Através do protoplasma é que desenvolveram os primeiros sinais vitais de todo ser humano. Para que não haja polêmicas desnecessárias acerca do que disse, vamos ver o que Durval Ciamponi nos diz em seu livro: “A evolução do Princípio Inteligente”: “Todo organismo animal ou vegetal, os corpos das bactérias, amebas, dos diversos fungos e dos outros organismos primitivos são constituídos pelo protoplasma, substrato material no qual se desenrolam os fenômenos vitais”. Mais claro impossível, não é mesmo?
André Luiz também diz algo a respeito do protoplasma em seu excelente livro “Evolução em dois mundos” na psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira. Vejamos: “Dessa geleia verte o princípio inteligente, em suas primeiras manifestações…”. Tivemos nossa origem marcada pelo protoplasma durante milhões e milhões de anos incontáveis até que passamos a fazer parte das mônadas trabalhadas nos laboratórios do universo pelos operários responsáveis por essas transformações. E que transformações, não é mesmo?
E da mônada a ser mais bem trabalhada foi forjada – vamos dizer assim – nos reinos da Natureza conhecidos por nós – mineral, vegetal e animal – e outros tantos desconhecidos do nosso entendimento. Esses reinos para um bom entendedor pode também estar ligados aos reinos encontrados nos mundos extrafísicos – por que não? No mundo espiritual é que a vida dá o seu pontapé inicial. Para os mais ortodoxos sobre o assunto, minha sinceras desculpas. Antes dos pitacos desnecessários – mas se vier eu os defrontarei –, vamos aprofundar mais no assunto para saber se a nossa vã filosofia não está indo de encontro às Leis da Evolução em que todos ainda, mal, mal, saímos da concha conservadora da nossa tirana ignorância.
Se tudo na Terra é uma imagem apagada do mundo espiritual, por que não acreditar que a nossa origem ocorreu em primeiro plano nas esferas por ora invisíveis a nós? Não seria tão difícil crer que toda origem humana partiu do protoplasma em que o princípio inteligente não se fez presente na Terra e sim em planos outros, espirituais, que aninham em seus desígnios um berçário de mônadas à caminho da espiritualização humana e a posteriori, angelical.
Nesse sentido poderemos afirmar que, se o espírito não reencarna no momento do nascimento e sim da concepção, vamos analisar também que o princípio inteligente no momento do seu nascimento, não se projetou em exclusivo em um mundo grosseiro de onde se originaria na sua transparência, mas sim, em constelações ainda por nós insondáveis, sendo ativadas na sua consubstanciação de valores e princípios espirituais dando força a toda centelha divina a trilhar na sua infinita caminhada rumo ao despertar da própria consciência. E como esse despertar ainda se encontra enraizado pelo joio da falsa credibilidade!
Difícil, então, compreender as nossas raízes, se não saímos do mundinho limitado em que nos aprisionamos, fazendo com que o sol da nossa compreensão não possa direcionar seus raios para a amplidão existente fora da Caixa de Pandora, ou, se assim o quisermos, dos nossos egos do passado ainda em conflitos, não é mesmo, Leitor Amigo? Final.
11/03/2021
Aécio Emmanuel CésarMédium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.