nos detêm a marcha. É tanto, que é difícil encontrar uma pessoa que esteja em total equilíbrio mente-corpo. Cada um de nós trazemos na nossa organização físico-espiritual miasmas que nos levam a abjurar contextos de caráter quanto à socialização. Com isso, se não estamos bem conosco mesmos, difícil aturar o semelhante tendo contrário todo um arcabouço do que pensamos. E a rebeldia se instala em nossos sentimentos impedindo a clareza d’alma.

            Temos em nós um pouco de loucura seja ela de pequena ou de grande monta. Contudo, nossa passagem em um mundo de provas e expiações é de reestruturar o nosso magnetismo pessoal saturando-o de iniciativas a bem do nosso processo de esclarecimentos com razão mais dilatada.

            Vejamos o que o instrutor diz a respeito de um dos internados em um manicômio: “O infeliz vem sendo objeto de práticas hipnóticas de implacáveis perseguidores”. Não ficamos muito longe desses desiquilibrados. O que difere um pouco deles é que nós ainda estamos soltos, mas que alimentamos certas vibrações desconcertantes segundo situações corriqueiras que nos testam os passos.

            E para fechar com chave de ouro o assunto, Calderaro completa: “Acha-se exposto a emissões contínuas de forças que o deprimem e enlouquecem”. Como podemos observar também nos achamos sob fogo cruzado com essas emissões negativas que, se não elevarmos a nossa conduta moral, o nosso comportamento mental e a nossa espiritualidade liberta da peias do egocentrismo, difícil não ficarmos deprimidos e conseguintemente loucos conosco mesmos. Vamos refletir em nós, Leitor Amigo?

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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2 Comentários

  • O texto é interessantíssimo e aponta a dicotomia em que vivemos. Por um lado, vivemos nossas “loucuras”, por outro estamos neste plano para superá-las através da proteção que podemos buscar através da oração.

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