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Loucuras… O que os homens não fazem por elas, não é mesmo? Em verdade em verdade, digo a vocês que somos todos loucos. Uns em poucas proporções; outros extrapolam os limites da razão. Mais das vezes, as loucuras que nos acometem, tem o crivo do destempero, da falta de vigilância, da inquietude da alma nos seus processos mnemônicos às voltas com o passado delituoso.

            O véu do esquecimento que provisoriamente nos impede de auscultar nossa alma nos escrínios da animalidade, muitas vezes deixam rachaduras que os nossos egos em condições de latência, se sobrepõem ao nosso, atual, fazendo com que nossa verdadeira personalidade dê a sua presença infeliz. E hajam escândalos!!!

            Estagiando num planeta em que humanos matam seus semelhantes mais do que possam se amar, é gritante. Muita coisa insana se pensa sem controle; fala com expressões de primitividade; executa planos adversos à sua sanidade controlada por mentes mais poderosas e mais afins com as energias cósmicas que a tudo coordena nessa concha obscura onde os instintos ainda se manifestam sem diretivas dos seus donos, mas, com certeza, de seus mentores espirituais os mais sombrios.

            E seguindo esse meu pensamento, vamos analisar o que o instrutor Gúbio relata a André Luiz no livro “Libertação” no seu capítulo II, intitulado: “A Palestra do Instrutor”, pela mediunidade de Chico Xavier: “Quando não se recomendam nos precipícios da loucura, no eclipse total da razão por tempo indeterminável, em vista dos desvarios na intelectualidade e no poder…”.

            Somos ainda lobos vorazes sob vestes de cordeiros. Desejamos a luz, mas nos comprazemos com as sombras. Não adianta uma boa educação, uma religião que se pode chamar de sua, fazer parte de uma sociedade em que pleiteia apenas ambição e tirania, se dentro de cada âmago, não se deixou entrar a luz da razão sob os lampejos da fé raciocinada.

            Quem dera nos tempos que correm essa matança desordenada que ainda não sensibilizaram as autoridades responsáveis direta e indiretamente pelo povo sob a sua tutela, fosse transformada em braços mais acolhedores, em mãos que viessem distribuir afeto e doçura! Isso é possível, embora que para muitos seja uma utopia dos poucos que acreditam no poder do Amor.

            O quanto estamos necessitados de amar! De reconhecer o semelhante como nosso irmão não consanguíneo, mas unidos pelo DNA de Deus. Somos ainda muito egoístas no trato com aqueles que não participam da nossa consanguinidade. E mesmo tendo as características genéticas, ainda vilipendiamos com as vidas de mães, pais e irmãos, como um juiz tirano e sanguinário que resolve impedir a elevação espiritual dos nossos, sem nenhuma piedade.

            Os desvarios da nossa mente vão além do que podemos captar. Não nos conhecemos intimamente. Não sabemos ainda se em qualquer momento pode aflorar – sem controle – nosso ego ainda dominante. Não esse que hoje se nos apresenta, mas um outro qualquer que ainda se debela na comitiva do tempo, procurando ainda resquícios da nossa presença nas dobras de um esquecimento não total, mas cheio de feridas ainda não cicatrizadas.

            Mesmo procurando avivar virtudes a serem melhor trabalhadas, as paixões nos são gostosamente alimentadas mesmo sendo para nós como pedras de tropeços. Aff. Um vício pequenino que seja destrói todo um processo de iluminação interior de anos. Julgamentos falhos, mas creditados com o punho de aço da justiça de homens, representada pela imagem de uma mulher que não é apenas cega, é também surda. Seria nela o nosso reflexo que procuramos desviar do nosso próximo? Verdades a parte, compete-nos sitiarmos na vanguarda dos fatos mostrando em que lado realmente estamos, a colaborar para a sombra ou para luz no mundo, como dentro de nós mesmo, o quanto antes. Comigo, Leitor Amigo?

02/09/2021

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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