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Senhoras e Senhores,

                Sanidade… Questão de lógica, de certeza, de dúvidas? De raciocínio amparado nos contextos da psique humana? O que seria para você a sanidade? Já pensou se a sua credibilidade sobre a vida que leva na Terra é um arremedo dos próprios sentidos açambarcados na ignorância que ainda temos sobre nós mesmos? Seria a sua vontade dirigida cem por cento por você? Ou seu livre arbítrio estaria subjugado a forças que ora desconhece ou que não aceita serem de terceiros? Aqui não importa a sua decisão. Ou você comanda ou outros assim o fazem por você, independentes da luz ou treva que alimentam. Em um mundo como o nosso, acredito que temos pouca chance de agir com absoluta certeza dos nossos atos. E hajam psiquiatras para tentar uma saída nesse labirinto de Deus.

                Os buracos de minhocas estão à nossa volta. Percebe-os? É a Lei da evolução agindo em nós e por nós sem que demos conta do alvoroço dos nossos recônditos acertos e desacertos na arena do aperfeiçoamento espiritual. Quem somos? Já lhe fez essa pergunta? Ainda temos dúvidas também de onde viemos. Muitos não aceitam a reencarnação porque tão somente não lembram de onde vieram antes de encouraçar-lhes em um corpo ainda mais físico e grosseiro. E quanto ao desencarne, quando voltam à pátria espiritual ainda não aceitam que estavam vivendo na Terra. Loucura essa, não? Universos Paralelos? Rechaçamos veemente nossa própria insanidade, em vão. Ainda temos muito que estudar para reconhecer que ainda nada somos e nada sabemos. Como analisar então nosso contexto de sobriedade? Regressão de memória? Ms para onde ir ao certo? Passado ou presente?

                Diante desse quadro acima exposto, vamos analisar o que Gúbio nos diz a respeito registrado por André Luiz no livro “Libertação”, no seu capítulo VII, pela mediunidade de Chico Xavier: “A mente estuda, arquiteta, determina e materializa os desejos que lhe são peculiares na matéria que a circunda…”. Interessante tal citação. Mesmo tendo certa aceitação de vetores espirituais, religiosos e sociais, ainda digladiamos com o nosso próprio saber sempre descontentes, sempre querendo mais mesmo que os nossos neurônios ainda lhes captam o endereço incerto da apropriada compreensão. Bug mental?

                Nossa mente ainda está em construção, pois que ainda estudamos os compostos do raciocínio liberto de crenças e de escolhos que muitas vezes atrapalham um legítimo entendimento de nós para com o meio espiritual em que hoje também nos encontramos. Arquitetamos para nossa vivência um arquétipo humano que a cada segundo modifica-se-lhe as tabelas de nomenclaturas quanto ao nosso exigente modo de conviver com o semelhante. Estaríamos cem por cento corretos a respeito? Com certeza, não.

                Para compreendermos o mimetismo da nossa essência molecular no sentido de religiosidade imperante – em que muitos a usam da sinonímia “espiritualidade” para não bater de frente com a cristandade nata em nós, num conteúdo seco e atávico, procuramos fugir estentóricos, à realidade da nossa psique para com o Criador colocando-O em segundo, ou terceiro, ou quarto planos, porque não sabemos ainda identifica-Lo como Luz Suprema. Por isso agarramos voluntários à viciante fé nos ídolos, ou melhor dizendo, aos santos da atualidade desde os deuses do passado, jogando com a nossa fé ainda fragmentária para que eles resolvam as nossas querelas sentimentais. Já pensamos alguma vez que poderemos viver e conviver com o próximo sem os atavios das imagens que, encrespadas por gerações e gerações ainda nos prendem à ilusão de que tão somente rezando diante delas, nossas faltas para com Deus estarão extintas e que os problemas do mundo solucionados? Ledo engano.   

                Essa conjunção de energias ainda pálidas no contesto de fé – com s mesmo – plasma as nossas necessidades no âmbito de pedirmos para vermos no sentido de crer e, vendo, ainda não acreditamos. Poderemos sim, agora no contexto – com x – de espíritos imortais, salientarmos do por que o passado se nos agarra os sentidos na presente existência. São nossos egos apenas adormecidos aguardando uma possibilidade ou uma oportunidade de repetição no Determinismo Divino, para revermos nossas quedas, nossas inclinações, nossos cacoetes e procurar o quanto antes corrigi-los consideravelmente. O nosso processo evolutivo se arvora dessa forma no universo a quem chamamos de nosso, diante do Universo infinito de nosso Pai e Criador a quem denominamos Deus, mesmo que seja ainda por palavras ou por ignorância mesmo.

                A insanidade por si só para muitos os tornam capachos de suas mentiras alimentadas a ferro e fogo. Não é só porque temos um canudo de conhecimentos na Terra, que, se novas iniciativas de progresso na área em que atuamos nos coloque em xeque-mate, relutamos, sempre, à primeiro exame, contra a sua credibilidade. No nosso conceito de saber, ganhamos a sabedoria excelsa? Essa sabedoria entre os homens, vale ressaltar. De forma alguma, não é mesmo? Como disse, o muito que sabemos na Terra é uma gota no oceano infinito do Universo. Não somos sábios ainda. E muito menos filósofos só porque ajuntamos meia dúzias de letrinhas que venham compor nosso dossiê intelectual acomodado muitas vezes no divã de uma postura de supostos deuses desse saber.

                Portanto, cá para nós, saibamos usar da razão que conquistamos procurando ensinar aprendendo com humildade. Creio que uma pessoa iletrada tem mais experiência de vida daqueles que conquistaram um canudo sem muitos obstáculos que a vida nos oferece para serem ultrapassados e melhor ajuizados.

                Portanto, ao encontrar com alguém falando sozinho na rua analise-a bem, antes de chama-lo de louco, porque aquela fictícia insanidade é a sanidade natural do ser humano. Não falamos sozinhos conosco mesmos? E através dos pensamentos, então? Qual seria então a diferença aqui? Oral e visual tão somente?

E para que essa matéria fique melhor registrada, vou complementá-la com o seguinte pensamento de Freud: “Nunca tenha certeza de nada, porque a sabedoria começa com a dúvida”. Vesano? Que nada… Apenas uma natural loucura à caminho da segura e sagrada sanidade. Comigo Leitor Amigo?

21/07/2022 – Uma ótima leitura. Até quinta-feira que vem pessoal. Fique em paz.

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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