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A CAMINHO DA LUZ EM 2021

Inspirado no livro “A Caminho da Luz” de Emmanuel, na mediunidade de Chico Xavier.

Senhor, o que nos faz ainda ter esperanças para que se torne, o Brasil, na Sua Pátria do Evangelho diante do caos que reina nos corações ainda soçobrados pela vilania descarada? Reconheço, meu Senhor, que O Coração do Mundo que esbalda beleza, ainda a violência o tinge de vermelho na imensidão das Suas terras criadas pela Sua intervenção.

                Quem sou eu para ir contra os Seus princípios a tornar o Brasil como Pátria do Evangelho o qual nos auxiliará com a Paz, Esperança e Amor, esse, ainda, não confabulado aqui, nas suas estruturas de perfeição. Sei que, fazendo parte dos Degredados em que o Senhor acolheu em Seus braços, creio que, senão hoje, mas no amanhã, tornará Suas terras na Escola em que as virtudes altaneiras se manifestarão sem qualquer sombra de dúvidas.

                Sei também que não estamos órfãos, porque o Senhor sempre envia, para esse vale de dor e sofrimento, Seus Missionários em que tem, nas rédeas, o beneplácito da ordem e do progresso. Somos ainda os Escravos das intempéries morais que nos aprisionam nos cipoais das transgressões contra a Lei de Deus juntamente com as Suas bem-aventuranças.

                A Civilização Brasileira ainda sofre as suas intransigências políticas por não abarcar em suas lides, as potencialidades superiores em que demarcam os humanos, dos seres ainda desprovidos de raciocínio espiritual, embora isso, na prática, veementemente, observamos o contrário. Os Negros do Brasil ainda são tratados com ferro e fogo por outros negros em que, em suas veias, corre o sangue aborígene de um povo ainda não descoberto.

                A Invasão Holandesa nos seus primórdios de civilidade, trouxe certo conteúdo de aprimoramento jungido às intempéries de navegadores que só e tão somente se observava como desbravadores do Infinito. A Restauração de Portugal nos seus veios de cultura, absorveu aqui nas terras brasileiras todo um contexto estranho e novo, em que corações lusitanos exprobram mais conhecimento e afeição para o desconhecido.

                As Bandeiras iniciaram suas marchas no canteiro árido das terras do Cruzeiro, assinalando reverbérios de força e domínio nas áreas da decantação evangélica religiosa. Os Movimentos Nativistas implantaram um regime de sociedade absoluta diante dos forasteiros que tentavam, por todos os meios, desbravar o Brasil como sendo coração isento de maldades e de mortes.

                Nos Tempos dos Vice-Reis imperava ignorância no que tange aos princípios voltados em exclusivo na implantação do Verbo Divino onde se coroava, não Deus, mas toda cultura religiosa que os beneficiassem. Pombal e os Jesuítas trouxeram o Cristo ainda que fosse nas fanfarras métricas de evangelizar, alicerçado numa diagramação de novos requisitos de cristianização e pureza doutrinárias.

                A Inconfidência Mineira nos rasgos de um princípio libertador, trouxe luz à muitos corações fadados a morrer pela implantação da liberdade num país ainda marcado pela Corte e pela Igreja. Em todos os tempos, meu Senhor, onde reinou A Revolução Francesa no seu poder e na glória, uma se distinguia da outra por questões de imposições e censuras de uma causa não social justa, mas própria.

                D. João VI no Brasil ampliou as suas fronteiras não deixando eterizar os seus conceitos de fidalguia, mas o de simples proletário num país em que não soube usar da sua cátedra de fidalgo.

                Nos Primórdios Da Sua Emancipação, o Brasil passou por novas transformações em que o brio nativo irradiou da sua têmpera terreal, o seu cheiro característico de suor que luta e que morre para não deixar apagar suas tradições dos seus antepassados.

                Como pode ver, meu Senhor, transformações são as mais justas possíveis, No Limiar Da Independência, onde sangue inocente vem a macular a terra em que pisaram nesse solo sacrossanto, entidades resolutas que somente trouxe diretrizes salutares para que almas outras encontrassem o seu veio de ouro espiritual.

                A Independência, por sua vez, se fez ouvida às margens de um simples riacho sem que até então, fosse melhor explorado por onde a nossa futura bandeira brasileira iria ser respeitada por nós e por toda a humanidade.

                D. Pedro II não olvidando o imenso trabalho dos forasteiros que da terra brasilínea se encontravam compenetrados em reestruturar novas mancheias de aprendizado, instruiu e cativou inesquecíveis corações que hoje ainda são relembrados nas terras espirituais.

                O Fim Do Primeiro Reinado deixando extravagâncias em que o poder se fez maestria, veio reverberar os princípio apostolares de uma cultura religiosa nascente, não maculando em nenhum momento, os Mandamentos do Senhor.

                Como um dos missionários do meu Senhor, enviou-nos Bezerra De Menezes a introduzir no seu escopo de Caridade, suas mãos abençoadas e iluminadas do Cristo nas terras em que se tornou o Médico dos Pobres.

                A Obra de Ismael aos poucos ia sendo alicerçadas nos corações ainda magnetizados pelos franchões da iniquidade que, por força da imposição, ainda deixavam correr nos olhos de muitos brasileiros a sensação de descaso e de impunidade.

                A Regência e o Segundo Reinado foram um frontispício de vitórias onde a corte, por sua vez, se entregou aos princípios mais realistas de um povo que desejava e ainda anseia pela emancipação das suas terras, como também, a emancipação de pobres almas.

                E entre conflitos, aqui e ali, A Guerra do Paraguai fez com que inflamasse nas veias patrióticas, o desejo de livramento, de liberdade customizadas em processos de licenciadura exponencial de novos horizontes de cultura e educação.

                Diante da idolatria pelo poder, Meu Senhor, castas outras impuseram O Movimento Abolicionista cultuando o homem como igual perante a consanguinidade espiritual a que todos nós estamos inscritos no DNA divino.

                Diante dos rogos em que milhares de mãos elevavam para o firmamento, foram idealizados novos princípios em que A República se apresentou vestida nos moldes de um país em que ideias se concretizavam nos mais santos ideais de vivência e convivência espiritualizadas.

                Dos vários meios de emancipação religiosa, trouxe-nos A Federação Espírita Brasileira, nos seus primórdios, o seu galardão de primícias baseadas nos arvores do insigne francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, desbravando assim o mundo invisível no seu trajeto de antes divertimento, agora como pródromos de uma Doutrina assistida pelos Espíritos do Senhor.

                Conquista-se, então, uma vitória a que estava destinado o Consolador Prometido pelo Senhor, e O Espiritismo no Brasil com seu humilde filho ilustre Francisco Cândido Xavier que veio completar sua obra inacabada nos tempos de Paris, se fez realidade onde a mudança de um país para outro, fortaleceu ainda mais os seus arcanos de sabedoria e de caridade, na Pátria do Evangelho.

                Assim sendo, alicerçado nessa caridade como porta da salvação, veio embrenhar-se nas sombras de outras crenças, mostrando o farol seguro do Cristo, como Meta, como Guia, como Caminho, Verdade e Vida.

                Mesmo com tantos contrastes entre Luz e Treva, Amor e Ódio, o Senhor ainda nos traz conforto nos corações, mesmo dilacerados, estes, de angústias, sofrimentos e desesperos sem conta.

                Salve, oh Mestre e Senhor. Sabemos que ainda dista de nós, seus fiéis seguidores do Seu Amor incondicional. Mas, diante da Justiça inatacável de Deus, creio que a separação do joio e do trigo se fará com certa urgência para que as vozes dos Vivos do Além, envolvam os recantos áridos de corações que ainda para acreditar nas Suas primícias, necessitam imitar o gesto do apóstolo Tomé: ver para crer.

                Amiúde, Meu Senhor, apascente as Suas ovelhas desgarradas, e, juntas, no Seu regaço acolhedor e seguro, possam admirar os horizontes resplandecentes de um país proposto a se tornar em Celeiro do Mundo e Pátria do Evangelho. Ave Cristo! Louvado seja.

Pedro de Alcântara

25/12/202

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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