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Você alguma vez já parou para pensar que nem sempre jejum e prece se nos afastam de determinado mal? Enquanto estivermos tão somente naquele jejum egoístico ou entrelaçados os dedos em prece não substanciosa de princípios religiosos, estaremos sujeitos a ficar no chão que avidamente não queremos dele se levantar.

Sei que para alguns esse meu pensamento foge da realidade, mas vamos por etapas para compreender-me melhor. Imaginemos o Cristo de Deus quando ficou sem comer durante quarenta dias e quarenta noite no deserto. E para causticar ainda mais a sua situação, foi tentado por espíritos imundos, claro – em vão. Decerto que Ele não ficou apenas saciado espiritualmente falando dos momentos que ali no deserto veio a passar. Depois desse episódio vamos encontra-Lo fazendo a vontade do Pai, abençoando aquela gente sofrida na expectativa de serem – suas provas – aliviadas, seus males retirados, suas enfermidades curadas.

Assim, levando esse meu pensamento aos comentários do livro “No Mundo Maior” pelo espírito de André Luiz na psicografia abençoada de Chico Xavier, poderemos encontrar Calderaro a dizer para o seu pupilo: “Certa feita, disse Jesus que existem demônios somente suscetíveis de regeneração “pelo jejum e pela prece”. Aqui podemos abrir um espaço no sentido de explicar que, todos nós, sem exceção, temos em nós o mal em grande ou em pequena escala mas que, ambos, deixam machucaduras em nossos corações. Por isso a sombra nos envolve pois ainda somos suscetíveis a ela.

Continuando com a sua explanação disse: “Às vezes, André, como nesse caso, o conhecimento não basta: há que ser o homem animado da força divina, que flui do jejum pela renúncia e da luz da oração que nasce do amor universal”. Com essa citação, creio que o meu pensamento se complete com o do Instrutor. É sabido de todos que conhecimento sem sua prática é qual a figueira que não produz frutos.

No caso aqui dos nossos estudos, os dois espíritos amparados por Cipriana foram libertos das algemas do ódio e da vingança que os prendiam e que através do concurso da Luz Divina veio concretizar-se na presença dessa mulher, Sua servidora fiel.

Assim para compreendermos melhor o título dessa semana devemos convir que todo jejum deve vir precedido da renúncia. Sem ela todo o nosso esforço se nos escapa sem que possamos assegurar do merecimento previsto. Como a prece deve também vir sempre acompanhada de braços fraternos nos abraços em que se aproximam corações iluminados pelo Hausto do Criador que inunda de paz todo sentimento a Ele mais sintonizado. Não me queiram mal alguns leitores amigos que não venham comungar com esse meu pensamento. Mas que para cada esforço nosso no sentido de melhorarmos em espírito e verdade é indispensável que tenhamos em nós a vontade de jejuar das nossas imperfeiçoes indo de encontro aos irmãos do caminho que sofrem mais do que nós, abraçando-os como irmãos da Espiritualidade. Comigo, Leitor Amigo?

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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