Mesmo sutil, o mal vem introduzindo seus tentáculos principalmente nos lares em desequilíbrio. Sem proteção alguma dos pais mais diretamente nos filhos, a porta dos sentimentos malfadados se escancara. E a nódoa da divisão será certeira. Se não houver um princípio espiritual nas famílias, difícil equacionar a erradicação do mal sem base, sem princípio, sem religiosidade.
O mundo espiritual se nos cerca de todos os lados importando-nos aquiescer do conhecimento, das causas e dos seus efeitos no sentido de estarmos preparados para as ondas nocivas das vibrações em que, comumente, nos sintonizamos com os irmãos das sombras.
Muitos até se arvoram em admitir que a vida além da morte é uma utopia declaradamente satisfeita por muitas religiões. Mas devemos convir que, quanto mais não adquirirmos metas de posicionamento quanto às permutas energéticas que estamos envolvidos, mundo terreno-mundo espiritual, estaremos sujeitos a estacionarmos nos meandros da decadência espiritual a que todos nós ainda somos sugestionáveis.
Para que o meu entendimento possa ficar mais claro e, assim, tendo uma parâmetro mais compreensível, vamos analisar bem o que o Ministro Flácus – numa palestra em que André Luiz veio a participar e relatado em seu livro “Libertação” no seu capítulo 1, intitulado “Ouvindo Elucidações” no lápis de Chico Xavier, tem a nos dizer: “Um reino espiritual, dividido e atormentado cerca a experiência humana, em todas as direções, intentando dilatar o domínio permanente da tirania e da força”. Mais claro impossível, não é mesmo Leitor Amigo?
Como disse no parágrafo anterior somos bastante sugestionáveis, infelizmente para os miasmas dos vícios que alimentamos. Devemos considerar e ao mesmo tempo aceitar de que a morte é apenas uma viagem, um transporte do espírito encarnado para o mundo invisível de onde originamos. Não é um mundo mágico. É cheio de certeza em que as nossas incertezas se encaixam em verdades que, quando vivos na Terra, nos debatemos em não acreditar.
O mal existe em nosso meio, porque esse meio está regido por forças invisíveis a nós que não se apoquentam quanto á própria incredulidade. Quanto maior essa força estiver sendo alimentada, mais a intervenção de espíritos com o mesmo jaez enérgico se nos envolverão em seus miasmas alucinógenos.
Vemos e nos deparamos no mundo de hoje, que o mal está vencendo. Você deve sentir isso na pele, não é mesmo? E que nada fazemos para poder arrefecer um pouco essa onda de tirania para que se desgaste ou, se o quisermos, se extinga da nossa razão aquinhoada pela inteligência embora fraccionada e sem laivos de crescimento espiritual.
Mas tudo está a nosso favor. É só sentir Deus em nós. Vamos descruzar os braços e abrir o nosso coração para revelações que nos auxiliarão a ser o que pensamos que somos sem bases, no momento, sem argumentos, sem alicerces favoráveis no sentido de desbravar o mundo íntimo que ainda não o conhecemos direito. Vamos arguir nossa consciência? Auscultá-la melhor para que os nossos passos sejam mais firmes em todo terreno por nós trilhados? O reino espiritual decerto existe indiferentemente das nossas posições religiosas. Mas, vamos encarar a nossa realidade enquanto na Terra, para que ao passarmos para lá não tenhamos tantas surpresas desagradáveis e desafiadoras sem o tino do raciocínio mais esclarecedor sobre nós mesmos? Comigo Leitor Amigo?
08/04/2021
Aécio Emmanuel CésarMédium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.