Senhoras e Senhores,
Recomeço… Por onde recomeçar? Da Terra para os Planos Espirituais? Ou dos Planos Espirituais para a Terra? Todo momento é hora para o recomeço. Mas não nos iludamos com as promessas de início do ano que toda vez não passam de falácias. Nunca é tarde para recomeçarmos a agir como humanos espiritualizados. Chega de máscaras do desengano… Chega de ilusões insaciáveis… Chega de mentiras que em nada nos tiram do pântano em que nos mergulhamos conscientes…
Já estamos saturados de enganar a nós mesmos. Por que continuar nas cortinas do tempo sendo sempre a mesma personalidade do passado a ser alimentada pelos petardos amaldiçoados de vítimas e algozes que nos tornamos? Nossa simpatia não é verdadeira para com todos, principalmente quando alguém pisa em nossos calos, não é mesmo? Principalmente quando nos vem a alertar-nos de coisas que machucam diretamente nosso orgulho e que a carapuça da verdade se encaixa perfeitamente em nossa cabeça..
Quer recomeçar? Começa em você mesmo. O mundo lá fora o esperará refeito e o respeitará quando profetizar em profusão de verdadeiros sentimentos o fiel servidor do Cristo entre irmãos que todos somos. Escancara suas fragilidades a serem melhor ajuizadas “Nas Cinzas do Tempo”, que não se apagam assim num piscar de olhos, desde que já queira se pronunciar ante sua própria consciência. Reflita… Feche os olhos… Se entregue ao navegar do Infinito que lhe observa os movimentos desde antes quando era ainda uma ameba, um protozoário, uma bactéria… Mostre capaz de assumir suas fraquezas e por onde iniciar seu processo de depuração espiritual. Faça diariamente preces para alimentar sua alma, garantindo seus sentimentos sob a guarda pessoal da sua vigilância.
André Luiz acolhia a todos os sofredores que apareceram na casa de Margarida. Um e outro se sentiam ultrajados pelos sofrimentos que lhes usurpavam a razão e o sentimento. Muito aprendizado nessa hora, pois que nada melhor que ouvir histórias que nos testificam que as nossas insalubridades não chegam à sombra de muitos sofrimentos alheios.
E sendo algozes do próprio tempo que nos castiga a consciência pesada, André ouviu Gúbio direcionar-se para o ex-verdugo de Margarida que a lhe prendeu por tempo determinado em seu hipnotismo feroz e desumano. Pediu a ele que suavisasse um sofredor ali perto com o seu dom de magnetismo. O algoz do passado olhou fixamente para o mentor à sua frente e sem dizer mais palavras fez com que o adormecesse com o toque de suas mãos. Gúbio, para lição a todos nós, dirigiu-lhe a palavra sempre cordial e sensata, narrada no livro “Libertação”, pelo espírito André Luiz, através da mediunidade de Chico Xavier: “Serviço construtivo e atividade destrutiva constituem problema de direção”. Sim. Irradiamos luz ou treva em nossos passos e eles deixarão na esteira do tempo, nosso cheiro característico impregnado nas páginas da nossa história. Lembremos disso.
“A corrente líquida, devastadora, que derruba e mata, pode sustentar uma usina de força edificante”. Nossa consciência é capaz de realizar atos vitoriosos em que nós, sendo jornadeiros do Tempo, procurarmos amealhar as dádivas recebidas de Deus segundo nosso conhecimento espiritual acessado. O que seria, pois, a consciência senão um livro aberto onde colocaremos nele novas vitórias e fracassos em que se sustem toda a nossa bagagem evolutiva a olhos vistos?
“… todos somos devedores, enquanto nos situamos nas linhas do mal”. Aqui, Gúbio não especifica o mal. Mas, segundo nosso entendimento, o mal aqui não se caracteriza em ferir de morte nosso semelhante. Existem várias nuances a serem analisadas com uma amplitude mais diversificada. O mal tem várias máscaras. Principalmente aqueles delitos comportamentais em que assiduamente nos entregamos a ele, mesmo que a nossa consciência nos alerte. É tanta sombra alimentada que não sabemos diferenciar o que seja bom ou ruim ao nosso psiquismo. Passamos existências a fio com tendências que não nutrem bem os refolhos da nossa alma.
Nosso quadro no mundo é deveras preocupante. O que fazem os pais na educação dos filhos que, mormente não a tem como primor de espiritualidade? O que as escolas ensinam, baseadas em conceitos falhos e ultrapassados que, ao contrário de abranger novos contextos de civilidade, faz-se construir uma parede entre professores e alunos? O que sustenta as religiões na fé em que, presa a conceitos religiosos, não deixamos com que ela fortaleça nossos ideais de vivência e convivência com o Evangelho Redentor que nos pede tão somente que “Amemos a Deus acima de tudo e de todos e ao próximo como a nós mesmos”?. Difícil????
Existe uma tríplice aliança em que traçamos nossas diretivas no Cosmo que nos acompanha os passos que se resume: DEUS, criador incriado, Pai Soberano e Justo, encoberto por deuses e santos que em quase nada, fortalece nossa suposta fé. É tanta picardia com o Soberano dos Universos, que as dissenções religiosas crescem a cada momento por falta Dele em nossos corações.
A segunda vertente somos “NÓS”, onde desencadeamos os transtornos mentais os quais se alicerçam no meio em que vivemos, não sabendo ainda coordenar nossas atitudes, pois que nossos pensamentos são criados à revelia sem o bom-senso de argui-los como senda de luz em nosso caminho.
O terceiro caminho a ser por nós melhor ajuizado seria com o nosso SEMELHANTE, que, como nós mesmos, não deixa as ensanchas do sentimento fluir qual água cristalina nos sentimentos. Somos carcereiros de nós mesmos no montante das provas e expiações a que temos por dever e por direito sancioná-los a curto prazo. Chega de deixarmos para a próxima reencarnação os delitos que possamos solucionar com a graça da razão que a temos na presente existência. Hoje ninguém pode dizer que errou sem consciência de causa, porque ela mesma nos colocará em tempo preciso na cadeira dos réus confessos.
Portanto, diante desse meu comentário do dia, temos a faca e o queijo nas mãos. Tendo Deus na Sua magnanimidade com Seus Mandamentos ainda válidos e Jesus nos interagindo com o Pai na Sua simplicidade, não tem como assumirmos mais débitos daqueles que ainda nos fazem descontrolar todo o nosso acervo existencial.
Aqueles sofredores assistidos pela equipe de Gúbio, tinham “Raciocínios e sentimentos jaziam presos ao chão terrestre, vinculados a interesses e paixões, angústias e desencantos”. Tanto lá nas esferas do Espírito quanto aqui no mundo dos homens, as fragilidades são as mesmas. Os de lá alimentando dos de cá numa permuta de fraquezas que impressiona. Os egos em nós se predispõem deixando psiquiatras e psicólogos de cabelos em pé, pois que, esses, não usam os artifícios em que embrenham a sutileza de escutar-lhe a melodia que a alma humana ainda necessita para ser melhor orquestrada, plena, iluminada, determinada em princípios nobres e edificantes em que agindo com mestria sempre irradiará a Deus, ao Cristo e à Caridade como bandeira única de salvação dos povos. Vamos dar o pontapé incial para nosso recomeço, agora? Comigo, meu Caro Leitor Amigo?
27/04/2023 – Até a próxima quinta-feira pessoal. Favor divulgá-la para nós. Gratidão.
Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.
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