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Aos seguidores de Chico Xavier, meu Salve.

            Obsessão e Sentimento de Culpa… Haveria certa ligação a respeito? Devemos considerar aqui, que cada caso é um caso. Podem até aparecer algumas situações semelhantes, mas as aparências enganam muito. Sabe-se que todas as almas, passam por uma série de encarnações para evolução espiritual. Nesse contexto, o sentimento de culpa pode estar relacionado a ações passadas em vidas anteriores, que uma pessoa procura reparar ou superar na encarnação atual, ou também, estabilizar-se quanto a causas praticadas na presente existência.

            E, ante essa obsessão exacerbada entra em cena o perdão. Mas, de quem seria dado o primeiro passo? Pedir perdão e ser perdoado, são dois extremos que se alargam nos sentimentos humanos desprovidos de razão e de uma sentimentalidade mais espiritual do que humana, tão somente. No presente tema, vamos encontrar uma jovem ainda no corpo físico, sendo assediada pela ex-esposa do seu marido atual. Esta narrativa está no livro “Entre a Terra e o Céu”, pelo espírito André Luiz, através do saudoso médium Chico Xavier. Por questões afetivas e familiares, houve esse contato inesperado entre essas duas vítimas. Digo duas vítimas, porque tanto a primeira esposa, quanto a segunda, se encontram num patamar onde o sofrimento e a sensação de culpa, é o pano de fundo para que essa obsessão tivesse origem. Mas, difícil é tanto para essas duas personagens, quanto para nós outros, de que reconhecer a culpa e procurar corrigir o erro praticado, mexe, e muito, nos nossos brios sentimentais, muitas vezes, em destrambelhos.

            Quem das duas daria o primeiro passo de reconhecer o desequilíbrio? Creio que, se não aparecer forças superiores externas, que venham auxiliar ambas, a Eternidade verá muito encarceramento, muita revolta e muito desequilíbrio entre ambas. André Luiz a respeito pergunta a Claréncio:. “Mas, por que não há reação por parte da perseguida, perquiri, perplexo”. E a resposta veio a contento:. “Porque Zulmira, a nossa amiga encarnada caiu no mesmo padrão vibratório – aclarou o instrutor”. Ambas estavam no mesmo nível emocional compatível com o desequilíbrio moral.

            Sabe-se que carregamos em nós, uma energia espiritual que muda sempre de status. E, na grande maioria, essa energia se faz sempre inferior, porque ainda alimentamos, fortemente, nossos vícios e as nossas inclinações aos instintos exacerbados. É a manifestação de nossa consciência e moralidade, em um nível energético que, varia segundo as nossas aspirações no dia a dia.

            Temos que posicionarmos no quadro da nossa evolução espiritual que tenhamos a capacidade de evoluir com mais consciência e razão de ser, ao longo das múltiplas encarnações. À medida que vamos nos aperfeiçoando diante de lições elevadas, superaremos desafios e praticaremos o Amor e a Caridade, para que a nossa vibração espiritual, sempre esteja acima das sujidades de almas ainda presas nos complexos casos de remorso e de correção das faltas.

            E, diante do fato aqui exposto, Clarêncio esclarece a André Luiz e a Hilário:. “O sentimento de culpa é sempre um colapso da consciência, e através dele, sombrias forças se insinuam…”. É a clássica obsessão nos dias que correm. Na Terra de Deus, ninguém parece ser de ninguém. Cada um usufrui do universo íntimo escondido por máscaras da insanidade, da prepotência, do orgulho e egoísmo. Muitos pensarão aqui que, para isso tudo não teria uma saída? Sim. Sempre haverá uma quando dispusermos a compreensão à vasta gama de oportunidade de crescimento, desde que habituemos nossa consciência ao “Conheça-te a ti mesmo”. Sem essa assertiva em nossas vidas, difícil solucionar nossos descalabros julgando sempre os desequilíbrios alheios sem o suporte do nosso auxílio e ajuda.  

            Vivemos, ou melhor dizendo, convivemos com o companheiro ou companheira que, mais das vezes se encontra chumbado ou atraído à situações sentimentais que deveriam ter um suporte mais espiritual. Dificilmente hoje em dia, na era da tecnologia de ponta, encontrarmos famílias reunidas numa mesa a comentar a existência em si, como uma experiência malfadada em distúrbios que, a primeiro exame, podem ser solucionados através de um contato mais íntimo entre os casais. Digo mais íntimo aqui, não no sentido pejorativo de sexo, mas sim, do incentivo, de um e de outro de açambarcar com os dilemas da alma em processo de aprendizado. É o humano ser defrontando-se com o ser… ainda humano.

            De fato, creio, que a obsessão é muitas vezes o resultado de ações passadas que geraram sentimentos de culpa não resolvidos. Espíritos obsessores estão à nossa volta, analisando-nos as fraquezas que vem sempre à tona, porque ainda não sabemos salvaguardarmos de uma vigilância e de uma prece mais substanciadas, ante aquela fé raciocinada. A auto-responsabilidade e o perdão, ainda estão em voga, perdendo, mais das vezes, as estribeiras de melhor conhecimento dos fatos que ainda nos prendem ao passado delituoso. É o enfermo que não deseja se melhorar, sabendo que, para isso, terá que sair da zona de conforto onde denigre sistematicamente as forças inerentes ao seu avanço intelectual, moral, pessoal e religioso. Lidar com sentimentos de culpa, envolve aceitar a intervenção do passado com maestria no presente, aprender com os erros e buscar a correção e o recomeço, através do perdão, tanto de outros quanto de nós mesmos.

            É mais fácil para nós, humanos, ainda irracionais quanto aos sentimentos que são os pilares de uma conscientização mais cósmica dos nossos valores mais íntimos. Reconhecer nossos atos e as consequências deles, é essencial para cada um de nós. Sentir culpa é um sinal de que estamos conscientes de nossas falhas, e é a partir dessa consciência, que podemos trabalhar para melhorar. A espiritualização do nosso espírito encerrado num corpo denso, deve estar sempre sendo moldado no cinzel do aprendizado ante as experiências que nos testam a todo momento. Se não agirmos para que esse sentimento de culpa nos dilacere nosso ser, difícil não sermos vítimas de uma auto-obsessão seguida, naturalmente, de outras mentes desligadas da matéria mais grosseira, que sobrevivem à morte do corpo físico.

            Para uma melhor reflexão acerca das nossas desigualdades morais, Ghandi disse:. “Olho por olho e o mundo acabará cego”. Até que ponto, para você essa verdade se encaixa? As fragilidades da alma pode se transformar, um dia, em apoio de superação ante nossa vontade de encarar a nós mesmos? O sentimento de culpa acompanhada do remorso aterrador, pode ser um pontapé inicial para a nossa libertação espiritual? Caberia aqui um julgamento mais preciso acerca das dores que atormentam nossa capacidade de interagir conosco mesmos? O que você entenderia a respeito, meu Caro Leitor Amigo?

14/09/2023 – Até a próxima quinta-feira pessoal. Favor divulgar para nós – Gratidão.

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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