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Senhoras e Senhores,

            Doação de Amor… Você saberia dizer o que seria o Amor na sua significação mais profunda? Estaria pronto a doar-se integralmente como testemunho do seu amor para com o Criador? Sabemos que somos imperfeitos o bastante diante de um Ghandi, Madre Teresa, Chico Xavier, entre outros Luminares da Espiritualidade… Mas se estacionarmos nesse pensamento, ficaremos eras e eras chumbados no alicerce da falsa modéstia. Temos condições, sim, hoje, de estender os braços aos nossos irmãos consanguíneos pelo DNA de Deus que é só Bondade e Amor. Agimo-nos, pois.

            Amor… Sentimento Divino até então humanizado através das paixões desregradas. Onde a Humanidade quer chegar agindo dessa forma? Passar a existência agarrada aos impulsos que, vez outra, surgem de um passado delituoso sem chances para a reforma íntima indispensável e urgente?

            É muito salutar ouvirmos palestras onde se tenta construir um alicerce mais firme quanto à nossa saúde mental com espiritualidade. Mas, das vezes, queixamos de barriga cheia ou, quando não, em cima do leite derramado. Por que o ser humano sempre está a reclamar? Classes sociais se odeiam… pais e filhos distantes uns dos outros… cristandade deposta nos porões da insensatez, do descrédito, da indiferença? Muitos podres poderiam ser relatados aqui, mas para que serviriam se todos nós já sabemos da podridão existente em nosso mundo íntimo?

            Mudar… aqui está a chave daquela Porta Estreita a qual um dia passaremos de cabeça erguida. Temos hoje condições para reerguermos do pântano das ilusões passageiras que nunca irá nos satisfazer. Entendamos isso. Elas nos querem cada vez mais afundados nos charcos da mendicância, das vicissitudes em que permutamos também com as entidades invisíveis que tem os mesmos apetites venenosos e que se aproximam de nós satisfatoriamente pela sintonia baixa que não intentamos desligar.

            No sentido de aprofundarmos mais nesse assunto, vamos discorrer hoje o cap. 12 do livro “Libertação” escrito por André Luiz, através do médium Chico Xavier. Sabemos que Saldanha, o perseguidor de Margarida a mando de Gregório fora visitar seu filho ainda encarnado em um hospício. Lá, a equipe de Gúbio que também o acompanhou divisaram com um quadro deprimente. A esposa e a mãe ambas desencarnadas, se encontravam presas ao marido-filho ao olhar percuciente de Saldanha.

            Sem ter uma solução para aquele quadro que, para o seu coração de verdugo não achava uma resposta plausível no contexto de auxiliar, de certa forma aquele trio de almas devedoras, Gúbio diante daquela situação, espontaneamente num gesto de extrema bondade, aproximou-se daquele trio e, aconchegando-os em seu regaço acolhedor, lhe confere as seguintes palavras: “Saldanha, permite-me algo fazer em benefício dos nossos?”. Emocionante tal narrativa, não é mesmo? Dois detalhes nessa citação que merece certo comentário.

Creio que para você, Leitor Amigo que me segue já imaginou qual seria sua reação ao partir para o Além desprovido de tudo que tinha, vivendo apenas e tão somente em resgatar irmãos em sofrimento, ainda em lutas intestinas consigo mesmo? Sem ter um lar, propriamente dito para chamar de seu como conhecemos na Terra? Temos notícias por André Luiz em seu livro Nosso Lar, que nos planos espirituais para conseguirmos um, teremos que doar centenas de horas destinadas a atender sofredores mais que nós. Como atender aqueles que não conhecemos como nossos irmãos? De termos certa ligação afetiva para com eles? Já pensou a respeito? Acostumados com a presença de familiares e amigos, desconhecemos ou não queremos aceitar essa realidade que, diga-se de passagem, é a nossa carta de alforria para planos mais superiores da Eternidade que nos observa nos mínimos detalhes.

Até aqui, você estaria pronto a se doar integralmente ao ensinamento evangélico: “Ama o teu inimigo, ora por aqueles que te perseguem e caluniam, perdoa setenta vezes sete”?. E complemento aqui … cada uma das ofensas?

Deveras compreensível que na atual existência, ainda temos que aprender muito a respeito dessa doação extrema de Amor, não é mesmo? Burilar nossos impulsos negativos; tecer novas considerações a respeito da reforma íntima; procurar vivenciar mais com as pessoas ao nosso lado consanguíneas ou não; espiritualizarmos quanto à nossa fé; cultivar a oração como princípio, meio e fim para as nossas digressões religiosas. Para por aqui? Não. É apenas um apanágio para que nos atentemos a sermos mais que humanos… Espíritos espiritualizados.

            Estamos acostumados a ouvir apenas o que queremos e essa escolha na maioria das vezes nos impede de escutar a nossa consciência. Sendo manipuláveis, não observamos como andam lá nossas concepções acerca da própria existência. Dispensamos nosso tempo no sentido de satisfazer nossas escolhas malfadadas no alucinógeno dos vícios de pequena ou de grande monta. Pedimos luz espiritual, mas mourejamos nos abismos criados, teleguiados por outras energias ocultas ou desconhecidas que se deleitam com a nossa entrega sem muitos obstáculos, sem alguma tentativa de reação. É triste observarmos que a grande maioria da humanidade se encontra influenciada por entidades que não precisam muito procurar por suas vítimas. Na maioria das vezes nos entregamos a elas de braços abertos. E a permuta de energias impressiona a todos aqueles que adentram o Mundo Espiritual não possuindo olhos de ver. Quanta dissidia meu Deus…  Quanta embromação…

            Chico Xavier nos relata que na cabeceira da sua cama tinha um recado que ele lia todos os dias assim que levantava: “Isso também passa”. Seguindo esse mesmo exemplo, colocarei uma frase que poderíamos colocar também na cabeceira das nossas camas. É o seguinte: “Tudo o que estiver sobrando em nossa casa, está fazendo falta em algum lugar”. Refletindo todos os dias nesse pensamento, creio que iniciaremos, com sucesso, nossa transformação espiritual. Haverá obstáculos, espinhos, lágrimas? Sim. Mas é sempre com o suor do nosso próprio rosto que venceremos a nós quanto ao mundo em que vivemos. Desejaria tentar no sentido de ver o mundo com outros olhos e que também as minhas palavras não fiquem em vão, Caro Leitor Amigo? Ajuizemo-nos, pois.

15/12/2022 – Até a próxima quinta-feira pessoal. Divulguem-na para nós – Muita paz.

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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