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Senhoras e Senhores,

                Licantropia… Com certeza você já deve ter assistido ou lido algo a respeito, não é mesmo? Muitos a acreditam como lenda. Mas, o que eu irei comentar aqui nessa semana não tem nada de ficção ou mesmo lenda. É uma realidade que muitos de nós, leigos ainda no assunto mais profundo, espíritas ou não, sequer imaginamos como se desenvolve esse processo. Agora, estaríamos, nesse mundo de meu Deus, sendo hipnotizados sem o sabermos? O hipnotismo realmente atua em nossas células espirituais ao ponto de nos transformarmos em feras ou quiçá, em zumbis? Já pensou nisso?

                Lembro-me na minha juventude como o poder da televisão exercia nas pessoas nas propagandas de cigarros. Muitos jovens bonitos fumando entre carrões, motos, pranchas de surf, bugs em famosas trilhas musicais, incentivando outros tantos a fazerem o mesmo. Até eu caí nessa emboscada e não foi fácil me livrar desse vício terrível. Mas o podre dessas propagandas, o lado obscuro e negro ninguém mostrava. O quanto morreram de pessoas contraindo várias enfermidades que a solução final encontrada era muitas vezes a sepultura! E as fábricas de cigarro, de certa forma não foram punidas. Com muito sacrifício, cortaram as propagandas de cigarros, mas hoje ainda impera, firme, hipnotizando milhares de pessoas as famigeradas bebidas alcoólicas. E o único aviso que colocam é esse: “Beba com moderação”. O Ministério da Saúde realmente está preocupado com as massas? Quantos ainda terão que morrer para que as autoridades acordem para isso? Enquanto estiverem dando lucro essas bebidas, difícil prever a sua proibição nos meios televisivos.

                Creio que os meios de comunicação não deixam de nos hipnotizar em todos os sentidos. Seja em sentimentos, desejos, aspirações, medos, inclinações, vícios… Como somos ainda suscetíveis a eles, fácil nos é alimentar os instintos em gastos exorbitantes em beleza, em excessos de conforto e alimentação enquanto que muitos, milhares até, procuram dormir, porque a fome faz com que se perdem, aparentemente, os sentidos. Eu sou prova fiel a isso.

Creio piamente que não precisaremos de chips em nós implantados – como muitos assim pensam – para obedecermos como cordeirinhos às mentes mais saturadas de magnetismo destruidor que está atuando, segura e sutilmente, nos nossos pontos fracos. E como sabemos, não são poucos, não é mesmo?

Não será preciso nos tornarmos em lobos para sermos tão ferozes quanto. A violência galopa infrene nas classes sociais em que as sociedades estão de mãos atadas frente à tanta bandidagem “pés de chinelos” quanto àqueles engravatados que supõem dignos de representar o povo brasileiro. Ledo engano, não?

Agora, entrando no assunto propriamente dito, vamos ver o que André Luiz relata no livro “Libertação”, no seu capítulo V, pela mediunidade de Chico Xavier, o que aconteceu com uma mulher transformada em loba pelo magistrado do mal daquela cidade estranha. Essa mulher quando na Terra tinha matado quatros crianças inocentes e para agravar ainda mais o seu estado de desequilíbrio, matou também o esposo. E foi nessa fraqueza que os julgadores a pegaram de jeito. Disseram-lhe: “O crime, porém, é um monstro vivo”. Verdade verdadeira. Ele sobrevive juntamente com o espírito para aclarar ainda mais transparente nos planos espirituais. Nada fica oculto que não venha a ser descoberto. Lembram-se dessa frase?

E continuando… Insensível às rogativas e lágrimas dessa mulher veio a sentença lavrada por si mesma: “Não passa de uma loba, de uma loba, de uma loba…”. O processo licantrópico não demorou a acontecer. O efeito do hipnotismo sobre o perispírito daquela mulher era tão forte, agindo em todas as suas células que a transformação era vista por todos ali reunidos num misto de pavor e gemidos.

Mas houve um ponto determinante que atuasse nessa licantropia. Vejamos o que nos diz Gúbio ante àquela cena dantesca: “O remorso é uma bênção, sem dúvida, por levar-nos à corrigenda, mas também é uma brecha, através da qual o credor se insinua, cobrando pagamento”. Como sempre falo e repito, a nossa consciência sempre está atenta, despertando, aqui e ali, segundo determinadas ocasiões, o nosso lado ainda em sombras. Se não despertamos enquanto na Terra, no Além nossos vícios poderão colocar-nos em grandes enrascadas como foi o caso dessa mulher.

Portanto, Ilustre Leitor, procuremos a partir de então analisar nossos pensamentos, para que nossos julgamentos sejam desferidos para nós mesmos e não para o nosso próximo. Vamos deixar de muito estrelismo em um mundo marcado por grandes diferenças. Enquanto uns sorriem com a abastança, outros choram ou morrem pela falta de simples migalhas.

Que sentimentos são esses enquanto uns festejam em casa ou na rua, em clubes ou em suntuosas chácaras e sítios uma felicidade que ainda não é desse mundo, enquanto outros tantos imploram e até morrem pelo nosso supérfluo nos nossos guarda-roupas, contas bancárias, dispensas? Será que até aqui a nossa consciência não apontou nenhum desses vícios aqui, por nós alimentados? O governo é que está com essa responsabilidade, pensarão muitos.

Mas, para fechar esse meu raciocínio dessa semana, vamos refletir nesse pensamento de Chico Xavier escrito por Emmanuel no livro “Mandato de Amor”: “Mas nunca persigas, não atrapalhes, não desconsideres, não menosprezes e nem prejudiques a ninguém, porque sofrer é muito diferente de fazer sofrer e a dívida é sempre uma carga dolorosa para quem a contraiu”. Hipnótico… Será? Casou perfeito com o assunto dessa semana não é mesmo? Então… Comigo e com eles, Leitor Amigo?

21/04/2022 – Até a próxima quinta-feira pessoal. Muita paz.

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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