Ser cristão. Você se considera um cristão? Com toda certeza não será a assiduidade numa Igreja, Templo ou Casa Espírita que se tornará um cristão autêntico, não é mesmo? E muito menos vestindo uma batina, um terno, ou até mesmo roupas simples, que o seu sentimento estará de acordo com o que vivencia, na sua intimidade, com determinada congregação religiosa.
Vejamos se nos enquadramos à essa posição: Procuramos, através do exemplo, direcionar irmãos do caminho ainda perdidos em suas divagações sobre o contexto de viver, conviver e de sobreviver? Teríamos coragem suficiente para combater o mal em todas as suas instâncias mesmo sendo classificados como loucos, desequilibrados, possessos até mesmo pela própria família? Manifestamos perante os homens o amor incondicional como luz vitoriosa contra as sombras da ignorância? Com certeza para mim e para uma grande maioria ainda não conquistamos esse patamar de pureza, estou certo?
Outro exemplo, esse, bastante pessoal, é ouvir de muitos confrades e confreiras de que se orgulham em ser espíritas. Bom, com relação à uma religião pode até ser verdade, mas para mim, o único e verdadeiro espírita foi CHICO XAVIER. Nós, outros, ainda estamos lutando internamente para conquistar essa gloriosa menção honrosa no coração, que não é fácil assim de conquistar. Estou exagerando nas palavras? Com certeza não, pois é a realidade em que vivemos atualmente.
Para fortalecer esse meu pensamento, vamos ver o que diz o Instrutor Eusébio em uma das suas pregações em que estava presente André Luiz, relatada no seu livro “No Mundo Maior”, no capítulo 15, denominado “Apelo Cristão”, pela mediunidade de Chico Xavier: “Herdeiros que sois daqueles heróis anônimos, que transitaram nas aflições, que fizestes vós da esperança transformadora, da confiança sem vacilação?”. Hoje em dia diante dos percalços morais pelos quais anda a Humanidade, muitos deixaram a esperança de dias melhores, culpando diretamente Deus pelos transtornos pelos quais passam. Deixam se intimidar até mesmo por picuinhas corriqueiras, por melindres, por conversas atravessadas, não se importando pela religião que se diz professarem e por quem estão seguindo.
Continuando com o pensamento do ilustre mentor espiritual vejamos nessa outra citação: “Onde colocastes a fé viva que os vossos patriarcas adquiriram a preço de sangue e de lágrimas?”. A fé hoje em dia é vendida como se fosse uma mercadoria em grandes conferências substancialmente encoberta por vultuosa soma em dinheiro.
Muito se procura, tanto a paz quanto a fé, tão somente através da prece. Louvado seja. Mas não é o suficiente para que possamos conquistar paz, fé e amor no nosso dia a dia se não praticarmos a Caridade em toda a sua amplitude. O homem está carente de amor. Não sabe amar verdadeiramente. Substitui o pressuposto amor em paixões descabidas sofrendo as suas consequências. Portanto, vamos amar mais a começar dentro dos nossos lares tão bombardeados por virações de sentimentos, os mais infelizes. E pergunto novamente, Leitor Amigo, para ficar bem claro, poderemos nos classificar de cristãos, depois de tudo aqui descrito? A consciência se não nos pesará profundamente?
Aécio Emmanuel CésarMédium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.