Por que a ignorância ainda se faz invencível em pleno século XXI, embora saibamos, hoje, da existência de fontes de leitura segura que nos desanuviem de tantos transtornos, caminhos esses, prediletos da cegueira evangélica? Por que o cristão não utiliza melhor dessas fontes? A resposta é, pois, simples e direta: Se deixam esses, levar pelo limítrofe de entendimentos existentes aos assuntos que os fazem falar muitas vezes sem sentir e, sem sentir a expressão da própria fé, se expressem no pouco que até então absorveram das passagens evangélicas.
Nesse novo capítulo, de nº 2, do livro “Obreiros da Vida Eterna”, psicografado pelo médium Chico Xavier, vamos acompanhar André Luiz juntamente com o assistente Jerônimo que se encontravam na Espiritualidade Amiga, asilados no “Santuário da Benção” onde ouviriam mentores de esferas mais transcendentes. A platéia para tal mister não era numerosa. Apenas três grupos de socorro estavam designados a irem para as regiões inferiores e que ali receberiam palavras de incentivo.
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Esclarece-nos André Luiz sobre esses três grupos: O primeiro era presidido “… por uma irmã de nome Semprônia, que consagraria ao amparo dos asilos de crianças desprotegidas;…” Muitos desconhecem e é bom que saibam que nesses lugares, tanto na Terra como nas esferas espirituais, as crianças não deixam de estar bem protegidas por esses mensageiros de Jesus. Ninguém é desamparado, principalmente as crianças. Continuando com suas anotações: “O grupo chefiado por Nicanor, um assistente muito culto e digno, que se dedicaria, por algum tempo, à colaboração nas tarefas de assistência aos loucos de antigo hospício…”. Vale lembrar aqui que nessa época, quando foi psicografado esse livro em estudos, nos anos de 1946, todo médium – hoje menos perseguido -, tinha um tratamento muito severo que deixavam esses que ali eram entregues, a absoluto esquecimento dos familiares e sendo vítimas de terríveis subsistências inimagináveis. E por último o grupo onde André faria parte: “… de companheiros encarregados de auxiliar alguns amigos em processo de desencarnação…”. E esse capítulo será o nosso carro-chefe onde iremos aprofundar um pouco mais com os relatos feitos por ele.
É importante enfatizar aqui, os trabalhos de assistência social. Faz-se notório, para nós, certas resoluções de muitas Casas Espíritas em retirar esse auxílio dado aos irmãos mais necessitados do que nós, ou seja, aqueles com os seus complexos quadros de desequilíbrios e muitas vezes de loucura. Não sei o porquê de tal decisão que vai de encontro às bases alicerçadas por Jesus, no Evangelho Redivivo e por Kardec, no seu Pentateuco Esclarecedor. É de ficar espantado o que não faz a ignorância a ponto de trazer inimizades e, como não, o fechamento de muitas Casas Espíritas que se diziam seguidores fiéis do Cristo. Vale, sem dúvida, uma nova reavaliação a respeito, não acha Leitor Amigo?
Aécio Emmanuel Cesar