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Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.

            Jardim ressentido… Lembrei-me aqui pelo título do capítulo de hoje como tem gente desleixada com as terras do coração: áridas, grosseiras, intelectualmente negativas. Você já se sentiu – mesmo por alguns minutos – que tudo à sua volta não lhe corresponde às suas necessidades primordiais? Sentiu-se azedo? Mal-humorado? Indiferente às opiniões alheias? Critica sem um ponto de veracidade? Cheio de tudo e de todos? Nesse período pensou em orar? Em fazer uma reflexão sobre si mesmo? Difícil tal iniciativa não é mesmo, pois que não adianta que façam – em vão – brotarem flores da gentileza onde ainda existam os joios da indiferença, do descaso, da antipatia….

            No Sanatório depois da partida de Paulinho, a vida não parou. Dia a dia chegavam pessoas com vários sintomas de desequilíbrio mental com a única preocupação de terem uma cura milagrosa. Evangelho…? Prece…? Reflexão…? Renúncia…? Reforma Íntima…? Que nada.

            O jardim que Paulinho começou a cuidar estava às traças. Abandonado, digamos. Pareciam que as flores sentiram a falta dele vindo todas a murcharem. As plantas sentem o carinho que damos a elas. Elas tem sentimento. Duvidam? Vejam essa história verídica. Aconteceu comigo numa mudança que tive que fazer. No quintal tinham três jarros com roseiras viçosas. Sempre davam flores. Quando perto da mudança, senti que elas pararam de brotar. E os brotos não eram mais aqueles viçosos de meses atrás. Como sempre fazia todas as manhãs conversava com elas. E disse-lhes que quando mudasse não as deixariam para trás. Algo fenomenal então aconteceu. À noite desse mesmo dia, os brotos que tinham parados de brotar se abriram como por encanto soltando os seus perfumes característicos. Por isso digo. As plantas como os animais sabem quando gostamos deles. Você já conversou com uma planta ou com seu animal de estimação? Loucura, muitos pensarão. Mas cá para nós que loucura abençoada né? Vocês terão uma surpresa atrás da outra quando iniciarem esse convívio sublime.

            Dr. Inácio sempre passava no quarto onde Paulinho antes se encontrava. Parecia ouvir vozes de lamentos como se algum espírito ali estivesse se adaptando à uma nova existência em todos os seus pormenores. As preces à sós ou em reunião faziam com que o espírito de Torquemada mantivesse em paz. Mas a consciência por demais resoluta sempre deixava sua presença naquela personalidade doentia, mas com certeza, auxiliada por Mensageiros do Senhor que a tudo faziam para manter aquele irmão com a seguridade particular.

            Porém, a equipe do Sanatório tivera uma surpresa na sua reunião de quarta-feira. Um espírito manifestou na D. Modesta procurando por Torquemada. “Onde está ele? Queremos Torquemada conosco… Estará querendo passar para o lado de vocês agora? Depois de tudo que nos fez, não pense que nos deixará assim…”. Muitas pessoas que desconhece a verdadeira vida eterna depois do túmulo, procuram aniquilar supostos inimigos na Terra pensando que, agindo dessa forma, acabaria com um perigo futuro iminente. Ledo engano. No fundo, no fundo, essas que assim agem, libertam os inimigos para se aproximarem ainda mais dos seus algozes. Como a morte não existe, esses espíritos assassinados – muitos deles – perseguem quanto podem suas vítimas e aguardam-nos pelo sua transferência quando chegarem nos planos espirituais. Aí não preciso dizer o que acontece, não é mesmo? É o que estamos vendo nesse capítulo. Analisemo-lo, pois.

            Continuando a citação onde Dr. Inácio pergunta quem seria esse espírito: “Somos vítimas e verdugos… Padecemos nas mãos dele (…) Queremos vingança; queremos queimá-lo… Acenderemos uma grande fogueira para aquele assassino”. Vez outra, assistimos diariamente nos telejornais assassinatos em série. Esse malfeitor praticou esse delito com as próprias mãos. Não esperou que a justiça desse fim àquele o qual tirara a vida. É o que sempre acontece nesses casos. O que vai preso não é o algoz e sim a sua vítima. Nos planos invisíveis a nós, embora não o vemos mas que existem e ainda não o compreendemos ou aceitamos direito, essa má escolha também parece acontecer. Verdugos e vítimas se entrechocam no objetivo de acertar velhas contas. Como podemos analisar a morte apenas acaba com o corpo físico. A alma em si continua com a sua personalidade boa ou má que alimentou quando no meio dos homens. Acreditar nisso? Bom… Teria muito que aprender caso acreditasse, pois negando a vida além-túmulo, a reencarnação nos Planos Espirituais, entre outras verdades, estaria simplesmente adiando o testemunho que, cedo ou tarde, ou melhor dizendo, na hora aprazada isso acontecerá com certeza. Esse é o meu consolo para com esses.

            Dr. Inácio procurou asserenar aquela investida, mas parece que piorou ainda mais a ira daquele espírito perseguidor. “O nosso novo líder o quer – será o seu troféu de guerra. Queremos a cabeça de Torquemada!… (…) Não podemos gostar de ninguém. Amar é sofrer. Desconhecemos a palavra renúncia e não nos interessa o que vocês chamam de evolução espiritual!… Isso é canseira. Estamos bem como estamos”.  Muitos lidadores da palavra ainda encarnados, sempre lutam com o desconhecido que apenas lhes fazem bagunçar mais ainda o tico e tico cerebrais. Não aceitam concepções novas a respeito do que estudaram, independentes da matéria em questão. Não se sujeitariam a tanto não é mesmo? Preferem como disse o verdugo da citação “… não nos interessa o que vocês chamam de evolução espiritual!”. É muito simples não se importar com tais situações que nós estamos passando na Terra e iremos passar também nos Planos Espirituais. Vere veritas.

            Mas, voltemos ao diálogo de Dr. Inácio com aquele mensageiro das sombras: “O que é que o seu Cristo prega? Morrer na cruz!… (…) Perdoar? (…) a virtude por excelência dos fracos. Preferimos Moisés – olho por olho, dente por dente. A religião enfraquece as almas”. Muita coisa se tem que falar nessa citação, mas vamos apenas esclarecer certos pontos. Sabemos que a renúncia aos propósitos de Jesus não é fácil de adquirir enquanto alimentamos nosso egoísmo insaciável. O “Eu” ainda nos domina no sentido de não nos deixarmos sobressair desse charco da ignorância que alimenta muitos que pensam ter a palavra, contudo cega e que mata como sobrevida aos seus pensamentos imaturos.

            O perdão entre os homens ainda é uma esperança muito longe de ser praticado para muitos que a tem como um vislumbre apenas dos verdadeiros cristãos.  Difícil responder: O que é mais difícil: Pedir perdão ou perdoar? Enquanto essas duas perguntas ainda sejam para nós um labirinto de sentimentos que não achamos a saída, dificilmente algo de bom nos sentimentos do homem na Terra se fará mais preeminente. Não é fácil tanto um quanto o outro. Requer humildade, coisa que ainda não a desenvolvemos em nós. E essa dúvida já se tornou tão obsoleta que hoje é mais fácil matar do que reconhecer nossos erros que apenas o achamos nos outros. Não precisa ser um especialista para manobrar as palavras para um público que só deseja receber aquilo que lhe importa alimentar o ego insaciável. E não é dessa maneira que resolveremos os próprios desequilíbrios que apenas os outros os enxergam em nós.

            Temos muito que melhorar. Isso é fato. Oportunidades se nos apresentam no caminho de mil modos diferentes. Bastar-nos-á encontrar aquele que nos satisfaça, não com a visão obsoleta que empreendemos a marcha do tão falado sucesso, mas sim, a vitória sobre nós mesmos, vencendo o mundo com o próprio mundo em conjunto com as nossas qualidades adquiridas com suor, lágrimas, determinação e fé… muita fé em Deus para que tenhamos muita fé em nós. Comigo Caro Leitor Amigo?

16/12/2022 – Até a próxima segunda-feira pessoal. Divulguem-na para nós. Muita Paz.

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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