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Círculos infernais. Nem sempre pessoas gostam desses assuntos. Mas como comentar algo que não conhecemos? Se temos razão, não poderemos nos acomodar tão somente no que outras pessoas dizem, ou se melhor dizendo, pensem para nós. Segundo a Misericórdia de Deus não existiriam esses lugares onde almas penariam por toda a eternidade. Jamais. Que toda alma, ou seja, que todo filho criado pelo Criador tem chances, sim, para rever seus conceitos de espiritualidade e de reajuste, sempre. Agora esses reajustes, muitos deles, vem a preço de muitas lágrimas.

            Para fortalecer esse meu pensamento vamos ver o que o Ministro Flácus diz a André Luiz relatado no seu livro “Libertação”, no capítulo 1, intitulado “Ouvindo Elucidações”, pela mediunidade de Chico Xavier: “… não temos círculos infernais, de acordo com os figurinos da antiga teologia, e sim, esferas obscuras em que se agregam consciências embotadas na ignorância…”. É um trabalho imenso de conscientização por onde servidores à altura de ministra-la, se candidatam a aprofundar nesses vales de dor “… para que lhes modifique o tom vibratório elevando-lhes o modo de sentir e pensar”. Esse tom vibratório reina nos planos da vida segundo o que lhe trabalhe a consciência. O trabalho daqueles que possuem certa dominância com a razão, é irradiar esse conhecimento àqueles irmãos que ainda não tiveram tino de observância estando estes encarnados ou não. Ele é moldável de ser inserido em mentes ainda indispostas a receber o pão espiritual e que venha saciar todo labor da inteligência plena em alcançar novos degraus de evolução.

            A ignorância é responsável pela ação nefasta do mal nos corações dos homens. Sem cultura familiar e religiosa, difícil sair como entrar em mundos onde a didática de aprendizado é uma ideia sempre vivenciada. Seria, sim, um padrão de progresso e elevação.

            O homem necessita bem mais do Evangelho no coração onde quer que ele esteja independente de frequentar essa quanto aquela religião. Fora da caridade – e não da igreja – não haverá salvação. Pratiquemos, pois, o bem, embora para muitos ainda é difícil estender a mão aos caídos ou aconchegar nos braços irmão não consanguíneos. Agindo, pois, dessa forma estaremos quites com Deus. A religião hoje é pano de fundo das barbáries praticadas por fiéis que se preocupam mais pela aparência externa olvidando que a sua imagem interna é paramentada com os enfeites da má índole, do caráter transviado, da personalidade doentia, ou seja, da auto obsessão.

            Mesmo na realidade nos tempos que correm, vem o homem creditando sua fé em imagens criadas pelos homens para personificar sua cristandade. E essa viração de religiosidade vem desde os tempos de Moisés que já se sabia que era – como ainda o é – proibido adorar imagens acima do Deus Todo-poderoso. Jesus sempre dizia àqueles que O curavam que a fé e não Ele os tinha curado. A fé é tudo nesse emaranhado de sentimentos religiosos que apenas se destaca pelo fervor de um povo ainda acabrunhado com os próprios sentimentos transviados. Em muitos casos, não se sabe a que religião recorrer embora nenhuma delas é mais forte do que a fé raciocinada. Lembremos disso antes de elevarmos o pensamento aos santos dos homens e não diretamente Aquele que está acima de todas as nossas picuinhas religiosas, pois, aqui, também no meio de espíritos encarnados, existem muitos círculos infernais. Comigo, Leitor Amigo?

14/01/2021

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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