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Ante o Paraíso Bíblico onde apenas os eleitos do Senhor gozam de uma felicidade refratária, consideremos o estado emocional de uma mãe, sabendo que o seu filho se encontra nas furnas infernais sofrendo horrores inimagináveis.

Ela não se desligaria totalmente das delicias paradisíacas indo, em definitivo, ao encontro do filho amado na tentativa de salvá-lo das mãos cruéis de entidades trevosas? Sim.

Para fortalecer essas minhas palavras no frontispício dessa matéria, vamos assimilar bem uma citação do livro “Obreiros da Vida Eterna” ditado pelo espírito André Luiz no lápis do médium Chico Xavier quando a mãe faz com que reflita o filho Domênico sitiado nas furnas do abismo:

Acreditarias, porventura, que tua mãe estivesse no paraíso, em gozo beatífico, inteiramente esquecida de seus imensos débitos para com todos aqueles que lhe partilharam o afeto e a luta, nos serviços salvadores da carne terrestre?”.

É, pois, inadmissível que o pensamento de uma mãe seja superior a Deus, Pai nosso, Soberano e Augusto. Como acreditar nessa sanha desavergonhada em que enquanto muitos sofrem horrores nos infernos criados pelos homens comuns, outro lugar exista onde paz aparente e sortilégios se encontram ligados a corações frios e impiedosos?

Para frisarmos bem esse assunto, não precisarei ir muito longe. Vamos posicionar nosso pensamento aqui na Terra. Somos envolvidos muitas vezes pelo meio em que vivemos. Ele refletirá firmemente em nós segundo o que estivermos em harmonia com os nossos sentimentos, bons ou maus.

O que dizer, no entanto, enquanto milhares de almas penam horrores em provas e expiações, enquanto outras se fazem insensíveis aos padecimentos dos próprios semelhantes, gastando dinheiro a mancheias em farras, diversões insalubres, sexo inveterado e drogas?

Não pensam esses últimos que no futuro não muito distante, venham a sofrer também desgostos vários pelo tempo, hoje, mal aproveitado.

Milhares ainda são os homens que se encontram inaptos às realizações espirituais que, aceitas e praticadas, conquistarão uma visão diferente da forma de viver e de conviver com o semelhante.

Quanto sofrer, quanto chorar, para que todos ouçam e se sensibilizem com os irmãos da própria raça? Difícil atinar até onde vai a inteligência humana voltada para o mal.

O bem na sua abrangência repercute nas entranhas d’alma solidificando o Reino de Deus na Terra, ante, corações transbordando de amor. O paraíso está em nós mesmos, quando sabemos dignificar as benesses de Deus no mundo em que ora vivemos.

O inferno, pois, também pode atinar em nossos sentimentos ainda desfolhados da luz do entendimento que existe dentro de nós. Fiat Lux!

Façamo-nos, pois, luz em nossos passos. Saibamos diligenciar irmãos nossos perdidos nas anteparas do egoísmo destruidor levando aquela paz em espírito que o Mestre nos delegou.

Estaria você comigo Leitor Amigo? Cap. 7e

Aécio Emmanuel César

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