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Senhoras e Senhores,

            Mães… O que não fazem elas por seus filhos. Mães que educam… Mães que renunciam seu tempo… Mães que se tornam escravas em potencial dos filhos sem reclames… Mães que são vilipendiadas, torturadas e até mesmo abusadas pela sua prole. Dizem que “Mãe é padecer no paraíso”. Essa frase traz consigo uma mistura de sentimentos contraditórios e uma visão realista sobre as alegrias e tristezas, decepções e angústias, que se tornam em verdadeiros desafios que acompanham a jornada da maternidade.

            Agora, o que seria ser mãe nos tempos atuais? O que seria o dom da maternidade em um mundo em que preza é uma tecnologia de ponta, onde quem fala, ordena, serve, torna-se escravos das próprias sensações são as pontas de dedos acionados por mentes abitoladas em desafiar o mundo dos sentimentos que se não encontram nos lares.

            Hoje iremos discorrer sobre uma mãe altruísta, devotada no amor de sua prole mesmo ela desencarnada e a filha ainda envolvida nos meandros da carne, tem um encontro divino. Seu nome era Matilde e sua filha Margarida. Essa mulher que estivera tempos atrás sendo castigada pela perseguição de Gregório, o ferrenho espírito que designara vários espíritos da sua laia a obsidiarem até que não tivesse mais fôlego. Em existência passada ela o traiu com o seu irmão, vindo a nascer um filho que ele pensou fosse seu. Isso no mundo atual é corriqueiro isso acontecer. Raríssimos são os pais que notam algo de diferenças fisionômicas em seus filhos, trazendo à tona a dúvida. Até nisso, o acaso não existe, não é mesmo?

            E quanto ao ser humano atual, Gúbio esclarece André Luiz no livro “Libertação” através do médium Chico Xavier, “… o estado natural da alma encarnada pode ser comparado, em maior ou menor grau, à hipnose profunda ou à anestesia temporária a que desce a mente da criatura através de vibrações mais lentas peculiares aos planos inferiores…”. O que não passa a alma humana quando necessita voltar à matéria pesada do corpo físico. Tantas transformações se nos acontece, que se fôssemos averiguar nas suas entrelinhas, saberíamos valorizar mais esse corpo que Deus nos emprestou para a nossa subida às regiões mais superiores do esclarecimento espiritual.

            Infelizmente, a Lei do Esquecimento nos faz apagar, decerto, algumas lembranças de quando ainda estagiávamos nos Planos Espirituais, quanto à nossa passagem na Terra. Somos submetidos também às ideias formadoras do meio em que dele passamos a fazer parte, e ele, quando acha mentes desavisadas, descrentes e despreparadas, em todos os sentidos diante dos obstáculos do caminho, torna-se em severo coadjuvante, no sentido de estacioná-las por um bom tempo da sua subida gradual ao reconhecimento do próprio intelecto.

            Depois de um preparo espiritual tanto da mãe quanto da equipe de Gúbio, Margarida consegue enxergar a mãezinha que entre abraços afetuosos, ouve-lhe àquela voz que nunca esquecera. E com o olhar tenro da mãe: “O amor jamais desaparece! A união das almas vence o tempo e a morte”. Esse Amor verdadeiro, vence todas as barreiras do sentimento ainda humano. Agora, esse amor em que iludimos em tê-lo quando na Terra, como respaldo às paixões rasteiras, faz com que alimentemos nossos jogos sentimentais onde sempre quem ganha, será àquele que vence pelo fluir das palavras arquitetadas nos instintos sem controle.

            Difícil nos é ainda creditar que a morte acaba tão somente com o corpo físico. Difícil, sim, acreditar que algo sobrevive além dele. Que os nossos sentimentos acompanha-nos além-túmulo, alimentando-nos das imperfeições que ainda nos sufocam a alma. As religiões, em si, deveriam procurar preocupar-se com o lado espiritual dos seus fiéis, para que, quando chegar a hora da Grande Viagem, não ficarem a ver navios e da não concretização do Céu prometido por representantes que se dignam portar-se como representantes de Deus na Terra. Heim?????

            Continuando ela “Nossas aspirações e esperanças se confundem, quais pontos de luz, nas trevas da separação…”. É o que mais acontece. E essa confusão se dá nos dois planos da vida. Os familiares que pensam não verem mais àqueles a quem tanto amou, como também os familiares que desencarnam não lembrarem que deixou corações enlutados na Terra.

            Difícil para nós ainda trocarmos o “Adeus”, pelo “Até Breve”, pois ainda não desenvolvemos órgãos espirituais para que sintamos em nós, essa Verdade inaudita. Várias e várias barreiras tanto religiosas quanto pessoais se nos tornam, a vida em si, em um quebra de braço entre a realidade e a descrença. Em que acreditar, se não nos preocupamos – quando ainda vivos – em lidar com o nosso lado espiritual?

            Quem nos dera estivéssemos em um tempo em que a única Religião fosse a Caridade e as Igrejas, Templos, Casas Espíritas se tornassem em lugares para agregar os mendigos que também sentem frio, fome, carência de amor? Que os ensinamentos do Mestre fossem passados de pais para filhos através de reuniões em Cultos nos Lares, preparando dessa forma, os rebentos para a vida lá fora, que não é tão fácil não nos desvirtuarmos com os seus alucinógenos ilusórios. Não nos preocuparíamos mais com dogmas, rituais, estatutos e adorações, porque estaríamos tão compenetrados no praticar a solidariedade que, esse tipo de preocupação, seriam águas passadas.

            Como disse tão bem à mãe devotada: “… viver no corpo terrestre, entendendo os deveres divinos que nos cabem, não é tão fácil, ante a glória infinita que em companhia dele podemos recolher”. Vários egos se nos perseguirão nossos passos no sentido de saldar dívidas antigas que não foram saldadas em outras existências. E sem a devida vigilância e oração, caem em terra grandes sonhos arquitetados por sentimentos que só desejam o bem, porém, sem praticá-los….

            A sanha do homem no mundo está mais ligado à sua árvore genealógica do que representar o Criador nos Genes que nos é próprio. O egoísmo ainda regurgita nos lares. O orgulho é passado de geração a geração. E o bem a ser praticado? As lições do Mestre orquestradas pelas mãos da Caridade? O quanto ainda conviveremos com a indiferença entre irmãos? Qual a importância dos Templos, Igrejas, Casas Espíritas superlotados, ouvindo a Palavra do Cristo e cantando louvores ao Senhor se à frente dessas instituições moradores de rua não são visto e, na hora H do nosso testemunho, fazemos iguais a Pedro negando-O não três vezes, mas setenta vezes sete vezes, ou como Judas que pelo menos o remorso o levou ao suicídio. E quanto a nós? Somos quais leprosos morais, onde sempre estamos pedindo assistência divina, mas quando ela se nos aparece de um outro modo mais sutil, resmungamos, indecorosos, porque essa assistência não veio do jeito que quereríamos que fosse.  Pessimista? Ácido? Louco? Para muitos, sim, mas se não errássemos tanto, não estaria eu, um simples neófito do Senhor, a dizer essas coisas, que na verdade, a carapuça sempre nos serve perfeitamente às nossas cabeças.

            Como sempre falo aqui e o que podemos observar até então, religião nenhuma salvará alguém se no nosso próprio lar ainda é dominado pelo incêndio das nossas mais profundas represálias, onde os pais se calam ante a espiritualidade dos seus filhos. Por causa de uma tecnologia escravagista, a mãe e o pai não se encontram preparados para si mesmos, quanto mais para a educação dos filhos que, muitas vezes, os jogam para os braços dos avós, das babás, das escolas… O sentimento religioso está saturado de ilusões, não se sentindo satisfeitos tão somente do ajoelhar e cruzar os dedos num sentimento esquálido e frio. Algo mais sublime existe ante tudo isso. Se deseja saber qual seria esse antídoto, aguardemos a continuidade desse tema. Comigo, meu Caro Leitor Amigo? (CONTINUA)

01/06/2023 – Até a próxima quinta-feira pessoal. Divulguem-na para nós. Gratidão

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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