Pensamento… René Descartes, um filósofo francês disse essa máxima: “Cogito Ergo Sum”, ou seja, “Penso, logo existo”. Para você estaria ele certo? Viveríamos sem ele a nos influenciar nas nossas escolhas? Ou o simples fato de existirmos, o Hausto do Criador nos favoreceria com todas as necessidades de compreensão sem a utilização dele? A verdade é que vivemos para ele e não por ele. Somos, inconscientemente escravizados e atropelados pelos próprios pensamentos. Dupla prisão: a do corpo físico e a dos pensamentos.
Mesmo dotados de consciência, não temos ainda controle com os pensamentos. Pensamos alhures intoxicando, dessa forma, nossa psicosfera íntima. É tanta a sombra que a engloba que não conseguimos sair do pântano das decisões arbitrárias que nos comungam nossa psique.
Seguindo meu raciocínio, vários sofredores passaram a procurar Gúbio para dele tentarem suavizar o fardo de inquietações que solapavam a alma inquieta e aflita. E um desses sofredores, procurou André Luiz no intuito de tirar algumas dúvidas entre elas: “ – Permita-me indagar? – Perfeitamente – respondi surpreso – Que é o pensamento?”. Saberia você responder caso lhe perguntasse? “O pensamento é, sem dúvida, força criadora de nossa própria alma e, por isso mesmo, é a continuação de nós mesmos”. Interessante tal explicação de André Luiz. Sendo todos nós co-criadores, temos nosso livre-arbítrio de agirmos segundo nossas tendências positivas e negativas.
Sabe-se que a grande maiories de pensadores encarnados no mundo, como também milhares de desencarnados ainda não tem controle naquilo que pensa. E olhem… É mais lixo mental do que virtudes. Creio que falamos mais pelos pensamentos do que pela palavra articulada. Nunca se pensou tanto nos tempos que se correm com a presença da tecnologia, em particular a internet. E como somos infiéis conosco mesmos! Nosso mundo interior nem mesmo o próprio dono o conhece. Estamos gatinhando para uma consciência mais sólida baseada em pensamentos mais fortalecidos com o “eu” mais espiritualidado.
Independente de religiões, temos a obrigação de espiritualizarmos nosso espírito. Parece redundância, mas não é. Somos quais máquinas teleguiados pelo que os outros dizem. Temos preguiça até mesmo de pensar. E aqueles com um cabedal mais esclarecido sobre o poder do pensamento, incute em muitos o antígeno do comodismo fazendo com que admiremos as retóricas de terceiros nesse quanto naquele assunto que esquecemos que temos a consciência e ela necessita que a impulsionemos para a razão mais qualificada às nossas necessidades intelectuais.
Você… só você sabe seus pensamentos mais ocultos e, mormente, os utilizam, desta ou daquela forma para satisfazer vontades também ocultas pelo manto da insensatez. Se você ignora a si mesmo, o que pensar do consciente, do subconsciente, do inconsciente em que fazendo parte do nosso corpo espiritual, necessita de certo acolhimento da nossa parte através da reflexão em tentarmos conhecer a nós mesmos.
Seguindo à resposta de André Luiz ao velhinho que o ouvia suas considerações sobre o pensamento: “Através dele, atuamos no meio em que vivemos e agimos, estabelecendo o padrão da nossa influência, no bem ou no mal”. Nos tornamos em feras indomáveis sem o controle de nossa razão através dos pensamentos desgovernados quais abutres ferozes na tentativa de alimentarmos de ideias que normalmente fogem no contexto de criaturas racionais, nos mostrando sermos alguém sem que realmente o fôssemos. Sendo influenciáveis, nos deixamos levar nas marés inocentes da inconsciência e, sem que percebamos, nos defrontamos em mar revolto onde razão e sabedoria se digladiam com as sombras dos resquícios que ainda alimentamos de eras não muito distantes. O bem e o mal são caminhos que o ego mais forte que nos possui direcionará nossas escolhas indiferentes das suas acertadas consequências.
O meio imprime em nosso encalço, as diretrizes contumazes de erros e acertos que, em tal estágio em que nos encontramos, muitas vezes não nos importamos na queda e incontestavelmente em suas consequências. E, partícipes do meio que nos envolve em seus tentáculos, influenciamos outros com mesmos ideais de loucura ou sanidade. Creio que pelo muito que observo do ser humano, não existe um padrão de equilíbrio que o interaja em aptidões de construção de um intelecto voltados pra os bons princípios de civilidade. Tudo é descontrole… Tudo é insatisfação… Todo mundo sendo vítima não dos outros mas sim de si mesmo. Hajam catequismos; hajam plantões de preces…
Segundo o pensamento do velhote que dialogava com André Luiz: “Somos o domicílio vivo dos pensamentos que geramos ou as nossas ideias são pontos de apoio e manifestação de espíritos bons ou maus que sintonizam conosco?”. Nada mais que justo. Como ele mesmo disse, criamos em nós o domicilio que acolhe os pensamentos criados, amamentados e, depois de mais maduros se reverberam contra nós, por não sabermos lidar com as nossas próprias sombras.
Vivemos acostumados com tradições familiares que a malgrado, infestam de antagonismos as mentes atuais, que, se não sofrerem arduamente às próprias chibatadas da correção não despertam do sonífero alucinógeno que próprio criamos. Se somos co-criadores, não nos bastariam criarmos em nós venenos que intoxicam nossas aspirações as mais louváveis.
Quanto às ideias que construímos como suposto salvo-conduto das nossas implacáveis escolhas, temos como companhia idealizações em que suspiramos aventuras que em nada ganharemos de subsídios engrandecedores, mas sim, apertando ainda mais nossas algemas nas viciações milenares bem menos do que desejamos nos livrar delas.
Para que possamos fechar esse meu raciocínio de hoje, vamos refletir nesse pensamento do filósofo Cícero: “Não basta conquistar a sabedoria, é preciso usá-la”. E complemento: Não basta ter a consciência se não conseguimos dominar os pensamentos; é necessário que pensemos, mas sim, com rédeas curtas, imparcial, cognitivos. Comigo nessa, meu Caro Leitor Amigo?
20/04/2023 – Até a próxima quinta-feira pessoal – Favor divulgá-la para nós. Gratidão.
Aécio Emmanuel CésarMédium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.